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A Definição de Musicoterapia

Por:   •  20/5/2019  •  Seminário  •  2.027 Palavras (9 Páginas)  •  130 Visualizações

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Introdução

A musicoterapia na Noruega não tem suas definições prontas, afinal é uma área que ainda esta no imaginário e ainda não há um debate conciso e constante na sociedade.
O que trazemos neste trabalho, são as principais características da musicoterapia norueguesa e seu histórico, apresentando suas personalidades e acontecimentos.

Definições

Nunca houve uma definição comumente aceita de musicoterapia na Noruega. Devido às diversas práticas de musicoterapia, sua natureza interdisciplinar e as diferentes escolas de terapia, os musicoterapeutas têm sido incentivados a criar suas próprias definições.

Assim, as definições variam desde aquelas que são ampla e sociologicamente orientada, como "musicoterapia é a utilização da música para aumentar as possibilidades de ação”. Segundo Ken Bruscia, "a musicoterapia é um processo sistemático de intervenção em que o terapeuta ajuda o cliente a alcançar saúde, utilizando experiências musicais e as relações que se desenvolvem através delas como forças dinâmicas da mudança "(Bruscia, 1989, p. 47)

Os musicoterapeutas, na formulação de suas próprias definições, são encorajados a considerar como os conceitos utilizados para formar uma definição estão freqüentemente enraizados em outra tradição teórica (como psicologia do desenvolvimento, a teoria psicodinâmica, psicologia humanista), dando assim uma maior amplitude de entendimento aos significados e sentidos das definições.

Perspectivas Históricas

As primeiras sementes de musicoterapia norueguesa foram plantadas na década de 1950, seguido por um crescente interesse e prática emergente na década de 1960, principalmente no campo da educação especial. Existem relatórios de visitas do educador musical sueco, Nisse Lingren, que percorreu o país com os "happenings musicais" nas instituições para deficientes mentais. Sua capacidade de inspirar o fazer musical em crianças e adultos. Consequentemente, a ideia de um uso mais refinado e funcional da música na educação especial foi adotado e desenvolvido por diversos educadores musicais, destacando-se Ruth Sommerfeldt Jacobsen e Vesla Lange-Nielsen.

Ruth Sommerfeld Jacobsen foi pioneira na educação musical infantil na Noruega, incorporando um conceito de musicoterapia no seu ensino. Posteriormente em 1968, ela organizou o curso de musicoterapia, reunindo muitas pessoas que mais tarde tornariam-se ativa no campo.

No final da década de 1960, um grupo de educadores especiais e professores de música nórdicos, criaram um grupo para desenvolver a idéia da musicoterapia. Orvar Torsrud e Olav Skille eram as principais figuras neste grupo. Eles foram responsáveis ​​pela formação da "Federação Norueguesa de Musicoterapia" e introduziram o conceito de "musicoterapia educacional".  A associação foi ativa até o fim da década de 1970, mas posteriormente dissolvida. Olav Skille desde então, desenvolveu a "terapia vibro-acústica" tornando-se nacional e internacionalmente reconhecido por este trabalho.

Em Oslo, outro grupo seria influente no desenvolvimento da musicoterapia na década de 1970. Ellen Boysen, que veio para trabalhar com crianças com paralisia cerebral em um programa de desenvolvimento, convidou Paul Nordoff e Clive Robbins para a Noruega, no final dos anos 60. Suas visitas e workshops levaram a um crescente interesse na terapia musical. Na década de 1980, Jorun Mantor aplicou a abordagem de Carol e Clive Robbins ao seu próprio trabalho com surdos.

Entre estes pioneiros de Oslo, outros nomes também devem ser mencionados: Sigrid Hillestad, que usou a música com crianças acometidas de múltiplas deficiências; Ida Margrete Gjul e Hedda Riise, que fizeram importantes contribuições para o desenvolvimento e a organização da musicoterapia; e Miriam Wicklund que fez trabalho semelhante. Na mesma década, Finn Andersen contribuiu significativamente para a musicoterapia com seu song book, "Mine Viser", que se tornou muito popular na educação pré-escolar.

Talvez as influências mais importantes desta história "precoce" da musicoterapia na Noruega foram as muitas visitas de Paul Nordoff e Clive Robbiens durante a primeira metade da década de 1970. Isso levou a uma série de workshops, palestras e cursos de longa duração, que foram de grande impacto.

Em 1971, Unni Johns e Trygve Aasgaard foram para Londres estudar musicoterapia com Juliette Alvin. Depois que Unni completou sua formação musicoterapica em Londres, ela estabeleceu uma das primeiras práticas reconhecidas como um musicoterapeuta.

Associações

Toda esta atividade levou à fundação de uma associação nacional de musicoterapia, o "Associação Norueguesa de Música Terapia " com Unni Johns como o primeiro Presidente. A associação logo reuniu membros de toda a Noruega, com grupos em Bergen e Trondheim. Os objetivos da organização eram: estabelecer um programa de formação em musicoterapia edivulgar informações sobre musicoterapia. Desde seu início tinha cerca de 300 membros, número que não sofreu grandes mudanças. No entanto, apenas, aproximadamente 25% dos membros são treinados para ser musicoterapeutas.

Revistas

Logo após sua fundação, a associação iniciou a publicação de uma revista de musicoterapia, “Musikkterapi”, sendo publicada 4 vezes por ano. Esta revista contém artigos sobre musicoterapia, relatos de prática clínica, métodos, informações sobre congressos, seminários, novos postos de trabalho, resenhas de livros. Em 1992, uma revista mais profissional de musicoterapia, “NordiskTidsskrift for Musickkterapi”, foi lançada.

Programas de treinamento

O primeiro programa de treinamento da Noruega em musicoterapia foi criado em 1978 em Oslo. Seu primeiro coordenador foi Even Ruud, primeiros professores foram Unni Johns e Tom Naess. O programa se tornou um curso de pós-graduação, de duração de dois anos, aceitando alunos com graduação em música, educação e educação especial. O programa aceita atualmente 8 alunos a cada ano, e teste de admissão garante que os alunos tenham as qualificações necessárias, tanto pessoais quanto musicais. Em 1992, o governo nas suas negociações com o sindicato que representa musicoterapeutas, deu aprovação final a um regulamento que assegura os direitos de todos os musicoterapeutas com diplomas.

Desde o início, a filosofia dos programas de formação tem sido a de dar aos alunos uma ampla introdução à musicoterapia, auxiliando no fornecimento de uma sólida formação que facilite o emprego da mesma. Além disso, a introdução ao curso, "Teoria da Musicoterapia" teve como objetivo dar aos alunos conhecimentos sobre vários paradigmas ou escolas de pensamento em musicoterapia. Outros temas oferecidos no curso são: teoria da educação especial, psicologia, métodos de música terapêutica clínica ou improvisação terapêutica, composição, piano funcional, drama, curso de auto-experiência, neuropsicologia e trabalho clínico supervisionado.

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