O Marco Conceitual
Por: Marcio Ceres • 25/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.852 Palavras (8 Páginas) • 239 Visualizações
Para muitos docentes, a aprendizagem é confundida com suas manifestações exteriores e os resultados que em si estas geram. Para alguns autores, a aprendizagem ocorre por meio da repetição e pela imitação, referindo-se apenas a comportamentos observáveis e mensuráveis, nada fala, portanto, sobre as operações mentais próprias do processo de construção do conhecimento que leva à aprendizagem.
Segundo Fontana
O aprendizado consiste em uma mudança relativamente persistente no comportamento do indivíduo devido à experiência. Esta abordagem, portanto, enfatiza de modo particular a maneira como cada indivíduo interpreta e tenta entender o que acontece. O indivíduo não é um produto relativamente mecânico do ambiente, mas um agente ativo no processo de aprendizagem, que procura de forma deliberada processar e categorizar o fluxo de informações recebido do mundo exterior (FONTANA, 1998, p. 157).
A aprendizagem não é a simples passagem da ignorância ao saber, sem resistências e sem conflitos. Nesse processo, acontece algo novo que não envolve uma simples reestruturação. Trata-se, pois, de um fenômeno a partir do qual um sujeito toma para si uma nova forma de conduta, transforma a informação em conhecimento, hábitos e atitudes novas.
Melhorar a educação se tornou, nos dias atuais, o maior e mais importante desafio do País no campo das políticas sociais. Por essa razão se faz necessário ter um diagnóstico claro dos problemas a fim de traçar estratégias e políticas que possam melhorar o quadro atual da educação. Somos sabedores que qualquer solução passa por estratégia em longo prazo e ocorre também por meio da mediação pedagógica e da relação do educando com o saber.
De acordo com Charlot (2000, p.80), “a relação com o saber é a relação com o mundo, com os outros e com ele mesmo, de um sujeito confrontado com a necessidade de aprender”. E é exatamente, essa relação com o saber que deve ser empreendida pela escola.
Na unidade escolar que atuo como professora a mais de dez anos, percebe-se a atuação do coordenador pedagógico nas mais diversas modalidades de ensino envolvidas. Dessa forma, compreendemos que o coordenador pedagógico é parte intrínseca do processo de ensino-aprendizagem dos alunos, uma vez que é ele que acompanha periodicamente o desenvolvimento dos educandos, as atualizações dos planos de ensino, as atividades e projetos desenvolvidos com os discentes e docentes.
Além do mais, conforme exposto por Libâneo (2004, p. 31, 230),
O coordenador pedagógico, como gestor pedagógico da escola, também deve estimular a participação dos professores não só a frequentarem as reuniões, mas também a participarem ativamente das atividades de formação continuada. Ou seja, é esse profissional que tem por função organizar, estimular e apoiar o coletivo de profissionais da Educação na busca permanente de atualização e ampliação de seus conhecimentos de forma a contribuir na sua prática pedagógica.
Sabemos que, nos últimos anos, em função da publicização dos indicadores de desempenho escolar, a coordenação pedagógica passou a conviver com muitos desafios, dentre eles o de melhorar, significativamente, o processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
No caso do Brasil, o principal indicador é o IDEB- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica-composto por critérios de fluxo e desempenho dos alunos. Por esta razão, é fundamental que estejamos a par desses indicadores, uma vez que serão eles os norteadores do planejamento das ações tanto dos coordenadores pedagógicos como do corpo docente.
Com relação a esses indicadores, é interessante ressaltar que, nos últimos anos, a Escola Estadual Amélia de Oliveira Silva, vem enfrentando alguns desafios, dentre eles cabe citar: melhorar o resultado desses índices, diminuir a evasão escolar e diminuir os índices de repetência.
Dentre os desafios supracitados, um deles é o de melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), uma vez que, durante as últimas edições desse exame, os alunos não têm apresentado um bom desempenho tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática. Mas afinal, o que é esse IDEB e qual é o seu objetivo? O IDEB foi criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
O objetivo desse indicador é medir a qualidade do ensino ofertada e estabelecer metas em prol de melhorias. Ou seja, o IDEB funciona como um indicador nacional que possibilita a todas as escolas monitorar a qualidade da educação oferecida à população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade possa se mobilizar em busca de melhorias.
Para tanto, esse índice é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente. Já as médias de desempenho advêm dos resultados da aplicação da Prova Brasil, que é aplicada de dois em dois anos para os alunos dos anos finais da terceira fase do segundo ciclo (6º ano) e para os alunos da terceira fase do terceiro ciclo (9º ano).
A Prova Brasil ou Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC) tem os seguintes objetivos: contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, redução de desigualdades e democratização da gestão do ensino público e buscar o desenvolvimento de uma cultura avaliativa que estimule o controle social sobre os processos e resultados de ensino. Por esta razão, é que as metas estabelecidas pelo IDEB são diferenciadas para cada escola, já que tem como objetivo único alcançar até 2022 seis pontos como média, o que correspondente ao sistema educacional de países desenvolvidos.
Conforme mencionado acima, a preocupação com esse indicador (IDEB) advém dos últimos resultados apresentados pela Escola Estadual Amélia de Oliveira nos últimos anos. Segundo dados divulgados pelo site (edu.org. br ) em 2013, dos 116 alunos do 9.º ano que participaram da Prova Brasil, somente 12 demonstraram aprendizado adequado na competência de leitura e interpretação de textos. Ou seja, somente 11% dos participantes obtiveram um bom aproveitamento. Já em Matemática, os números são ainda mais preocupantes. Dos116 alunos, somente 05 demonstraram aprendizado adequado na competência de resolução de problemas. Isto significa que somente 4% dos alunos participantes obtiveram um bom aproveitamento em Matemática.
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