Crimes polícia civil São Paulo
Seminário: Crimes polícia civil São Paulo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: debsjones • 20/5/2014 • Seminário • 969 Palavras (4 Páginas) • 323 Visualizações
Após mais de nove meses do crime, a Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito do caso Pesseghini. O relatório final do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) afirma que Marcelo Pesseghini, de 13 anos, usou a pistola .40 da mãe para executar os pais, que eram policiais militares, a avó materna e a tia-avó, e depois se matou com um tiro na cabeça na casa onde a família morava.
O crime ocorreu em 5 de agosto de 2013, na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo.
A conclusão do DHPP confirma o que o próprio departamento havia apontado horas após o crime. Uma das provas de que Marcelo Pesseghini matou a família e se matou em seguida se baseia em um laudo psiquiátrico sobre a personalidade do garoto.
O resultado apontou que complicações de uma doença mental aliadas a fatores externos levaram o estudante a atirar no pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luís Marcelo Pesseghini, de 40 anos; na mãe, a cabo Andréia Bovo Pesseghini, de 36 anos; na avó materna, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos; e na tia-avó Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos. O documento foi feito pelo psiquiatra forense Guido Palomba.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública, "o caso foi encerrado, com o relatório final de 16 de maio, concluído pelo delegado Charlie Wang, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Crimes Múltiplos do DHPP.
Os autos foram encaminhados para a Justiça, sendo necessário à produção solicitar junto ao Ministério Público cópias das peças. A conclusão sobre o caso, respaldada nos laudos técnicos periciais, nos depoimentos e provas coletados, confirmou a tese inicial de homicídio seguido de suicídio."
O G1 não localizou o delegado Itagiba Franco, da divisão de homicídios do DHPP, e o promotor Daniel Tosta de Freitas, do Ministério Público, para comentarem o assunto.
Os avós paternos de Marcelo, no entanto, não acreditam que o neto cometeu os assassinatos e se matou e pedem um novo inquérito sobre o caso. Eles contrataram uma advogada para contestar a versão da polícia. "É mentira. É lógico que não foi o Marcelinho", disse a avó paterna de Marcelo, a dona de casa Maria José Uliana Pesseghini, de 62 anos. "Ele amava a todos e jamais faria isso. Sequer sabia atirar ou dirigir."
"Querem culpar o menino porque ele não está mais aqui", completou o avô do suspeito, o aposentado Luís Pesseghini, de 65 anos, que ainda guarda os celulares das vítimas. Neles, estão gravadas mensagens de carinho entre o garoto e a mãe.
A advogada Roselle Soglio, especialista em perícias, foi contratada para defender os interesses da família, e acredita que o verdadeiro assassino está solto.
"A defesa da família Pesseghini contesta a versão da polícia e, por isso, vai pedir a abertura de um novo inquérito", disse Roselle, que trabalha na capital paulista.
"Por mais que a polícia tenha antecipado a conclusão de que Marcelo matou a família e depois se matou, não há provas cabais e técnicas dentro do inquérito que demonstrem ou comprovem isso."
A advogada declarou que outras pessoas também deveriam ser investigadas como suspeitas do crime. "Um colega da corporação falou à polícia que a mãe de Marcelo se queixou de ter sido ameaçada, e isso não foi investigado a fundo", afirmou Roselle. "Isso sem falar que ela havia perdido as chaves de casa e alguém pode tê-las encontrado, entrado lá e cometido o crime."
Além disso, Roselle contestou a perícia feita pela Polícia Técnico-Científica. "A cena do crime pode ter sido mexida antes da chegada dos peritos",
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