PERSPECTIVAS PARA OS SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO DO FUTURO
Por: laurarsilveira • 23/11/2015 • Artigo • 2.743 Palavras (11 Páginas) • 272 Visualizações
PERSPECTIVAS PARA OS SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÃO DO FUTURO[1]
Francis Silva Couto[2]
Laura Silveira Rodrigues[3]
Patrícia Cleida de Castro Cunha[4]
RESUMO: Os Sistemas de Recuperação de Informação, assim como todos os mecanismos e insumos ligados à informação, tendem a passar por evoluções de acordo com as mudanças ocorridas no âmbito informacional como o crescimento exponencial e as variações dos meios de armazenagem. No presente artigo são feitas suposições sobre como serão os SRIs daqui a dez anos e as possíveis mutações que podem ocorrer, baseando-se nas opiniões pessoais dos autores, nos conceitos de SRIs e nas tendências atuais como os Wikis e folksonomias.
PALAVRAS-CHAVES: Sistemas de Recuperação da Informação, Folksonomia, Wikis.
ABSTRATC: Information Recovery Systems as well as all information input and mechanisms tend to develop due to changes in the informational scope such as exponencial growth and changes in retrieval means. In this article, suppositions about how SRIs will be like in ten years' time are made as well as possible mutations that may occur based on the authors' personal opinions, SRIs concepts and current trends suck as Wikis and Folsonomies.
KEYWORDS: Information Recovery Systems, Folsonomies, Wikis.
1 INTRODUÇÃO
O que será dos Sistemas de Recuperação do futuro? Estamos diante de uma questão que merece uma elaboração de hipóteses levando-se em consideração o crescimento exponencial da massa documental, as mudanças ocorridas nas necessidades e no uso da informação pelos usuários de Centros de Informação em geral e nos avanços tecnológicos que cada vez mais expande com maior velocidade, afetando diretamente a produção editorial de várias áreas do conhecimento.
Os SRIs objetivam organizar, registrar e fornecer acesso às informações contidas em documentos de determinado acervo. Exercem papel fundamental na organização e representação da informação para a recuperação.
Neste artigo serão feitas previsões acerca do futuro dos Sistemas de Recuperação da Informação tentando analisar a evolução dos recursos da Web, da explosão informacional, da tecnologia e taxonomias.
2 SISTEMAS DE RECUPERAÇÃO DA INFORMAÇÃO
A dificuldade de conceituação do que seja um sistema de recuperação de informações advêm, a princípio, da ambigüidade dos conceitos de sistema e de informação em si (ARAÚJO, 1995).
Para LANCASTER & WARNER (1993), os SRIs são a interface entre uma coleção de recursos de informação, em meio impresso ou não, e uma população de usuários; e desempenham as seguintes tarefas: aquisição e armazenamento de documentos; organização e controle desses; e distribuição e disseminação aos usuários.
Cesarino (1985) define os sistemas de recuperação de informação (SRI) como um conjunto de operações consecutivas executadas para localizar, dentro da totalidade das informações disponíveis, aquelas realmente relevantes.
SOUZA (2006) interpreta que os SRI´s organizam e viabilizam o acesso aos itens de informação desempenhando as atividades de representação; armazenamento e recuperação das informações e mostra as diferenças para um sistema de gerenciamento de banco de dados, uma vez que esses armazenam os símbolos em uma estrutura matricial, com metadados que lhe conferem certo sentido ontológico.
De um modo suscito podemos caracterizar os Sistemas de Recuperação de Informação como mecanismos que Representam; Armazenam e Recuperam informações. Os bibliotecários devem utilizar ao máximo os recursos oferecidos pelos sistemas, uma vez os que estes profissionais desempenham o papel de ligação entre a informação e o usuário. Os SRIs tornam-se cada vez mais fundamentais para o acesso e uso das informações por indivíduos, pois viabilizam que as query (consultas) sejam respondidas com mais rapidez e facilidade. Além disso, permitem montar estratégias de buscas através do uso de vocabulários controlados e de outros recursos para auxiliar os Serviços de Referência que exercem papel primordial para atender demandas informacionais.
Tradicionalmente um profissional da informação torna-se responsável pela inserção de dados nos sistemas. Esses profissionais indexam e catalogam documentos de acordo com normas específicas. É necessário estabelecer critérios e seguir regras para desenvolvimento dessas atividades, evitando utilização de diferentes taxonomias, uma vez que os sistemas devem atender aos usuários sem que haja falhas na recuperação, como por exemplo, resultados falsos negativos por conter erros na representação de informação.
Na maioria das vezes, os sistemas apenas informam aos usuários a existência de alguma fonte que atenda a necessidade do usuário e onde é possível encontrá-la. Em alguns casos os SRIs já disponibilizam acessos aos documentos em textos completos, principalmente se produzidos em meio eletrônicos como periódicos que circulam pela Internet e alguns materiais inseridos em bases de dados de bibliotecas, até mesmo o sistema Pergamum (utilizados em grandes bibliotecas brasileiras) já indexam trabalhos em formato de texto completo. Além disso, temos o exemplo do Portal Capes que permite acesso a dados e bibliografias atualizadas em diversas áreas do conhecimento.
SOUZA (2006) aponta para a existência de três modelos clássicos de recuperação: o modelo booleano; o modelo vetorial e; o modelo probabilístico. Para cada um deles, há extensões de funcionalidade e desempenho.
A relevância, a revocação e a precisão são critérios para avaliação dos sistemas através dos resultados das buscas. Atualmente há um esgotamento das estratégias tradicionais, necessitando de uma melhora da eficácia do serviço aos usuários dos sistemas. As pesquisam tendem a buscar mais a satisfação dos usuários juntamente com as ferramentas da tecnologia.
3 WIKIS E FOLKSONOMIAS
Segundo Primo e Recuero (2006), o hipertexto se fez ao longo de três fases para que se pudesse chegar ao potencial social que detém nos dias de hoje. A primeira fase veio por meio dos textos impressos, ou seja, através da evolução da escrita; em seguida ocorre a segunda fase de evolução com o surgimento da web, entretanto não havia a possibilidade do usuário interagir por meio de links devido à falta de instrumentos necessários para que isto a ocorresse naquela época. Depois surge no começo dos anos de 1990 a web 2.0. Esta que se tornou o principal suporte atual para o meio eletrônico, e conseqüentemente favorável a uma maior contribuição da participação do usuário.
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