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John Mearsheimer e Kenneth Waltz: comparações

Por:   •  11/12/2015  •  Exam  •  1.096 Palavras (5 Páginas)  •  2.319 Visualizações

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A teoria política internacional de John Mearsheimer e de Kenneth Waltz, baseiam-se, sobretudo, em algumas premissas da teoria realista clássica, proposta principalmente por Hans Morgenthau. Esse dois autores são considerados na corrente neorrealista, uma das correntes teóricas mais influentes nas relações internacionais.

O primeiro ponto de concordância entre os autores está em negar os conceitos de ‘’natureza humana’’, advindos do realismo clássico, para explicar a política internacional. Os neorrealistas creem que restrições estruturais do sistema internacional (e não a motivação, egoísmo e estratégia) irão influenciar a maneira de como os estados irão agir no sistema internacional. Ambos os autores também convergem que a estrutura internacional é caracterizada por uma ordem anárquica, onde não existe um estado controlador sobre os demais. Além disso, os Estados são considerados os principais atores nas relações internacionais, sendo que as grandes potências tem um foco maior, visto que estes dominam e são os maiores causadores das guerras.

Entretanto, os neorrealistas começam a ter divergências quanto a afirmação de que os Estados desejam sobreviver e aumentar seu poder relativo. Com isso, surge o realismo defensivo e o ofensivo.

Waltz defende um realismo defensivo (que é frequentemente referido como realismo estrutural), teoria proposta pelo autor na década de 70. Esta defende que as grandes potências não estão pré-dispostas para um comportamento ofensivo, posto que os estados almejam simplesmente sobreviver. Isso é causado pela anarquia do ambiente internacional, o que os fazem buscar pela segurança. Na anarquia, a segurança é o fim mais importante, pois se somente a sobrevivência for assegurada é que os estados podem, com segurança, procurar outras metas, como a tranquilidade, o lucro e o poder. Com isso, o sistema anárquico acaba levando os estados a se comportarem defensivamente, em vez de realizar uma grande ‘’reviravolta’ na balança de poder.

O autor ainda defende que se os países desejassem maximizar o poder, eles se juntariam ao lado com mais força e, com isso, iria existir a ‘’forja’’ de uma hegemonia mundial, e não a formação de balanças de poder. Isto acaba não ocorrendo, pois o esforço da balança é o comportamento induzido pelo sistema. A preocupação dos estados não é aumentar seu poder, mas sim de manter sua posição no sistema internacional.

Waltz argumenta ainda que as relações internacionais apenas podem ser entendidas por meio de uma teoria sistêmica. Esse sistema seria composto por uma estrutura e por unidades em interação. A estrutura é definida pela disposição de suas partes, sendo uma componente alargada do sistema, tornando possível entendê-lo como um todo. Além disso, defende que para definir uma estrutura, deve-se ignorar de como as unidades se relacionam entre si, ou seja, como ocorrem a interação entre elas e também deve se concentrar na posição de umas as outras, (como está a organização ou posição entre elas).

É importante lembrar também que Waltz aponta diferenças entre a política interna e a externa. Na realidade doméstica, existe certa hierarquia, onde o Estado e o governo compelem para manter as regras e ordem na política interna. Já na internacional não existe tal fonte de ordem, o que promove aos Estados a busca pela segurança acima de tudo.

Em contraposição à teoria de Waltz, Mearsheimer defende o realismo ofensivo. Sua teoria é focada nas grandes potências, porque são elas que contribuem em maior impacto nos acontecimentos da política internacional. Um próprio exemplo apontado pelo autor está na influência de Estados Unidos e União Soviética, durante a Guerra Fria, cujos países tiveram notável importância e interferência nos demais lugares do mundo.Vale lembrar ainda que as grandes potências são amplamente determinadas nas bases de suas relativas capacidades militares. Para um

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