Pibic - Feminismo internacional
Por: Anna Luísa Carvalho Ferreira • 26/6/2019 • Artigo • 1.761 Palavras (8 Páginas) • 157 Visualizações
Universidade de Brasília Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação Programa de Iniciação Científica – ProIC/UnB
ÁREA DO CONHECIMENTO: ( ) EXATAS (X) HUMANAS ( ) VIDA Título do Projeto Gênero, raça e Instituições democráticas na América Latina em perspectiva comparada
Orientador: Luiz Daniel Jatobá França
Unidade Acadêmica/Departamento: IREL/Instituto de Relações Internacionais
PLANO de TRABALHO
Edital 2016 ProIC/CNPq/UnB
Título do Plano de Trabalho Uma análise literária acerca do futuro metateórico do estudo feminista
Aluno Anna Luísa de Carvalho Ferreira
Matrícula 14/0130721
Campus Universitário Darcy Ribeiro Pavilhão Anísio Teixeira Sala AT 012 - Brasília – DF CEP 70910-900 Telefones: (61) 3107.0822 - 3107.0824 – 3107.0825 – 3107-0826 e-mail: pibic@unb.br http://www.unb.br/administracao/decanatos/dpp/dific.html
Universidade de Brasília Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação Programa de Iniciação Científica – ProIC/UnB
Plano de Trabalho (máximo de 5 páginas)
1. Introdução ao Plano de Trabalho
O movimento feminista tem a sua primeira contribuição teórica datada na segunda metade do séc. XVIII com Wollstonecraft (1792) e segue com John Stuart Mill (1869). Depois ressurge no séc. XX com contribuições de Simone de Beauvoir (1949), marco do feminismo contemporâneo. A partir daí surgem diversos autores e o feminismo se divide cronologicamente em ondas: a primeira tem um enfoque sobre a inserção civil da mulher, buscando alcançar direitos como o sufrágio universal; a segunda vem com uma proposta de expansão das demandas, entrando em questão mais privadas da mulher, como sua sexualidade e seu papel familiar, e também na desigualdade de fato que o sexo feminino sofre, com autoras como Gloria Steinem (1983) e Betty Friedan (1963); a terceira traz criticas ao período anterior, rejeitando o conceito de feminilidade que é estabelecido anteriormente, baseado em mulheres burguesas do centro da academia brancas, e trás demandas de minorias do movimento, com representantes como Audre Lorde (1983) (1984) e Bell Hooks (1981).Desde então, o movimento feminista vem tomando diferentes formatos, conquistando novos direitos, ganhando espaço na sociedade e com isso diversificando cada vez mais suas demandas.
Contudo, o que é observado é que as demandas mudaram, mas a posição social das formadoras de agenda internacional no movimento, não, o que gera um sentimento de revolta nos grupos negligenciados. Isso, por sua vez, cria uma tensão preocupante dentro do movimento e pode acabar tornando um grupo hostil ao outro, indo de encontro com o conceito de sororidade (HOOKS, 1984) e fazendo o movimento perder impacto e força o que crucial para que o movimento tenha algum poder de agenda nos temas globais.
A pesquisa vem trabalhar no impasse entre a necessidade de haver uma identidade feminina universal, trazendo consigo uma linha de análise que seja capaz de teorizar e identificar padrões de agressão a mulher em vários âmbitos procurando demandas padrão e tendo impacto global; ou segmentar o movimento de acordo com a necessidade de cada grupo, avaliando demandas e situações de acordo com conceitos específicos.
Isso será feito por meio de uma análise comparativa entre teorias internacionais e literatura brasileira de grupos homólogos acerca de temas específicos dentro do feminismo nas ciências sociais, se este grupo tiver alguma equivalência internacional.
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Pergunta: a demanda principal da pesquisa seria uma conclusão sobre qual metateoria (SKLAIR, 1988, p. 697) seria mais útil á elaboração de estudos feministas, a teorização das necessidades femininas a partir de uma visão geral ou a construção de conceitos particulares a cada grupo demandante dentro do feminismo.
Objetivo: Conseguir o máximo de conhecimento possível acerca do tema, para que, após a exposição a diferentes pontos de vista, construções sociais, demandas e prioridades se possa arriscar uma opinião acerca da dicotomia “Teorias gerais vs Conceitos específicos” dentro do movimento feminista.
1. Movimento feminista indígena internacional vs Movimento feminista
indígena brasileiro 2. Movimento Feminista negro brasileiro vs Movimento feminista negro
estadunidense 3. Transfemismo (SCOTT-DIXON, 2006) brasileiro vs Transfeminismo
internacional
4. Feminização da pobreza (PEARCE,1978) no Brasil vs Feminização da
pobreza mainstream
O motivo principal para a escolha do tema de pesquisa foi a oportunidade de trazer à tona a pauta “deve-se ou não enxergar feminismos diferentes e separados?”, que é uma questão que há um certo tempo já vem sendo pensada pelo movimento no mundo inteiro, principalmente nas periferias dos estudos de gênero, mas que se deu apenas com posicionamentos diferentes acerca de um dilema,. O confronto acontece muito mais de forma indireta, com argumentos soltos, do que um real debate entre essas duas posições. O que é proposto é que, por meio de uma análise comparativa, seja possível observar a aplicabilidade das duas no caso.
Ademais, ainda há na pesquisa uma pretensão de trazer para o Brasil uma maior consciência das diferentes situações em que a mulher brasileira é posta,
mostrando que o feminismo e a sociedade devem ser mais inclusivos e empáticos com a situação alheia, procurando assim repensando a abrangência da agenda feminista mainstream no Brasil, no mínimo.
2. Metodologia do Plano de Trabalho
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