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Política Internacional

Por:   •  16/12/2015  •  Resenha  •  737 Palavras (3 Páginas)  •  164 Visualizações

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AULA: ABORDAGENS CLÁSSICAS DE SEGURANÇA INTERNACIONAL E ESTUDOS CRÍTICOS DE SEGURANÇA. TEXTO: “SEGURANÇA INTERNACIONAL E NORMATIVIDADE” - RAFAEL DUARTE VILLA.

Uma linha de estudos a respeito da segurança internacional disseminou a ideia que os problemas de segurança internacional não se restringem apenas ao que ameaça o Estado, pois há também questões como da dominação, relação entre os homens e sua emancipação, sendo que, a segurança internacional tem como por fim a emancipação do homem. O autor se questiona, através dessa concepção de emancipação humana, se seria possível desconstruir paradigmas éticos e de classes sociais em detrimento de um projeto cosmopolita de emancipação humana e o conceito de Estado nação colocado ideologicamente por nações dominantes, imperialistas do século passado tem possibilidades de ser superado através da virtude para realização deste projeto?

A segurança internacional remete-se a organização do sistema, para que possa haver uma ordem internacional conforme planejada, porém pensadores como Nogueira colocam questões das particularidades locais que as diferencia do resto das nacionalidades do mundo, observando isso o autor Villa problematiza essas colocações e questões, logo uma concepção de ordem não se limita ao poder, há também a particularidade em sua concepção de mundo. Utilizando a teoria crítica cosmopolita e a teoria liberal cosmopolita, procurando pontos em comum, com enfoque ao liberalismo político e a democracia para além de uma democracia de nação com possibilidade de uma sociedade civil transnacionalizada. O autor se usa de Linklater para demonstrar que o consenso não é referencia de legitimazação para que se efetuar exclusões de indivíduos da sociedade civil internacionais, se pautando em argumentos que a ética só é válida para indivíduos da sociedade civil nacional, sendo assim é necessário avaliar de a moralidade imposta, já que a própria globalização que generaliza e imprime a ideologia mercadológica, subtraindo particularidades nacionais em detrimento do projeto da soberania do Capital econômico, coloca uma contradição neste pensamento.

        Dupas mostra-se preocupado com a ideologia imposta pela globalização, já que esta pode colocar a visão cosmopolita numa lógica global, barrando assim novas estratégias de organização e poder. Para o autor, a contemporaneidade da globalização está colocando diretrizes políticas em que os estados nações se tornem minimalistas, assim estabelece-se uma ordem internacional, para que sejam projetada uma ordem cosmopolita, ou até mesmo uma cidadania mundial, será preciso o tratamento privilegiado das questões normativas que se apresentam sob o título geral de ordem com justiça.

Revolta de Junho DE 2013

As revoltas de Junho foram a maior manifestação em mais de 20 anos na história brasileira, acontecendo de forma concomitante nas capitais e nos interiores dos estados do Brasil, diferente da última grande revolta brasileira que pedia o impeachment de Fernando Collor, esta de 2013 ia além, as demandas eram diversas, com pano de fundo o aumento das passagens de ônibus, segundo Nogueira, os manifestantes lutavam contra tudo, porém não se pode subestimá-los por isso, inferiorizando a possibilidade do uso de parte dos manifestantes como massa de manobra pela direita, diz Nogueira: A manifestação pode ter sido instrumentalizada pela direita? Pode. Mas tem que se discutir o que é direita e a força que ela tem no Brasil. Que eu saiba, ela não tem força alguma [...] Não havia ninguém comandando. Não tinha partidos por cima, nem por trás. De milhares, virou milhões. Teve um efeito de solidariedade, inclusive, contra a repressão policial.” Nogueira romantiza a manifestação de modo que coloca apenas a ida as ruas da população de diversas classes lutando por diversas demandas, sem se aprofundar no plano político por atrás delas, assim o autor coloca o ponto principal de sua analise a postura do Estado perante as revoltas de junho, este se tornou o opositor as manifestações, o inimigo, que reprime com o uso da força policial as manifestações em busca de um enfraquecimento desta solidariedade,         Arendt complementa este pensamento, mostrando que o uso da força policial tira o foco político e econômico para colocar um inimigo em comum ás massas, assim fazendo-as se sentirem parte do coletivo e dos interesses dos mesmos. Já Agamben, parte para uma visão onde o poder soberano em relação à norma jurídica, tentando colocar suas contradições para que se possa entrar no próprio corpo dos sujeitos e em suas formas de vida, em como o poder se consolida através de uma rede de dispositivos jurídicos e sociais, justificando a violência contra grupos determinados da sociedade.

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