O Ensino da Matemática Para Deficientes Visuais: Elaboração de Gráficos
Por: Aline Santos • 25/5/2020 • Artigo • 1.878 Palavras (8 Páginas) • 205 Visualizações
Ensino da Matemática para deficientes visuais: Elaboração de gráficos
Resumo
Pensando no aumento de alunos inclusivos na sala de aula, e as experiências adquiridas ao longo dos estágios realizados, para buscar agregar conhecimento na área de matemática. Pois é uma grande “aventura” para a maioria dos educadores, quando dentro de uma sala de aula lidam com um aluno com deficiência visual, por não saber como lidar ou até mesmo porque não tem o conhecimento necessário para lidar com o aluno. Analisando todos os estudos de inclusão, o trabalho foi elaborado. Com o objetivo de elaborar materiais táteis de fácil compreensão aos alunos do 6° ao 9° ano do ensino fundamental, no Instituto Benjamin Constant.
Palavras chaves: gráficos, matemática, materiais didáticos e deficiência visual
Introdução
No ensino da matemática, sem seus meio de visualização fica meio inconsistente, precisa de um material de apoio para ensinar e ser melhor compreendido, como gráficos, equações, figuras geométricas. Observamos o quanto o material didático é fundamental no processo de ensino e aprendizagem, tanto para os educadores que utilizam como um ponto de partida para seu ensino pedagógico, como para os educandos, que utilizam como um guia de estudos, sendo uma matéria para relembrar conteúdos ___________________________________
¹Aluno concludente do curso de Licenciatura em MATEMÁTICA da Universidade Estácio de Sá
² Professor Orientador do artigo da Universidade Estácio de Sá
vistos e realizar o seu programa de estudo. Visto que, o aluno vidente, para interagir com o conteúdo dado e aprendido, utiliza o sentido da visão ; E o aluno cego, por sua vez, utiliza outros sentidos, o tátil, fazendo com que ocorra
essa interação. Abrindo assim a mente do professor a realizar várias construções no conhecimento do aluno cego. Atentando – o que na produção do material didático adaptado, alcance o objetivo a necessidade perceptual tátil do aluno cego e que seja usado por todos os alunos no processo de ensino e aprendizagem.
No que diz respeito a educação inclusiva, as pessoas com deficiência começaram a ser atendidas, no Brasil, no período Imperial com a criação no Rio de Janeiro do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva (2008b). Segundo o site, o Instituto Benjamin Constant nasceu do sonho de um adolescente chamado José Álvares de Azevedo que, em 1850, decidiu iniciar uma verdadeira cruzada no Brasil em prol das pessoas que fadadas à exclusão social pelo fato de não enxergarem. Atualmente, o Instituto Benjamin Constant, localizado na zona sul do Rio de Janeiro, é mais do que uma escola que atende crianças e adolescentes cegos, surdo cegos, com baixa visão e deficiência múltipla; é também um centro de referência, a nível nacional, para questões da deficiência visual, capacitando profissionais e assessorando instituições públicas e privadas nessa área, além de reabilitar pessoas que perderam ou estão em processo de perda da visão. Ao longo dos anos, o IBC tornou-se também um centro de pesquisas médicas no campo da Oftalmologia, possuindo um dos programas de residência médica mais respeitados do País. Através desse programa, presta serviços de atendimento médico à população, realizando consultas, exames e cirurgias oftalmológicas.
O Instituto é comprometido também com a produção e difusão da pesquisa acadêmica no campo da Educação Especial. Através da Imprensa Braille, edita e imprime livros e revistas em Braille, além de contar com um farto acervo eletrônico de publicações científicas.
O sistema braile, Criado por Louis Braille em 1825, na França, é conhecido universalmente como código ou meio de leitura e escrita de pessoas cegas. Baseia-se na combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e os símbolos gráficos. A combinação dos pontos é obtida pela disposição de seis pontos básicos, organizados espacialmente em duas colunas verticais com três pontos à direita e três à esquerda de uma cela básica denominada cela braile, desde sua criação passou por várias adaptações.
A importância do uso do material didático
Expressão grega “techné didaktiké”, que significa arte ou técnica de ensinar, para se entender a importância do uso de material didático no processo de ensino e aprendizagem, antes é preciso recorrer à etimologia da palavra para entender o que é “didática”. Assim, podemos entender que o educador é um artista na sala de aula ou em qualquer outro ambiente utilizado por ele, quando ensina aos educandos. Ao considerar o educador como o “grande artista”, o material didático torna-se o instrumento necessário para que a magia aconteça. A magia, dentro deste contexto, é a mediação entre educandos e conteúdo. O desafio desse profissional é efetivar a construção do conhecimento, levando em consideração a singularidade de cada indivíduo. Por meio da didática, os educandos percebem que o aprendizado é um ato contínuo, desenvolvido a partir de materiais de apoio ao ensino, os quais estabelecem correspondência à prática e dão significado ao conteúdo.
O material didático na vida do aluno, é muito importante o quanto cada detalhe durante a sua elaboração faz a diferença e pela falta de materiais relacionados a gráficos, foi decidido falar sobre a elaboração dele. Se o aluno for capaz de construir e visualizar um gráfico, facilitará a sua compreensão do conceito sobre a leitura e interpretação de gráficos. Pensando nessa hipótese, começou a procura de um material pedagógico adequado para estimular os alunos cegos nessa aprendizagem. Existem inúmeros materiais manipuláveis para o ensino da Matemática, deixando as aulas mais agradáveis e interessantes tanto para os alunos portadores de deficiência visual como para os demais, tais como Geoplano, Soroban, Tangran, Material Dourado e entre outros. São possibilidades a serem utilizadas de acordo com a realidade a turma.
Geoplano
O Geoplano é uma ferramenta importante para o ensino da Geometria plana. O objeto é formado por uma placa de madeira onde são cravados pregos, formando uma malha composta por linhas e colunas.
https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/geoplano.htm
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