O Discurso de Poder

Pólo: Campo Grande

Disciplina: Discurso de poder e Segurança Pública.

O primeiro vídeo, embora seja uma ficção, buscou retratar com a maior riqueza de detalhes, o que ocorre com as organizações de Segurança Pública no âmbito de combate ao crime e suas nuanças. De um lado temos a criminalidade que não possui nenhum limite ou escrúpulos, que assola a sociedade com a imposição de certos direitos e deveres, de fato um poder paralelo ao Estado, ditando regras e valores através de um discurso não de poder, como visto na matéria da aula 1, mas através de um discurso de medo. Do outro lado, temos as forças de Segurança Pública, que através da legitimidade e respaldada pelas Leis vigentes, busca combater sem trégua a criminalidade, conforme o vídeo chama de banditismo. Em meio a essas fortes tensões, tem-se a população inocente vivendo o verdadeiro inferno de fogo, como dito no vídeo também.

Claramente na novela temos algumas representações do cotidiano tal como a mídia, com um discurso de poder visando a imposição de uma idéia; idéia essa que toda ação policial é criminosa, além do mais, temos também a preservação do poder pelo Estado, que resultam na manutenção de uma ordem pública independente de valores sociais e políticos mais amplos, ou seja, o Estado abriga múltiplas moralidades, porém para se manter como uma entidade dotada de razão e certeza, tendem a desconsiderar tais moralidades; esse fato é observado quando o Delegado Civil é questionado pelo Promotor a respeito da morte do inocente, isto é, procurando alguma justificativa, embora imoral, culpar o possível inocente pela sua própria morte.

Paralelamente com a questão moral do Estado, temos no segundo vídeo, representações sociais (pessoas integrantes da sociedade) cujas percepções estão abaladas, tanto em relação a moralidade quanto no trato das Instituições em relação aos crimes, pois o senso comum, construído no imaginário do brasileiro pela a imprensa e também pelos fatos passados e presentes dizem que tudo acabará em “pizza”, acabará em impunidade. Não esquecendo também de que forças políticas e forças supremas do alto judiciário fazem respectivamente de tudo para desqualificar as investigações. Isso pode ser entendido como um conjunto de conhecimentos institucionalizados, voltados para o controle de comportamentos, pelo Estado, de sujeitos desiguais em direito, ou seja, o próprio Estado busca mecanismos de uma forma especial e particular para julgar determinadas autoridades, colocando-os acima da própria ordem jurídica. O que muita das vezes se reflete na impunidade dos próprios agentes, com isso, a população fica cética, desacreditando no grande potencial que tem a justiça criminal e de Segurança Pública.

Grande parte da sociedade acredita que a Operação Lava Jato não irá acabar com a corrupção e imoralidade do país, uma vez que não se vê representada pelos políticos e autoridades envolvidos na Operação, isto é, para muitos, a “Lava Jato” é um cenário político, criado para maquiar uma pseudo-moralidade política. Sendo assim, vemos claramente o que foi estudado na aula 1: o discurso Político, como um compromisso, uma forma de convencer e envolver as pessoas de que a corrupção será extinta do cenário Brasileiro, ao invés de impor algo, bem como uma