REFUGIADOS VENEZUELANOS E A MÍDIA BRASILEIRA

Refugiados Venezuelanos

Sem dinheiro, sem emprego e com fome. Essa é a realidade de milhares de venezuelanos que saem de seu país em busca de comida, emprego e melhores condições de vida.

Desde 2013 a Venezuela vive uma profunda crise social, política e econômica diretamente ligada a desvalorização do petróleo no Mercado Internacional. No começo do século XX, descobriu-se na Venezuela uma grande reserva de petróleo, o que se tornou, para o país, a sua principal fonte de riqueza.

Hugo Chávez, em seu governo (1998-2012), tinha como discurso fazer justiça social usando o principal produto do país - o petróleo. Durante os quatorze anos no poder, Chávez promoveu uma melhora na distribuição de renda, reduziu significativamente a pobreza, criou programas de bem-estar social e políticas que expandiram o acesso a saúde e educação.

Enquanto o preço do petróleo estava elevado no Mercado, a economia da Venezuela ocorria bem, com a queda do produto a economia venezuelana passou a sentir fortes impactos, isso porque a riqueza do petróleo criou um país dependente do produto e a Venezuela não investiu na sua própria indústria e agricultura.

Sendo um país que precisava importar tudo o que não produzia e com a queda no valor da sua principal fonte de renda, uma crise começou a surgir.

Em 2013, entra no poder o então presidente Nicolás Maduro, e desde a sua posse a situação do país alcança proporções ainda mais graves.

O enfraquecimento da economia passou a se elevar cada vez mais chegando ao ponto da população não ter produtos básicos, como água, comida e produtos de higiene. A energia passou a ser cortada por várias horas do dia, e até o banho precisou ser evitado para economizar. O preço de tudo passou a ser controlado pelo governo, submetendo as pessoas a passarem horas em filas para comprar mantimentos. A hiperinflação desvalorizou tanto a moeda venezuelana que para comprar, por exemplo, um arroz, é preciso centenas de cédulas.

Tudo isso gerou insatisfação e reprovação à gestão de Maduro, o que promoveu o surgimento de inúmeros opositores que tentaram manifestar contra seu governo mas tiveram como consequência prisões arbitrárias, ameaças, torturas e até execução de oponentes ao regime.

A crise econômica e humanitária que atinge a Venezuela fez com que milhares de pessoas procurassem abrigo em outros países, como Colômbia, Peru, Argentina e Brasil.

Mesmo em uma situação vulnerável, a Colômbia permite a entrada de imigrantes venezuelanos que hoje chega a ser 1,4 milhão de abrigados. A proximidade geográfica entre os dois países é o principal fator que faz com que os venezuelanos