HABILITAÇÃO DE PLANADOR COMO UM DIFERENCIAL

Os fatores contribuintes mais comuns nos acidentes aéreos são más decisões

que se originam em más representações, ou em representações incompletas da

realidade que envolve o piloto, bem como da sua complexidade. Na pior das

hipóteses, simplesmente decidirá não voar, fazer meia volta ou colocar galões de

combustível a mais, por garantia. (CHARRIER, 2013)

Ainda sobre a mesma linha de raciocínio, as tomadas de decisões acertadas

sempre darão bons resultados nos voos. Dessa forma, aquele que tomar as

melhores decisões em seu planador ganhará o campeonato, e, se for um piloto de

aeronaves a motor chegará em segurança ao seu destino mesmo em condições

extremas. Tais decisões de um piloto são, por exemplo, consistir em obter

informações, interpretar o que elas significam, utilizá-las para compor a situação e

utilizar as informações obtidas para tomar a melhor decisão.

Os pilotos de planadores não são os únicos que precisam refletir. Outras

pessoas imersas em suas pesquisas dividiram a atividade mental do piloto em seis

níveis crescentes de exigência, os três primeiros níveis correspondem basicamente

em “fazer como de costume” como, por exemplo, para tal cidade, tal rota, tal nível de

voo, tal quantidade de combustível. Nos três últimos níveis é necessário refletir com

o mais alto nível que pertence a situações complexas e soluções evidentes, e nesse

caso, os neurônios devem se agitar bastante para voar rápido ou para voar em total

segurança.

É fato que quanto mais a inteligência do piloto for solicitada, mais ele se torna

acessível e com melhor desempenho. Um piloto de linha aérea evolui dentro de um

meio extremamente fechado, com pouca liberdade para ajustes, enquanto um piloto

de planador voa em um meio aberto, ao qual deve permanentemente se adaptar. E,

se ele deixar de refletir por um mínimo espaço de tempo, estará entregue à sorte

nos minutos que se seguirem. Um piloto experiente tomará decisões com eventuais

medidas de prevenção dos riscos que ele conhece e um piloto menos experiente

agirá com precaução, ou seja, prudência, na ausência de conhecimentos de certos

riscos. (CHARRIER, 2013)

É claramente visível que um piloto de planador é

formado em um ambiente mais dinâmico do que um piloto de avião comum, a

peculiaridade de um voo sem motor, faz com que as técnicas de pilotagem tenham