Resenha O Ponto De Vista Semiótico Irene Machado
Trabalho Escolar: Resenha O Ponto De Vista Semiótico Irene Machado. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: larymw • 25/10/2014 • 2.048 Palavras (9 Páginas) • 1.519 Visualizações
O Ponto de Vista Semiótico
A produção de linguagem
Existe varias possibilidade de estuda da comunicação, e seus processos e objetos. As várias teorias, desenvolvidas em capôs precisos do conhecimento – antropologia, biologia, filosofia, linguística, sociologia, cibernética, se voltam para o fenômeno da troca. Em Ciências humanas o interesse basicamente é a troca de mensagens em processos de interação social, em ciências biológicas, as neurociências e ciências da mente tomam para si a tarefa de examinar as trocas de mensagens que se processam no interior de cada organismo e sistemas vivos; em ciências duras, por tanto se voltam para as trocas de mensagens em circuitos e dispositivos tecnológicos. Entretanto todos esses campos que estuda as mensagens como fenômeno de troca, tem a visão maior e o modo de como acontecem as interações por meio da linguagem. Entretanto há uma outra forma de se entender a comunicação valorizada, não em si a troca como transporte, mas a dinâmica dialógica transformadora da informação em linguagem. Os aspectos importantes que se destacam nessa abordagem é a valorização do ambiente interativo produtor de discursos bivocais e a transmutação da informação em códigos de emissão e de recepção. A transmutação da informação em código na constituição da mensagem ocupa o centro dessa abordagem que define a vertente do estudo semiótico da comunicação. Essa dinâmica dialógica que se pretende compreender nesse artigo cujo o objetivo é situar o ponto de vista semiótico nos estudos da comunicação na cultura.
Dai a importância do “estar no lugar de para alguém”. Tudo depende da informação que o signo dirige para alguém, por vez, resultando a relação que se estabelece entre significante e significado. Esta é uma diferença fundamental para se entender a variedade de processos que cabe a ciências dos signos explicarem. Sua base fundadora não é a palavra, mas a lógica que comanda as diferentes operações entre signo, objeto e interpretante, permitindo distinguir variedades de signos sempre a partir de tricotomias. Dentre as operações fundantes de sua teoria, merece destaque a operação de semelhança – que define a classe de signos denominada ícone; a operação de contiguidade – que define a classe de signos denominada índice; e a operação de contiguidade instituída – que define a classe de signos denominada símbolo. A abordagem semiótica assim concebida propõe um outro funcionamento ao clássico circuito formulado pela teoria de comunicação. Em vez de emissão/ mensagem/ recepção – pressupondo na mensagem uma codificação comum entre o polo da emissão e o da recepção – a abordagem semiótica da comunicação opera basicamente com a noção de mensagem como sistema suscetível a codificações,, ou seja, um sistema organizado de signos que uma vez posto em circulação provoca resposta que não é uma mera descodificação.
Aqui esta uma diferença fundamenta: a resposta a um texto é sempre outro texto, um outro sistema de signos, uma vez que é significação. Não estamos operando no circuito da codificação/ descodificação; mas sim da codificação – descodificação – recodificação como atividade processual dialógica sem a qual não se pode falar em mensagem. Seria ingênuo acreditar que tal formulação engloba tudo o que se pode chamar de abordagem semiótica da comunicação. Chegamos, assim, ao caráter inequívoco da abordagem semiótica da comunicação: a produção de mensagem como produção de linguagem em ação da cultura. Trata –se de uma abordagem que privilegia a focalização da linguagem considerando não apenas a expansão em largueza – isto é, a constituição de vários sistemas de signos – como também a penetração em profundidade – isto é, a construção de sentido. Onde houver sistema organizado de signos haverá linguagem produzindo mensagem.
Os objetos de instigação são os signos verbais e não – verbais, naturais e tecnológicos em contextos enunciativos. Com isso, não é exatamente a teoria dos signos o assunto desse artigo. A proposta aqui é explicar o que existe de semiótico na comunicação – ou, em que sentindo comunicação é semiose. O signo seria aquilo que se faz com a linguagem, ou seja, aquilo que se produz em contexto comunicativo. O que mais surpreende é o fato de tal formulação ter surgido numa época em que linguagem era tão – somente palavra em contexto do ato de fala.
Produção e da transmissão de Sentido
O estudo dos signos e das significações ocupa o centro da investigação não apenas da semiótica mas das ciências humanas em geral. O denominador comum desse entendimento e a noção de que os seres humanos são animais produtores de sentido por excelência. Não é de se estranhar, portanto, a existência de disciplinas como proposito diferenciados no estudo do sentido. Também não causa espanto o surgimento de abordagens sempre renovadas sobre aspectos não explicitados anteriormente. Assim, se num primeiro momento a semiótica se apresentava como disciplina para estudo dos signos e das significações no contexto da linguagem verbal humana e de sistemas culturais consolidados, como as artes visuais (pintura), a descoberta de que sistemas semióticos organizados por códigos sonoros, cinéticos, visuais produzem sentido nos contexto específicos de suas transmissões, a pesquisa semiótica se encaminhou para outros domínios.
Os meios de comunicação redimensionaram a produção de sentido e a própria semiose, colocando no centro da investigação a ação produtiva. Embora esse campo conceitual envolva uma complexidade de formulações é preciso não perde-lo de vista, ainda que esboçando muito brevemente, sobretudo que graças a ele podemos alcançar uma outra compreensão da comunicação mediada. Logo, a mensagem só tem sentido se for sentida. Uma das características fundamentais dos estudos semióticos é a indagação sobre domínios de conhecimentos já consolidados. Assim se descobriu a semiose do próprio sentido. O que esta em jogo aqui é a recodificação, ou seja, os diferentes processos de codificação e da significação que as diferentes mídias realizam e atualizam. Estamos longe de uma formulação que toma o sentido como metabolismo do conteúdo; para ser manifestação da semiose, o sentido metaboliza linguagens e sistemas de codificações. Contudo não pode se avançar rumo a essa analise sem antes reposicionar a tradição de pensamento que explicitou os algoritmos fundamentais da semiose.
Repensando os Algoritmos fundamentais da Semiose
O pressuposto que situa a comunicação no centro da abordagem semiótica não
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