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Resumo Do Canto IV Dos Lusíadas

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Por:   •  30/9/2014  •  233 Palavras (1 Páginas)  •  1.093 Visualizações

Canto IV

DESPOIS de procelosa tempestade,

Nocturna sombra e sibilante vento,

Traz a manhã serena claridade,

Esperança de porto e salvamento;

Aparta o Sol a negra escuridade,

Removendo o temor ao pensamento:

Assi no Reino forte aconteceu

Despois que o Rei Fernando faleceu.

«Porque, se muito os nossos desejaram

Quem os danos e ofensas vá vingando

Naqueles que tão bem se aproveitaram

Do descuido remisso de Fernando,

Despois de pouco tempo o alcançaram,

Joane, sempre ilustre, alevantando

Por Rei, como de Pedro único herdeiro

(Ainda que bastardo) verdadeiro.

«Ser isto ordenação dos Céus divina

Por sinais muito claros se mostrou~

Quando em Évora a voz de üa minina,

Ante tempo falando, o nomeou.

E, como causa, enfim, que o Céu destina,

No berço o corpo e a voz alevantou:

- «Portugal, Portugal (alçando a mão,

Disse) polo Rei novo, Dom João!»

«Alteradas então do Reino as gentes

Co ódio que ocupado os peitos tinha,

Absolutas cruezas e evidentes

Faz do povo o furor, por onde vinha;

Matando vão amigos e parentes

Do adúltero Conde e da Rainha,

Com quem sua incontinência desonesta

Mais (despois de viúva) manifesta.

«Mas ele, enfim, com causa desonrado,

Diante dela a ferro frio morre,

De outros muitos na morte acompanhado,

Que tudo o fogo erguido queima e corre:

Quem, como Astianás, precipitado,

Sem lhe valerem ordens, de alta torre;

A quem ordens, nem aras, nem respeito;

Quem nu por ruas, e em pedaços feito.

«Podem-se pôr em longo esquecimento

As cruezas mortais que Roma viu,

Feitas do feroz Mário e do cruento

Cila, quando o contrário lhe fugiu.

Por isso Lianor, que o sentimento

Do morto Conde ao mundo descobriu,

Faz contra Lusitânia vir Castela,

Dizendo

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