Afetos Jeanne Favret Saada
Por: Lucas Fraga • 28/10/2024 • Artigo • 985 Palavras (4 Páginas) • 14 Visualizações
RESUMO
"A Etnografia do Esporte é uma introdução completa e um recurso na disciplina emergente da etnografia do esporte. Escrito por Robert R. Sands, PhD, um antropólogo bem versado no uso do método etnográfico no esporte, a Etnografia do Esporte é um guia completo para qualquer pessoa interessada na área." "Etnografia Esportiva inclui estudos de caso metodológicos para ilustrar técnicas de campo em situações esportivas específicas. Sands relata suas experiências da vida real em etnografia esportiva, que incluem confrontos com "nazistas do surf" e se tornar um boneco de combate para jogadores de futebol. Além disso, o livro fornece você com vários pontos de referência que incluem experiências de outras pessoas treinadas em trabalho de campo que exploram triatlos e luta livre profissional, vão atrás das câmeras de TV e dentro do banco de reservas e envolvem tornozelos e praticam windsurf. Esses insights permitirão que você realize etnografia esportiva com maior precisão cultural. "--BOOK JACKET
Este trabalho incorpora estudos de caso metodológicos para ilustrar técnicas de campo em situações esportivas específicas. Os métodos etnográficos e os fundamentos do trabalho de campo transmitidos através de exemplos de etnografia desportiva proporcionam ao leitor uma familiaridade não encontrada em nenhum outro texto de etnografia. Também aborda a recente controvérsia, tanto na antropologia como em outros campos das ciências sociais, em torno do que os dados realmente significam e como o leitor pode utilizar os dados que são finalmente recolhidos. A etnografia profissional é muito mais do que registar o comportamento através de uma lente de vídeo ou de um microfone, capturar o comportamento num instantâneo ou descrevê-lo num caderno; requer um conhecimento profundo do trabalho de campo. O livro proporciona ao leitor esta compreensão abrangente, apresentando informações detalhadas sobre: observação participante; entrevistar e estabelecer relacionamento; interpretação da experiência; analisar e escrever sobre cultura; e uma compreensão da ética.
CITAÇÕES
Para auxiliar no empreendimento da etnografia e da imersão na população do estudo em atividades recreativas e desportivas locais oferece um método informal de cruzar os limites muitas vezes rigidamente aderidos pelo etnógrafo e pelos que está sendo estudando e trazer para a mesa um ambiente mais descontraído e relacionamento de confiança (SANDS, 1999, p.9)
Segundo Sands o etnógrafo torna-se mais uma voz e sujeito a soma ao coro de vozes da população mas, além disso, torna-se um instrumento valioso na determinação da validade da informação acedida através da participação e da observação.
O método segundo Sands, p.17 apresenta o processo de transformação da posição do etnógrafo de estranho em alguém envolvido.
Este processo não é apenas orientado pelo população, mas adquirido num processo de aprendizagem do etnógrafo, ao qual qualquer outro membro dessa população passaria ao ingressar naquela “cultura”.
Os etnógrafos devem naturalmente situar-se no processo etnográfico, mas a novidade, a singularidade e a contaminação do papel do etnógrafo na dinâmica social da população são significativamente reduzidas, para a ponto de ser insignificante no contexto da experiência vivida. Além de ser uma narrativa compartilhada e negociada entre o antropólogo e os estudados, conforme proposto pela etnografia pós- moderna ou pela voz seca, ética e objetiva da etnografia clássica a extensão do trabalho de campo e a intensidade da experiência operam para situar o etnógrafo numa posição de compreensão cultural vivenciando as experiência circundante, como sugeriu Malinowski “ através dos olhos do nativo” (SaNDS,p17)
pequenos, pretendi neste estudo, não só compreender o surfe praticado pelos jovens particulares, mas através da análise particular, oferecer subsídios para uma melhor compreensão das experiências urbanas juvenis e os processos de usos e de apropriação que os surfistas fazem do espaço urbano.
. Assim, transformei, como também fez Gilberto Velho parte significativa de minha rede de relações sociais em objeto de pesquisa, um movimento um tanto heterodoxo para os padrões tradicionais de pesquisa. Então o desafio colocado foi outro, o importante e crucial para minha pesquisa consistiu no movimento de estranhar o familiar (1999, p.15)
...