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Feminicidio

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Por:   •  16/3/2015  •  619 Palavras (3 Páginas)  •  1.418 Visualizações

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Resumo: Partindo da premissa de que é no processo de recusa e crítica ao conservadorismo que se encontram as raízes de um novo projeto profissional, este artigo, a partir de revisão bibliográfica, recupera uma importante discussão, presente na atual literatura crítica do Serviço Social brasileiro, acerca dos desafios contemporâneos à profissão. Especificamente aqueles postos ao processo de consolidação de uma cultura crítica no interior do Serviço Social e à efetiva implementação do seu projeto ético-político, num contexto neoliberal. Conclui que apenas mediante uma profunda interlocução da categoria profissional com o marxismo é que se põe concretamente a possibilidade de um olhar crítico sobre o Serviço Social e a apropriação das ferramentas necessárias ao enfrentamento dos novos desafios à consolidação de uma cultura crítica no interior da profissão e ao processo de manutenção da hegemonia do seu projeto ético-político. Palavras-chave: Serviço Social, cultura crítica, projeto ético-político

Introdução Tendo como pano de fundo a relação Serviço Social e realidade, as questões aqui apresentadas ressaltam que o Serviço Social vem aprofundando e atualizando a vertente de ruptura com o conservadorismo na profissão e apontam para o fato de que o processo de consolidação de uma cultura crítica no seu interior continua sendo marcado por grandes desafios. Esses se constituem em obstáculos à afirmação da perspectiva crítico-dialética no bojo da profissão e ao processo de manutenção da hegemonia do seu projeto ético-político, na contemporaneidade. Para dar visibilidade aos atuais desafios à consolidação de uma cultura crítica no interior do Serviço Social, sobretudo num contexto de avanço do pensamento pós-moderno, a reflexão presente neste artigo se delineia a partir das seguintes indagações: quais os desafios que historicamente são postos e repostos à profissão? Quais os desafios que o Serviço Social ainda precisa superar para uma efetiva apropriação de uma racionalidade crítica e o desenvolvimento de uma estratégia de atuação crítica na sua prática cotidiana? Ao centrar a discussão sobre os principais desafios contemporâneos a uma efetiva implementação do projeto ético-político do Serviço Social brasileiro nos marcos da atual conjuntura, este texto apresentará indicações que irão contribuir para elucidar os seguintes questionamentos: como se delineiam, na cena contemporânea, as ameaças ao aprofundamento do projeto ético-político do Serviço Social e quais as formas de enfrentamento e superação dos limites para a sua implementação na atual conjuntura brasileira?

1. Serviço Social e realidade: sobre a constituição da vertente crítica do Serviço Social brasileiro Em seu livro Ditadura e Serviço Social, José Paulo Netto (1991) remete o seu olhar para o cenário que se delineia no Brasil entre os anos 1960 e 1970. Sua análise chama a atenção do leitor ao indicar que, para uma compreensão da relação entre Serviço Social e a autocracia burguesa, torna-se necessário reportar-se aos novos condicionantes sócio-históricos que, aliados ao significado da autocracia bur-guesa no Brasil, muito influenciaram o fazer e a autorrepresentação profissional. Este autor aprofunda a discussão ao discorrer sobre as “condições novas” (1991, p. 117), apontando para os processos socioeconômicos, que vão desde a reconfiguração

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