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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Por:   •  12/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.112 Palavras (5 Páginas)  •  199 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Filosofia e Teologia Dom João Resende Costa

História do Cristianismo Antigo

Docente- Pe. Helton Ferreira Rodrigues

Discente- Jeremias Santos Nascimento

O exercício da misericórdia no início da Igreja: a disciplina penitencial e a prática da caridade.

Na história do Cristianismo e consequentemente na história da Igreja, existem temas que fundamentam e dão sustentação a fé cristã. O exercício da misericórdia é matéria importante na atuação da Igreja desde seu surgimento e no decorrer dos séculos até os dias atuais, evidentemente algumas práticas e concepções a respeito da misericórdia, bem como a disciplina penitencial e a prática da caridade, sofreram algumas alterações em seu modus operandi o que não mudou seu sentido. Nesta síntese veremos algumas das características desse tema nos primeiros séculos da Igreja Cristã.

Penitência ou Reconciliação

Desde os primeiros séculos a Igreja Cristã, considerava que a situação do Critão deveria ser a de santidade. Pelo batismo o indivíduo era lavado de todos os pecados anteriores e tornava-se “limpo” alvejado das faltas cometidas anteriormente, como podemos verificar em (Atos 2,38) "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.” Portanto o batismo mais do que símbolo da conversão ao cristianismo, era também uma de ser purificado e tornando-se nova criatura.

O fato é que como forma de expurgar os pecados, muitos convertidos começaram a adiar o batismo para o fim de suas vidas pois seria uma maneira de ter todos às suas culpas perdoadas e assim alcançar as promessas do reino, pois o selo do batismo deveria permanecer inviolável e aqueles que o recebiam deveriam preservar a conservar a graça que lhe foi concedida. É neste ponto que a Igreja passar a uma maior observância do poder que Jesus concede a Igreja de poder remir os pecados ou excluir o indivíduo da comunidade "Em verdade vos digo: tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligar­des sobre a terra será também desligado no céu.” (Mt 18,18).

Assim a Igreja passa a ministrar a confissão dos pecados e consequentemente às penitências pertinentes para cada um deles, porém é preciso pontuar que alguns bispos consideravam tão graves alguns pecados que impunham penas excomunhão para quem os praticasse, os chamados pecados capitais. Eram três pecados capitais (ou mortais), e que eram considerados gravíssimos, são eles: apostasia, isto é, a negação da fé; o asassinato; e o adultério (luxúria).

A penitência pode ser entendida como um segundo meio de salvação, um meio de garantir a graça adquirida depois do batismo, visto que não há a possibilidade de ser rebatizado. Mediante os ensinamentos dos apóstolos e a tradição, considerando o arrependimento por parte do Cristão poderia haver então a prática da penitência e consequentemente o perdão do pecado cometido. Este período possui textos importantes sobre esse assunto como os escritos do Pastor de Hermas, que aborda a necessidade de prática de penitências após o batismo devido às faltas cometidas pelos convertidos. De início, a Igreja perdoava apenas uma vez os pecados considerado capitais, às faltas graves.

Quem pecava gravemente devia primeiro confessar sua falta ao bispo, (em caso de pecado notório, isto é se demais pessoas soubessem da falta, a confissão deveria ser pública), por outro lado a penitência deveria ser sempre pública para que assim toda a comunidade tomasse conhecimento da condição da condição do penitente. Enquanto o indivíduo estava no período de penitência ele permanecia excomungado da comunidade, pois o pecado é sempre contra a comunidade portanto a comunhão estava “quebrada” e seria restabelecida após a prática da penitência. Quanto aos pecados mais leves, “veniais”, bastava a prática de jejum, da esmola e da oração (do pai-nosso).

Existiam então determinadas etapas para quem estava no processo de penitência, o que podia demorar até meses, até que ele pudesse voltar a plena comunhão com a comunidade e com Deus. Havendo a possibilidade de abreviação

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