Sistema Unico De Saude
Trabalho Escolar: Sistema Unico De Saude. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alinearqeurb • 13/3/2015 • 6.086 Palavras (25 Páginas) • 208 Visualizações
INTRODUÇÃO
No seguinte trabalho temos como objetivo mostrar como os profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) veem o sistema que utilizam e trabalham. Nossa intenção por meio deste foi constatar se há ou não desvalorização com o sistema.
Quando pensamos em Saúde Pública, é quase automático imaginarmos, filas, caos nos hospitais e postos de saúde, desvio de verbas, ambientes de atendimento em mau estado para uso, aparelhagem inadequada e velha, e muito estressetanto dos usuários quanto dos profissionais. Foi pensando nessa situação e nos deparando com as nossas próprias curiosidades a respeito do assunto que decidimos focar especificamente nos conceitos do Sistema Único de Saúde (SUS), e saber a opinião das pessoas que fazem uso deste e profissionais que trabalham para o mesmo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é feito para todos desde o nascimento. Por isso existem três princípios: Universalização, Equidade e a Integralidade.
Para melhor entendimento deste dividimos o trabalho em dois capítulos.No primeiro capítulo destacaremos a história da pesquisa, o retrato do ambiente, o que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), princípios do SUS, suas responsabilidades e o retrato do público.
No segundo capítulo ressaltamos os principais cruzamentos de dados com base nos resultados da pesquisa, analisando a percepção dos entrevistados. E tentando de alguma forma entender o motivo das respostas dos usuários e profissionais da Saúde Pública.
No decorrer do trabalho pretendemos alcançar o nosso propósito de mostrar se existe ou não desvalorização da sociedade em relação à Saúde Pública.
1HISTÓRIA DA PESQUISA
Nosso trabalho tem como tema de pesquisa a Saúde Pública, com o objetivo de analisar como os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), veem o Sistema e a Saúde Pública desta cidade, averiguar se as qualidades e os problemas da Saúde Pública devem-se aos usuários ou aos profissionais, e verificar se o serviço de Saúde Pública do nosso município está agradando a todos os usuários e cidadãos desta cidade.
Para escolhermos nosso tema, não tivemos grandes dificuldades, pois nosso grupo de apenas três integrantes já estava formado desde as férias escolares. Porém estávamos com uma dúvida em relação ao tema, não sabíamos se escolheríamos Educação ou Saúde Pública. Acabamos optando por Saúde Pública, pois é um tema muito amplo.
Como já havíamos mencionado, nosso grupo é de apenas três integrantes, por opção, pois achamos que se ele fosse muito grande como os outros grupos poderíamos não chegar a um consenso e com isso surgiriam brigas e discussões.
Queríamos um tema atual, que necessitasse ser abordado e que todos tivessem algum conhecimento, por menor que fosse. Este tema abrange muitos assuntos e polêmicas. Também optamos por mostrar o lado da desvalorização, tanto dos usuários quanto dos profissionais; e acabar com essa ideia de que o Sistema Único de Saúde (SUS) é para quem não tem condições de pagar pela Saúde Privada.
Em busca da nossa pesquisa de campo no dia cinco de maio de dois mil e onze, nos deparamos com o seguinte descaso: Estávamos em frente ao Hospital da Liga, onde abordamos uma Enfermeira. Na tentativa de aplicar os questionários, perguntamos se ela aceitaria responder. Ela, respondeu que sim, mas que estava com um pouco de pressa. Então começamos a ler, pois nem sequer pegou o papel para responder o questionário. Na maioria das vezes não nos olhava, cansados de ser ignorados perguntamos se ela realmente gostaria de prosseguir com o questionamento, não respondeu, mais uma vez nos ignorando, porém prosseguimos mesmo assim.
Já surpresos com a reação da Enfermeira, nos surpreendemos mais ainda com três médicos que saíam da Central de Oftalmologia. Chegando mais perto, um deles perguntou à enfermeira o que ela estava fazendo, ela então, com aspecto de estar sendo incomodada, afirmou que estava respondendo um questionário.
O médico então perguntou-nos se não tínhamos mais o que fazer em plena quinta-feira às onze horas da manhã. Indignados respondemos que estávamos fazendo um trabalho escolar, ele então ironicamente riu e saiu.
Ainda sem sucesso para a conclusão do questionário com a enfermeira, um carro parano meio fio da calçada onde ela se dirige até o mesmo e o entrega um pacote que estava segurando em suas mãos, indo embora logo após sem sequer terminar o questionamento.
A pesquisa do trabalho foi feita através de uma coleta quantitativa e qualitativa, onde foram entrevistados profissionais como Médicos, Enfermeiros, Técnicos em Enfermagem, Auxiliares Administrativos e Agentes de Saúde.
Dentre os entrevistados também se escolheu usuários que utilizam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). As coletas de dados foram realizadas nos postos do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), antigos Postos de Saúde Familiar (PSFs) e em duas Unidades de Saúde (US).
Foram aplicados entre profissionais quarenta e sete questionários e cinquenta e três entre usuários, totalizando o número de cem questionários. Contendo em cada posto do programa Estratégia de Saúde da Família (ESF), cinco Agentes de Saúde, um Enfermeiro Técnico, um Médico e um Auxiliar Administrativo. Na Unidade de Saúde (US), dois Enfermeiros, três Técnicos em Enfermagem, dois Médicos e cinco Auxiliares Administrativos, não contendo Agentes de Saúde.
Nessas entrevistas procuramos verificar a relação dos profissionais e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com a desvalorização da Saúde Pública, a partir da idade, sexo, área de atuação, escolaridade e localização.
1.1 Retrato do ambiente
Entre as diversas dificuldades que encontramos alguns casos nos chamaram bastante atenção. Falta de tempo (tanto dos profissionais quanto dos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS), decorrente da superlotação nas Unidades de Saúde (US) e nos postos de Estratégia da Saúde da Família (ESF’s).
Os ambientes onde os pacientes são atendidos são, na maioria das vezes, precários, mal higienizados, com portas demolidas, cadeiras quebradas,
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