O Fichamento: FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 12ª Ed. Paz e Terra, 1979.
Por: Erica189 • 14/3/2019 • Resenha • 1.262 Palavras (6 Páginas) • 791 Visualizações
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 12ª Ed. Paz e Terra, 1979.
CITAÇÕES:
1.0. DIRETAS:
1.1. “O compromisso seria uma palavra oca, uma abstração, se não envolvesse a decisão lúcida e profunda de quem o assume. Se não se desse no plano concreto” (FREIRE, p.07).
1.2. “Se numa sociedade preponderantemente alienada, o profissional, pela natureza mesma da sociedade estruturada hierarquicamente, é um privilegiado, numa sociedade que se está abrindo o profissional é um comprometido ou deve sê-lo” (FREIRE, p.13).
1.3. “Não é possível fazer uma reflexão sobre o que é a educação sem refletir sobre o próprio homem” (FREIRE, p.14).
1.4. “Por isso, o trabalhador social não pode ser um homem neutro frente ao mundo, um homem neutro frente à desumanização ou humanização, frente à permanência do que já não representa os caminhos do humano ou à mudança destes caminhos” (FREIRE, p.26).
1.5. “A grande dificuldade que surge e que exige um alto sentido da responsabilidade, se baseia na preparação dos quadros de coordenadores e supervisores” (FREIRE, p.45).
2.0 INDIRETAS:
2.1 Conforme (FREIRE, p.11) o humanismo é um compromisso eficaz com o homem claro e determinado. O compromisso que se dirigi no sentido de modificação de qualquer colocação objetiva na qual o homem determinado esteja sendo bloqueado de ser mais.
2.2 Segundo (FREIRE, p.15) o saber é feito por meio da superação constante. O saber que é superado para ele já é considerado como uma ignorância, que todo saber humano sabe que tem dentro de si um testemunho do novo saber que já se anuncia e que saber humano traz consigo mesmo a sua própria superação.
2.3 Para (FREIRE, p.16) a educação não é um processo onde adapta o sujeito na sociedade, o homem é que deve modificar a sua realidade do dia a dia para buscar ser cada vez mais, ou seja, o homem deve procurar sempre se capacitar para ser mais do que ele é.
2.4 Conforme (FREIRE, p.20) o docente quer ser um ser superior querendo mostrar que seus alunos são ignorantes, e isso ele chama de consciência bancária, onde quer fazer dos seus alunos um depósito de conhecimentos e saberes.
2.5 Para (FREIRE, p.21) o homem deve fazer do seu destino uma transformação e criação para o mundo, sendo ele mesmo o indivíduo de sua ação, ou seja, o homem deve buscar métodos para mudar a educação e o mundo, fazendo dele mesmo o sujeito de tudo.
TEXTO DISSERTATIVO:
É de fundamental importância mencionar os fatos discutidos no livro “Educação e Mudança” de Paulo Freire, que vem subdivido em quatro capítulos onde o autor mostra e afirma que a educação pode sim ter mudanças, e ainda descreve o compromisso do profissional e do educador em promover uma pedagogia que possibilite mudanças.
No primeiro capítulo que tem como título “O compromisso do profissional com a sociedade” o autor afirma que para um profissional tenha um poder para assumir um ato de comprometimento, precisa ter a capacidade de agir e refletir, pois o homem só existe por meio da ação e reflexão, e isso se dá na relação do homem com o mundo em que ele vive. O compromisso do profissional está associado com o seu comprometimento como homem situado em um contexto histórico e social. O autor afirma que quanto mais os profissionais se capacitam, mais aumenta a responsabilidade dos mesmos com os homens.
No final do capítulo mostra a grande alienação cultural que a sociedade sofre. A alienação é característica das sociedades que estão a vontade das sociedades matrizes, que são possuidoras das decisões culturais e econômicas. Se a sociedade importa tecnologias e técnicas de outros países, coincidentemente ela está importando uma cultura alheia à dela. Se o profissional se negar ou fugir da sua cultura ou negar o projeto do seu país e do seu estado ele está fugindo totalmente do seu compromisso como profissional.
No segundo capítulo inicia dizendo que é impossível falar e refletir sobre educação sem falar e refletir sobre o homem conforme FREIRE 1.3. O homem para o autor é um ser inacabado pois e que consequentemente precisa e busca educar-se, ou seja é um ser em busca constante. O livro enfatiza nesse capítulo a importância do respeito e amor na educação, o profissional nunca pode se colocar como superiores ensinando a ignorantes. Mesmo sabendo que existe diferentes graus de educação, é possível afirmar que também não existem ignorantes absolutos.
A educação implica também em esperança, seja ela de mudança ou de liberdade. O autor alerta sobre o conceito de consciência bancária da educação onde o docente julga-se superior
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