O Discurso de Poder
Por: Leo Moreira • 26/9/2018 • Dissertação • 349 Palavras (2 Páginas) • 239 Visualizações
Curso: Segurança Pública e Social
Disciplina: Discurso de Poder.
O objetivo principal da Administração Pública é o bem comum, isto é, o conjunto de ações que são compartilhadas com a população em todas as áreas. Com isso, o Direito Administrativo dá sentido lógico, racional, harmonioso, permitindo a compreensão de seu modo de organizar-se.
Após a leitura dos textos propostos e fazendo uma análise do vídeo, podemos dizer que as reformas administrativas do estado do Rio de Janeiro sempre tiveram a intenção de acompanhar as mudanças econômicas e políticas que acontecem no país e no mundo. Dessa forma, o estado usando a habilidade do direito legal e legítimo, deixou de lado o Interesse Público Primário em preterição ao Interesse Público Privado, constituindo em sua alegação o interesse coletivo e público geral, exemplo disso, temos os mecanismos de gestão do espaço públicoemoldurados pelasUPP’s (Unidade de Polícia Pacificadora).
É notório o impacto das UPPs no dia a dia dos moradores, nos projetos de vida, na imagem da favela e nas suas relações com a cidade como um todo. O Poder Público passa a impor investimentos para o local, programas sociais, e de certa forma, impõe mudanças na cultura do local, uma vez que a lei que vigorava nas comunidades carentes era a “lei do morro”, agora os indivíduos respondem, as leis do Estado. É fundamental observar que o discurso em torno daa atuação limitadora do Estado sobre direitos individuais a partir do denominado "Poder de Polícia" funciona, na verdade, como uma máscara à realidade para dissociar as ações do Estado de seus reais interesses, com a finalidade de garantir o desempenho econômico da cidade, demonstrar a eficiência da política pública de segurança e restaurar a ordem.
Portanto, de maneira nada amorosa, construíram símbolos (UPPs) que permeiam e articulam as interações interpessoais entre as classes sociais e os interesses na cidade do Rio de Janeiro, e através disso, podemos refletir que as negociações que existe em seu interior são pautadas no uso arbitrário daquilo que o Estado julga ser correto e ideal para população, dessa maneira, a voz do povo não é escutada e suas reivindicações nunca atendidas.
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