CONSTRUTOS DA AVALIAÇÃO COMO MEIO PARA APRENDIZAGEM E PARA O SUCESSO INDIVIDUAL E COLETIVO
Por: adao1234 • 12/3/2022 • Artigo • 4.006 Palavras (17 Páginas) • 112 Visualizações
MESTRADO EM EDUCAÇÃO E NOVAS TECNOLOGIAS[pic 1]
DISCIPLINA DE AVALIAÇÃO COMO PROCESSO EDUCATIVO
PROFESSORA LUANA PRISCILA WUNSCH
CONSTRUTOS DA AVALIAÇÃO COMO MEIO PARA APRENDIZAGEM E PARA O SUCESSO INDIVIDUAL E COLETIVO
Adão Lourenço
adao.lourenco@yahoo.com.br
Resumo Expandido
RESUMO
Esse texto tem por objetivo tecer algumas analises e reflexões sobre estudos da avaliação, como meio de promover aprendizagem e de se alcançar o sucesso de forma tanto individual quanto coletiva. As diferentes perspectivas de avaliação como os exames de verificação, as provas classificatórias, somativas, punitivas e controladoras; as avaliações diagnósticas, formativas e processual; são, grosso modo, construtos constituídos de pressupostos intrínsecos para promover aprendizagem e o sucesso. Para delimitar um pouco esse assunto, tão vasto e tão importante; em que renomados filosofos e estudiosos da educação têm apresentado importantes contribuições a essa temática; as analises e reflexões estão centradas em alguns aspectos pertinentes dos escritos e estudos de Freire (1996), Luckesi (2011) e Both (2012); além de outros estudiosos como Hoffmann (2003), Perrenoud (2000) dentre outros. Também o estudo de artigos e analises de videos no YouTube e ambientes virtuais, sobre avaliação, foram de grande valia para as reflexões subjacentes e abordagens apresentadas. Freire (1996), não explicita questões pontuais no ato de avaliar; mas implicitamente, ao abordar questões relacionadas ao ato de educar, ensinar e aprender por meio do diálogo e promovendo a inclusão, transformação e emancipação social; contribuie para essas questões pertinentes da avaliação. Luckesi (2011), critica a “pedagogia do exame”, assim como Freire critica a “educação bancária”; colocando a avaliação como meio de se obter diagnóstico e garantia de se ter aprendizagem factual e sucesso. Para Both (2012), a avaliação é meidiada pela “voz da consciência” que cada ser carrega em si, para sinalizar caminhos que constituam a avaliação como meio de se obter aprendizagem. Hoffmann (2003), em suas importantes abordagens, apresenta a avaliação como mediadora da e para aprendizagem; diferenciando as finalidades dessa avaliação mediador e formativa, da avaliação tradicional e classificatória. Já para Perrenould (2000) e nos artigos estudados, em que esse autor é citado, a avaliação deve ser um ato conínuo e formativo. Em seus estudos sobre a pedagogia das diferenças, aponta que o professor educador deve ter um olhar diferenciado para cada forma de aprender de cada indivíduo, que em sua especificidade contribui para coletividade. Desse modo, pretende-se explorar um pouco alguns aspectos dessas vastas contribuições teorícas e práticas, abordadas pelos autores nesse estudo que; mesmo em meio as suas pecualiaridades e especificidades pertinentes; dissecam o tema avalição como meio de se obter aprendizagem e garantia de sucesso individual e coletivo.
Palavras-chave: Educação. Estudo, Reflexão. Avaliação. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
Desde meados das décadas 1960, 1970 e 1980, grandes expoentes intelectuais da educação como Freire (1996), Luckesi (2011) e Both (2012), dentre outros importantes estudiosos, vêm debatendo e apresentando importantes contribuições teóricas e práticas sobre a avaliação como processo e ação para promover aprendizagem e o sucesso. Esses grandes intelectuais têm em comum, uma forma bastante peculiar de ver, sentir e buscar transformar os processos educativos, no que tange as abordagens, métodos, técnicas e na práxis do ensinar, aprender e avaliar a individualidade e a coletividade; não somente na escola, mas também, nos mais diversos ambientes e esferas sociais.
A intensa e vasta obra de Paulo Freire tem em seu bojo, críticas contundentes com relação a forma tradicional de educar; propondo a desconstrução da dita “educação bancária” e das mais diversas formas de “opressão”; promovendo o diálogo permanente entre educador e educando, para a transformação e construção de um aprendizado individual e coletivo justo, igualitário, libertário e emancipatório. Essa visão freiriana da educação como transformação, libertação e emancipação; desde seus primeiros estudos e práticas, nos idos dos anos 60 até os dias atuais, causam incômodo e uma profunda relação de perplexidade, respeito, amor e ódio implícitas nas mais diversas concepções educacionais e estudiosos do ensino e aprendizagem. No entanto, apesar de muitas críticas atuais à obra de Paulo Freire, percebe-se, no bojo de seus estudos, que Freire jamais menosprezou completamente as teorias e práticas ditas conservadoras; mas sim, procurou contribuir com toda sua criticidade teórica e prática, humanizar e transformar as relações do ensinar, aprender e se fazer gente que pensa e age para o bem comum.
Devo deixar claro que, embora seja meu interesse central considerar neste texto saberes que me parecem indispensáveis à prática docente de educadoras ou educadores críticos, progressistas, alguns deles são igualmente necessários a educadores conservadores. São saberes demandados pela prática educativa em si mesma, qualquer que seja a opção política do educador ou educadora (FREIRE, 1996, pg. 12).
Apesar de suas concepções progressistas e marxistas, Freire procurou dialogar e respeitar a todas as formas de pensar e agir. Com olhar atento a tudo e a todos, produziu uma gama de saberes em meio a frases celebres, tais como: “A Educação, qualquer que seja ela, é sempre uma teoria do conhecimento posta em prática”; “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos sabemos alguma coisa. Todos inoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. E desse modo, quanto mais alguns poucos procuram intensamente “desconstruir” Paulo Freire, mas vivo ele transita e pequenas e grandes citações textuais.
Luckesi (2011), outro grande estudioso da educação; principalmente no que tange as teorias e práticas do estudo referente avaliação da aprendizagem; com muita ousadia e coragem iniciou seus estudos sobre avaliação, em fins dos anos 1970 e início dos anos 80; perpassando mais de quatro décadas de profundos apontamentos e contribuições críticas sobre a temática da avaliação. Conforme Luckesi, o ato de avaliar deve ser um meio de tornar os atos de ensinar e aprender produtivos e satisfatórios. Ou seja, avaliar, é diagnosticar, saber onde se está iniciando e o que realmente se almeja, com relação a aprendizagem. Um meio processual para o aprender, reaprender e conseguir o sucesso.
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