O estado e o poder

O Estado e o Poder

Teorias do Poder

      Nestes últimos anos, os estudiosos dos fenômenos políticos abandonaram o termo “Estado” para substituí-lo pelo mais compreensivo “sistema político”.  Não há teorias política que não parta de alguma maneira, direta ou indiretamente, de uma definição de “poder”, a teoria de Estado apoia-se sobre a teoria dos três poderes e das relações entre eles. Na filosofia política o problema do poder foi apresentado sob três aspectos, à base dos quais podem-se distinguir as três teorias fundamentais do poder: a substancialista, a subjetivista e a relacional; Porém, a interpretação mais aceita no discurso político contemporâneo é a terceira, que se remete ao conceito relacional de poder e estabelece que “poder” se deve entender uma relação entre dois sujeitos, dos quais o primeiro obtém do segundo um comportamento que, em case contrário, não ocorrerá.

As formas de poder e o poder politico

      Uma vez reduzido o conceito de Estado ao de política e o conceito de política ao de poder, o problema a ser resolvido torna-se a diferenciar o poder político de todas outras formas que pode assumir a relação de poder.

      Enquanto a sociedade antiga não conhece mais que uma sociedade perfeita, o Estado que abarca todas as demais sociedades menores, a sociedade medieval conhece duas delas, o Estado e a Igreja, deixando a Igreja o direito e o poder de ensinar a verdadeira religião e os preceitos da moral, acima de tudo a salvação da alma. O poder político vai-se assim identificando com o exercício da força, o uso da força física é a condição necessária para a definição do poder político, mas não a condição suficiente.

As três formas de poder

      A definição do poder político é uma definição que se refere ao meio de que se serve o detentor do poder para obter os efeitos desejados, o critério usado permite uma tipologia simples e iluminadora: a tipologia assim chamada dos três poderes – econômico, ideológico e político, o que tem em comum estas três formas de poder é que elas contribuem conjuntamente para instituir e para manter sociedades de desiguais divididas em fortes e fracos com base no poder político, em ricos e pobres com base no poder econômico , em sábios e ignorantes com base no poder ideológico. Geralmente em superiores e inferiores.

O primado da política

      Umas das formas com a qual se manifesta o primado da política é a independência do juízo político com respeito ao juízo moral. A concepção do primado da política corresponde, ao contrário, a doutrina da necessidade imoralidade ou amoralidade da ação política que deve visar ao próprio fim, o princípio da ação do Estado deve ser procurado na sua própria necessidade de existir, de uma existência que é a própria condição de existência dos indivíduo.