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PROBLEMAS RELACIONADOS A CIBERCULTUA

Por:   •  4/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  6.205 Palavras (25 Páginas)  •  247 Visualizações

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LIVRO: CIBERCULTURA

2. PROBLEMAS RELACIONADOS A CIBERCULTUA

2.1 Conflitos de interesse

Lévy apresenta diante da cibercultura diferentes pontos de vista a partir do dever tecnológico que de tão forte e generalizado, é constantemente modificado, apresentando uma repercussão indeterminada na vida econômica, política e social, levando em conta a diversidade de opiniões.

 O aprimoramento das redes projetou novas experiências a sociedade, no qual dentro da cibercultura, Lévy relata como principal característica a instabilidade. Inicia dizendo que para os comerciantes, a propagação do ciberespaço gravita em torno do mercado que apresenta uma disputa de projetos e interesses. Já no ponto de vista midiático, onde tudo gira em torno da internet, é indispensável considerá-la como a nova mídia.

Perante a esse quadro de avanço tecnológico e científico, é criada uma obsessão sem volta, consequente do surgimento da realidade virtual. O autor ainda cita um ponto de vista chamado de cibersexo, que considera uma relação sexual a distância combinada com a realidade virtual.

Como consequência política, Lévy descreve como inevitáveis mudanças, a libertação da humanidade de suas forças controladoras estatais. Por fim, explicita o bem público, que prevalece a inteligência coletiva cujo é desfrutada por toda parte, e todo conhecimento gerado pela humanidade. 

2.2 Crítica da substituição

Críticas mal elaboradas e equivocadas a respeito da tecnologia intimidam o envolvimento das pessoas em ferramentas que beneficiam o progresso humano, facilitando o caminho para projetos que visão unicamente o lucro e poder. É essencial realçar os benefícios que o movimento da cibercultura traz consigo, para que então possamos fazer escolhas conscientes. No entanto, pessoas evidenciam aspectos minoritários, por exemplo: a cibercriminalidade. É um equivoco pensar que o virtual substituirá o real, quando o mesmo vem carregado de desenvolvimento, a fim de facilitar as nossas vidas.

2.2.1 Substituição ou complexificação?

Um dos conceitos mais incoerentes, e talvez o que mais perdure, representa a substituição do mundo real pelo virtual, o antigo pelo novo e o do natural pelo técnico, ou seja, o crescimento da comunicação substituirá o contato humano direto.

No entanto, sabemos que o surgimento de novas tecnologias não substituem as anteriores. Pessoas não deixaram de falar com o surgimento da escrita, nem deixaram de apreciar a pintura e teatro com o desenvolvimento da fotografia e teatro respectivamente.

2.2.2 Crescimentos paralelos das telecomunicações e do transporte

O desenvolvimento da telefonia levou a uma diminuição dos contatos face a face e a uma recessão dos transportes? Não, muito pelo contrário.” Devido ao desenvolvimento, quanto mais telefones eram instalados, mais altos eram os índices de tráfego urbano. Isso se da a partir da explicação de que, as pessoas que mais recebem e fazem ligações também são as que mais se deslocam e mantêm numerosos contatos diretos.

O telefone de uma pessoa idosa que vive dentro de casa, sem muita mobilidade, não toca tanto quanto o de um homem de negócios, por exemplo, que vive sempre em deslocamento.  Isso nos mostra que a telecomunicação e o deslocamento físico estão interligados.

2.2.3 Aumento dos universos de escolha: A ascensão do virtual provoca a do atual

Examinemos o caso onde se temia a criação de museus virtuais por acharem que assim o número de visitantes de museus reais diminuiria. Entretanto, pesquisando fatos, chegou-se a conclusão de que quanto mais havia a multiplicação de revistas, livros de arte, etc. maior se tornava o interesse das pessoas em conhecer de perto essas obras e locais. Ou seja, quanto mais as informações se acumulam, circulam e proliferam, melhor são exploradas.

2.2.4 Novos planos de existência

As aparições de novas invenções nos levam  não somente a fazer as coisas com mais rapidez, em escalas maiores ou com comodidade, mas também a sentir e organizá-las de outra forma. Levam-nos a desenvolver novas funções e ao mesmo tempo nos obrigam a reorganizar o sistema global das funções anteriores.

Usemos o exemplo da fotografia: quando criada, ela trouxe junto a si inúmeros benefícios e funções diferentes da pintura. Ela permitiu o surgimento de novas funções da imagem e a partir da invenção da fotografia, as artes visuais conheceram uma vertente que anunciaria outras ramificações (cinema, desenhos animados,  etc.). Ou seja, novas funções e reorganizações foram atribuídas à evolução da pintura.

        2.2.5 Da perda

                Dizer que a inovação não gera perda é um erro. Nesse processo de evolução é normal que algumas coisas deixem de existir. Não se vê mais cavalos com tanta frequência nas ruas, pois esses foram substituídos pelos carros por exemplo. A mudança técnica gera, portanto, quase que um sofrimento. Dito isto, é essencial acompanharmos as transformações, participando e se evolvendo para que a evolução das coisas e do indivíduo caminhe lado a lado. Desse modo, evitaríamos o “sofrimento”.  

2.3 Crítica da dominação

O ator coloca o ciberespaço como um fator que pode ter grande significância no desenvolvimento humano, contradizendo as críticas onde o ciberespaço apenas exerce um poder de dominação. Neste contexto o autor coloca os críticos como progressistas , que deixam grandes movimentos sociais em silêncio enaltecendo apenas os “midiáticos” , que não conseguiram alterar de forma significativa a construção do ciberespaço.

2.3.1 Impotência dos atores “midiáticos”

Um exemplo é o sucesso da World Wide Web, que foi desenvolvida por uma pequena equipe de pesquisadores do CERN, em Genebra, que revolucionou a comunicação digital planetária, tendo isso devido aos próprios cibernautas  e não as grandes potências mundiais.

A crítica coloca o desenvolvimento do ciberespaço como um interesse do capitalismo virtual, excluindo assim todos os aspectos positivos da cibercultura. Em parte pode até esta correto essa hipótese, em questão do capitalismo se usufruir do ciberespaço para fins lucrativos. Mas além dos lucros gerados ao capitalismo, o ciberespaço também pode trazer desenvolvimento e novas oportunidades.

Apesar de tudo, pessoa ou sociedades quaisquer, mesmo sem poder econômico, conseguiu investir no ciberespaço por conta própria trazendo para si novos dados e interações entre grupos distintos.

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