Saúde e Alcoolismo
Por: DIAEK • 7/6/2015 • Monografia • 907 Palavras (4 Páginas) • 308 Visualizações
O que é alcoolismo?
O hábito de beber existe desde a pré-história, porém, somente no século XX começaram-se os estudos mais sistematizados para entender o fenômeno.
Nem todo consumo de álcool configura o alcoolismo, mas sim o consumo excessivo, duradouro e compulsivo. Atrapalhando na vida cotidiana do individuo.
A abstinência ao álcool causa sintomas desagradáveis o que causa o retorno ao consumo.
Consumir doses elevadas de álcool não faz do individuo um alcoólatra, se o consumo for esporádico, ou seja, não frequente. Essa pratica caracteriza abuso.
Quais as consequências do alcoolismo?
O alcoolismo continuado leva a alterações dos padrões funcionais do fígado, do aparelho digestivo, docoração, do sangue, dos músculos e das glândulas endócrinas. Podendo levar a doenças físicas e/ou psicológicas. Algumas delas podendo levar a óbito.
As doenças mais comuns são a cirrose hepática, crises amnésicas, demencial, alucinatória, e delirante, além de ansiedade, distúrbios sexuais, alterações do sono, etc. Também aumenta a predisposição a outras doenças, como as infecciosas. O delirium tremens, crise de abstinência grave, pode causar a morte.
- Lista de doenças:
- acidentes (no lar, no serviço e nas estradas);
- alterações no sangue (hemorragias, hepatite e outras);
- ossos e articulações (ácido úrico elevado, degeneração dos ossos e outros);
- lesão cerebral (síndrome de Wernicke-Korsakoff, degeneração cerebelar, ambliopia);
- câncer (na boca, esôfago, estômago, fígado e outros);
- pulmão (pneumonia, tuberculose e outros problemas);
- epilepsia;
- síndrome fetal (vide parágrafo anterior);
- coração (arritmias, cardiopatia, hipertensão e doença coronariana);
- lipemia;
- hipoglicemia;
- fígado (cirrose hepática e outras doenças);
- miopatia;
- pancreatite;
- neuropatia (ou neurite) periférica);
- sexo (disfunção testicular e impotência); e
- esôfago e estômago (efeitos corrosivos diretos do álcool sobre estes órgãos como: gastrite, úlcera péptica, esofagite e síndrome de Mallory-Weiss).
FONTE: Revista Plantão Médico - Drogas, Alcoolismo e Tabagismo, Editora Biologia e Saúde, Rio de Janeiro, 1998, pág.67.
Como é o tratamento do alcoolismo?
O tratamento só funciona se o alcoólatra estiver engajado totalmente, o que na maioria das vezes não acontece.
As psicoterapias individuais tem mostrado um resultado não muito efetivo. As terapias em grupos têm mostrado melhores resultados.
Até pouco tempo não existia remédios que visavam diminuir o desejo do consumo de álcool. A naltrexona, a ondansetrona e o acamprosato vêm sendo testados para essa finalidade, porém, o uso dessas substancias são muito recentes e ainda não contam com uma experiência inquestionável.
A naltrexona é uma substancia conhecida há muito tempo, é usada no tratamento de dependentes de heroína, morfina e similares. Seu uso restringe-se ao bloqueio dos opióides. Recentemente verificou-se que a naltrexona possui efeito bloqueador do prazer que o consumo de álcool proporciona, diminuindo o reforço positivo, principal causa do alcoolismo. Até hoje a naltrexona foi a primeira substancia a atingir a essência do alcoolismo: o desejo do consumo de álcool. Como já era um remédio conhecido, bastou acrescentar a bula uma indicação, o tratamento do alcoolismo.
O acamprosato foi criado mais recentemente com a finalidade específica para o tratamento do alcoolismo. Sua ação é semelhante a da naltrexona, porém ela age sobre o reforço negativo da abstinência alcoólica.
A odansetrona é usada como inibidor de vomito, em casos de bulimia ou pacientes em tratamentos que causam vômitos como a quimioterapia. Seu uso em pacientes alcoólatras esta em fase preliminar, tendo se mostrado efetivo somente em pacientes em fase inicial de alcoolismo. Se aprovada hoje seria somente recomendada para pacientes em fase inicial. Sua ação é semelhante a da naltrexona, inibindo o reforço positivo do álcool, diminuindo a vontade de beber.
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