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Fonseca O Brasil Era Lula

Por:   •  16/11/2020  •  Resenha  •  513 Palavras (3 Páginas)  •  174 Visualizações

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Texto 1 – Artigo Fonseca et. al – Parte 3: “O desempenho recente da economia brasileira em uma perspectiva de longo prazo” (p. 414 a 420).

Nessa seção, os autores fazem um apanhado geral da economia brasileira partindo do século XX, mais especificamente por volta dos anos 40. Dessa forma, explicitam os pontos mais importantes do contexto histórico e realizam uma análise baseada na observação de um caráter contínuo no desenrolar dos acontecimentos ocorridos no Brasil até que atinjam a “Era Lula”, foco central dos autores.

Sua explanação começa situando o vasto processo de industrialização, no qual o Brasil transformou sua estrutura produtiva e social ao mesmo tempo que acontecia a urbanização e integração do território. Entretanto, o caráter incompleto do desenvolvimento vivenciado deixaria um vácuo no que tange a homogeneização social e uma fragilidade financeira. Então, os autores mostram como o Brasil conseguiu manter esse desenvolvimento nos anos 70 através do financiamento externo e como isso culminou na crise da dívida externa, na fragilização do setor público e no aumento da inflação, que se aprofundou nos anos 80.

Nessa década se observa o baixo crescimento da renda per capita e as diversas tentativas de se controlar o mal da inflação inercial, tais quais os “choques econômicos”, o congelamento de preços, salários e ativos financeiros, a desindexação total ou parcial da economia e as reformas monetárias; medidas essas que foram perdendo a credibilidade da população ao longo do tempo, gerando instabilidade econômica e desconfiança dos ganhos políticos da redemocratização, bem como a necessidade de políticas contracionistas.

Já na transição dos anos 90 para 2000, com a gradativa implementação do Plano Real, os autores observam seus efeitos e verificam inicialmente um certo ganho real de renda dos trabalhadores e seu sucesso em conter a inflação. Contudo as ferramentas adotadas geraram o acúmulo de sensíveis desequilíbrios de estoques nos fronts externo e fiscal, e também sua submissão a tutela do FMI e a implantação de um novo regime de políticas fiscal, monetária e cambial impeliram a política econômica, levando a uma estagnação, à deterioração do mercado de trabalho e ao aprofundamento dos passivos fiscal e externo no governo FHC.

Essa tendência permaneceu no início do governo Lula, que além desse desafio também enfrentava a crise da credibilidade no início de seu governo. Assim, as primeiras medidas tomadas pelo seu governo visaram a continuidade daquelas que FHC implementou, porém com a melhora da situação impulsionada pela conjuntura externa a partir de 2003, os sucessivos superávits A relação dívida líquida do setor público/PIB recuou e o perfil de financiamento foi melhorado, pela menor exposição à variação cambial e aos títulos pós-fixados e referidos à variação cambial.

Assim, o país viu melhora nos seus indicadores de emprego, inflação, consumo, dívida pública, renda e déficit previdenciário e recuperou seu crescente desenvolvimento principalmente por causa das exportações, tendo espaço para implementar medidas populares. Ademais, quando houve a chegada da Crise de 2008, a implementação de políticas anticíclicas permitiu a manutenção do crescimento e perspectivas otimistas, inclusive com a elevação do status do Brasil para

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