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Dia da Mulher Africana

Por:   •  14/10/2015  •  Artigo  •  626 Palavras (3 Páginas)  •  240 Visualizações

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Dia da Mulher Africana

A África, com seus 52 países, possui uma grande variedade cultural, linguística e artesanal, que remontam épocas milenares, inclusive, pré-históricas como o Egito e outros.

A partir da segunda metade do século XX, a maioria dos países tornou-se independente, descolonizando-se da Europa.

O Dia da Mulher Africana tem sua origem em 31 de julho de 1962, com a Conferência das Mulheres Africanas, realizada em Dar-Es-Sallam, Tanzânia. Portanto, esta data está dentro de um contexto onde cada povo começa ter seu governo próprio e autônomo.

Por isso, o objetivo é discutir o papel da mulher nas situações concretas do continente e lutar pela sua promoção. Constata-se lentos, mas consistentes avanços, por exemplo, no emprego e no exercício de liderança e chefia, tanto na sociedade como na política. Este fato rompe com uma cultura discriminatória em relação à mulher e eleva sua autoestima.  É o primeiro passo dentre tantos outros que, necessariamente, se sucederão.

Porém, os desafios são muitos, dentre os quais destacamos a discriminação e a sujeição ao marido ou companheiro; a violência doméstica, somada à pobreza e analfabetismo; o grande número de aidéticas. Geralmente, estes e outros desafios têm suas raízes culturais e, só com o passar das gerações, serão superados.

Porém, a mulher africana tem, dentro dela, a alegria de seu sorriso, o colorido de suas vestes e o amor à família. Um tripé que fortalece a fé e “remove montanhas” (Mt 21,21). Quando a mulher for valorizada, não há necessidade dedicar-lhe um dia próprio para reivindicar, mas, simplesmente, para celebrar!

Em Angola, a situação se assemelha à dos demais países africanos, mas tem seus aspectos específicos.

Convém ressaltar que, no período de 1961 - 2002, Angola esteve envolvida em duas guerras: uma, pela Independência (1961 - 1975) e, outra, a Civil (1975 - 2002).

Hoje, o país está se reconstruindo e a mulher é uma das protagonistas. Ela é a base da família e responsável direta pela educação dos filhos e seu sustento. Para isso, precisa de emprego, e este é raro. As empresas estrangeiras que, aqui, se instalam, já trazem a maioria de seus funcionários, sobrando poucas vagas para a mão-de-obra local.

Por isso, uma parte das mulheres entra no mercado informal, nas ruas e praças. Outra parte cultiva a lavra (roça). Nesta última, o marido ajuda no roçado, na queima e no lavrar. À mulher cabe o plantio, a colheita e o transporte, normalmente, na cabeça. É uma agricultura de subsistência, feita com ferramentas tradicionais e obsoletas.

Se, de um lado, a mulher é a que mais trabalha e luta, de, outro, é a que menos tem voz e vez nas decisões. Na esfera familiar, tudo está centrado no marido. Para o casamento da jovem-adolescente, os tios determinam o que deve ser feito e com quem irá casar. Nas aldeias, é o “soba” que manda, isto é, os mais velhos escolhem, entre eles, quem será o chefe.

O casamento acontece, quase sempre, ao redor dos 14 anos. Os filhos são gerados um após outro, até quando a natureza o permitir. A maternidade precoce é desgastante que, somada ao trabalho físico, faz as mulheres envelhecerem muito antes que o homem.

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