Ficha de leitura
Por: dahracy • 11/4/2016 • Trabalho acadêmico • 1.001 Palavras (5 Páginas) • 225 Visualizações
Unidade Orgânica: Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Curso: Ciências Sociais
Disciplina: Teoria sociologicas Contemporânea
2º Ano II Semestre 2014/15
Descente: Iracy Varela
Ficha de leitura
Referência Bibliográfica: HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo:Editora 34, 2003
A partir da análise feita do capítulo 5 do livro Luta por reconhecimento a gramática moral dos conflitos sociais de Axel Honneth, onde ele destaca três esferas do reconhecimento que são apresentadas de maneira distinta, que são; o das leis e direitos, auto-respeito; dos afetos e da autoconfiança; o da solidariedade social e da autoestima, ou seja, Honneth faz-nos recordar a teoria do reconhecimento de Hegel. Em relação ao plano dos afetos ele é destacado como sendo a primeira esfera, uma vez que acontece nas relações primárias, o amor entre mãe e filho, nesta fase a criança desenvolve-se e ao longo da sua jornada infantil é concebido com o pré-reconhecimento daquilo que será construído ao longo do movimento intersubjetivo ao qual passará no decorrer da vida. Assim, construirá paralelamente o amor de si próprio e a autoconfiança, portanto a base concreta emotiva que necessitará no futuro. Nesse contexto, entendi que a formação emotiva bem sucedida refletirá na defesa e nas reivindicações de direitos que serão usadas por aquele indivíduo futuramente no âmbito do reconhecimento jurídico, ele também será capaz de conduzir melhor a sua participação no plano da rede de solidariedade e da estima social, podemos entender isso quando Honneth concorda com Hegel ao considerar o amor como sendo o cerne estrutural de toda eticidade: só aquela ligação simbioticamente alimentada, que surge da delimitação desejada reciprocamente, cria a medida da autoconfiança individual, que pode tornar-se base indispensável para a participação autônoma na vida pública. Já no que diz respeito a esfera dos direitos, Honneth toma como suas principais referências o Hegel e o Mead. Quando ele fala do ato de criar leis, ele apresenta-nos também uma disposição moral que sustentam tais leis e dos sentimentos que surgem por causa das leis que consequentemente nascem à partir da modernidade. Assim, remete-nos que; “No que concerne ao direito, ambos percebera, que só podemos chegar a uma compreensão de nós mesmos como portadores de direitos quando sabemos quais obrigações temos de observar em face do outro. Da perspectiva normativa de um “outro generalizado”, que nos ensina a reconhecer os outros membros da coletividade como portadores de direitos, passamos a nos entender também como pessoas de direito, e é assim que nos tornamos seguros do cumprimento social de algumas de nossas pretensões.”Além da esfera do amor e do direito, tem-se a da estima social, a partir disso Honneth evidencia-nos que para uma compreensão do reconhecimento do indivíduo é necessário que haja uma estima mútua, que seja capaz de ir além dos afetos e da situação jurídica. A estima social é algo construído num processo histórico, onde conceitos como “honra” e “reputação”, por exemplo, transformam-se dentro da dinâmica da particularidade dos grupos sociais.
Assim, entende-se que a identidade é algo construído a partir das estimas sociais, ou seja, através da minha identidade, daquilo que eu julgo ser ou não dentro dos padrões corretos para uma boa sociedade, que eu analisarei o outro, e como consequência desse julgamento eu posso ter uma “simpatia” ou “antipatia” desse (a), daquele (a) pessoa, ou grupo.
Por tudo isso, pode ser compreendido por nós que o amor, o direito, e a solidariedade são artifícios de reconhecimento recíproco, que em todas as esferas é possível perceber que o “eu” deve olhar além do seu umbigo para um maior reconhecimento tanto de si, como o do “outro”. Através da análise feita desse capítulo, vemos
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