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HAZELELPONI “A SOMBRA PARA A MINHA FACE”

Por:   •  5/11/2017  •  Artigo  •  5.420 Palavras (22 Páginas)  •  728 Visualizações

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JORLANDY SILVA DO NASCIMENTO

HAZELELPONI

“A SOMBRA PARA A MINHA FACE”

FEIR DE SANTANA

2015

RESUMO:

 

INTRODUÇÃO:

SETE MULHERES E UM DESEJO:

   Nas paginas das Escrituras Sagradas, que de forma comum denominamos Bíblia, encontramos as historias de pelo menos sete mulheres que não podiam engravidar, por serem de alguma forma estéril. Quando se lê cada um dos relatos a respeito destas mulheres nota-se nitidamente um único desejo em todas estas personagens, este é  o desejo é dar a luz a filhos.

   Eis uma lista e um pequeno comentário de cada uma destas mulheres, seis delas estão no Antigo Testamento e uma em o Novo Testamento:

   Sarai: ( Gn 11.30 ) A primeira destas mulheres é Sarai, e não há como desvincular a historia bíblica de Sarai com a de Abrão, o pai da fé. Quando acontece o chamado divino para Abrão este tem 65 anos e Sarai sua esposa 55, Deus faz a promessa a Abrão de que dele seria originada uma grande nação, porem Genesis 11.30 diz que sua mulher Sarai era estéril (heb. Aqar). No contexto social vivido por Abrão e Sarai as mulheres precisavam dar herdeiros aos esposos do contrario corriam o risco de serem trocadas por outra esposa legitima, a situação dela como mulher estéril era uma calamidade. Abrão tinha uma promessa divina porem Sarai ate então não tinha tal promessa, e ela usa de um artificio onde oferece sua escrava para que seu marido se relacione sexualmente e tenha um filho que seria assumido por Sarai ( Gn 16.1 – 4 ).

   Deus aparece a Abrão no cap. 17 de Gn. e muda o nome de Abrão para Abraão e renova seu concerto com ele, mas também muda o nome de Sarai (Princesa)  para Sara (Rainha)  introduzindo agora ela também neste concerto com a promessa de que Sara seria mãe de nações e reis e povos sairiam dela, importante frisar que Abraão esta agora com 100 anos de idade e Sara com 90 anos. O nascimento do filho gerado de Sara era agora parte fundamental e necessária para o cumprimento do pacto abramico e finalmente em Gn. 21.1 – 3 Sara vê o seu desejo de ser mãe se cumprir, “ Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.” (Hb. 11.11).

   Rebeca: ( Gn 25.21 ) A promessa de El – Shadai a Abraão de que ele seria pai de nações tem continuidade em seu filho Isaque, e próximo dos quarenta anos isaque ainda não se casou, Abraão ordena a seu servo Eleazar que busque uma esposa para seu filho na  Mesopotâmia, na sua terra e da sua parentela ( Gn 24.4 ). Ele encontra Rebeca neta de Naor, irmão de Abraão, a prontidão de Rebeca em servir a Eleazar tirando água do poço para matar a sede dele e dos seus dez camelos, demonstra que ela era trabalhadora e sensível, mesmo sem Saber que aqueles animais transportavam presentes para ela e para sua família. Com a benção da família ela parte para encontrar-se com seu noivo e a Escritura Sagrada relata que Isaque a amou e se consolou com ela ( Gn 24.67 ). Rebeca é desposada por Isaque quando este conta quarenta anos de idade, e não consegue dar a ele um herdeiro por ser ela estéril ( heb. Aqarah ). O fato se repete, e Isaque que faz parte continuada da promessa de seu pai de formar uma grande nação se vê impedido de ter filhos por conta da esterilidade de Rebeca, ele ora insistentemente e durante vinte anos o quadro é o mesmo, somente quando ele completa sessenta anos sua esposa gera gêmeos, duas nações, Jacó e Esaú.      

   E Deus amou a Jacó ( Ml 1.2 ). Quando os irmãos crescem a aflição chega ao coração da mãe, pois, após ser suplantado por seu irmão, Esaú faz a promessa de que matará a Jacó tão logo seu pai venha a falecer. Rebeca ( cujo o significado do nome refere-se a envolver ou unir ) torna-se instrumento providencial nas mãos de Deus para que esta tragédia familiar não ocorra, enviando Jacó para Harã a casa do seu pai sob a alegação de que Jacó deveria se casar com alguém dali ao invés de contrair matrimonio com alguma canaanita, cumprindo a vontade de Deus e firmando o desejo de Rebeca de não permitir-se ver um filho assassinar o irmão. “ ... mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o proposito de Deus, segundo a eleição , ficasse firme, não por causa das obras mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: amei a Jacó e aborreci Esaú.”

   Raquel: ( Gn 29.31 ) O seu nome significa ovelha, ela era a filha mais jovem de Labão o irmão de Rebeca, e portanto prima de Jacó, tinha ela uma irmã mais velha chamada Léia ( heb. Vaca selvagem ). Depois do incidente com o seu irmão Esaú quando Jacó tomou a sua benção e por isto foi jurado de morte por seu irmão, Jacó partiu para Padã-Arã , a casa de Labão filho de Betuel ( Gn 27.25 ), ele encontra-se com a sua prima Raquel à beira do poço pastoreando ovelhas, e a ajuda tirando a pedra da abertura do poço para dessedentar os animais, Jacó se enamora pela moça e após um mês em casa de Labão quando é perguntado a respeito do que ele quer por salario, responde que trabalhará sete anos para ter Raquel como esposa ( Gn 29.18 ), afinal ele foi ate ali para arranjar uma companheira e esta apaixonado por sua prima Raquel. Após sete anos de serviço o seu tio o ilude e o faz contrair núpcias com a irmã mais velha Léia, e Jacó aceita trabalhar mais sete anos para ter também a sua amada. Neste meio tempo ele toma como concubinas Bila, a serva de Raquel e Zilpa, a serva de Léia que suas próprias senhoras oferecem da mesma forma que Sara ofereceu sua serva Agar para Abraão quando esta gerou Ismael.

   Léia dá a Jacó seis filhos e uma filha, (de um dos filhos de Léia vem a raiz do Messias) Bila dá dois filhos ao patriarca e também Zilpa mais dois filhos, porém Raquel era estéril ( Gn 29.31 ). O desejo de gerar filhos para seu marido e assim sair do opróbrio é tão intenso em Raquel que ela chega a declarar: “dai-me filhos se não morro” uma exclamação certamente carregada de descontentamento, impaciência e uma declarada inveja de ver a sua irmã ter filhos, ao ponto de inflamar a ira de seu marido contra ela ( Gn 30.1 – 2 ), a despeito de todo o amor que este nutria pela sua esposa preferida. Alguns traços do caráter de Raquel são negativos, por exemplo, quando se mostra ciumenta e egoísta em seu amor no caso das mandrágoras colhidas por Rubem ( Gn 30.15 ), a ponto de usar as mandrágoras como uma espécie de talismã supersticioso com o suposto poder de indução à fertilidade; E a sua tendência a idolatria e ao engano quando furta os ídolos do lar ou terafins pertencentes ao seu pai ( Gn 31.34 ).

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