Resenha Movimento Indigena
Por: Thainná Almeida • 31/3/2023 • Resenha • 842 Palavras (4 Páginas) • 102 Visualizações
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Data 13/11/2017
Aluna: Thainná Barbosa de Almeida
Pof.: Aristeu Portela
Disciplina: Educação das Relações étnicos-raciais
O Caráter Educativo do Movimento Indígena Brasileiro (1970-1990) Cap. I O processo civilizatório e o Movimento Indígena brasileiro.
- As Políticas Indigenistas e a Visão sobre os Povos Indigenas
O autor Daniel Munduruku inicia o texto resgatando a chegada dos portugueses ao Brasil, deixando claro que o processo de colonização do Brasil, foi motivado por interesses econômicos por parte da coroa portuguesa. A exploração começou com a extração do pau-brasil, uma planta que tinha em abundancia no período colonial, e que posteriormente vai dá o nome do nosso país.
Com a chegada dos portugueses veio também à igreja católica, representada pelos jesuítas. Nesse momento a ideia que se considerava era que os povos indígenas brasileiros eram desprovidos de crença, conhecimento e isso justificaria a escravidão desses povos, tudo isso regido pela lei. O autor aborda o relatório feito por Darcy Ribeiro a pedido da Unesco, cuja a intenção era celebrar a incorporação dos povos indígenas a sociedade brasileira, mas que o resultado do relatório mostrou o contrario, expões a desintegração social, cultural e a perca da identidade coletiva da comunidades indígenas
- Paradigma Exterminacionista
Esse paradigma citado acima tinha como objetivo a destruição em massa dos povos indígenas. Esse período é marcado pelo predomínio da violência física, com a autorização do governo português, aconteciam assassinatos de tribos inteiras, com a intenção de promover uma “limpeza étnica” em busca de uma nação “civilizada”.
A igreja mais uma vez ganha destaque nesse período, com a chegada da Companhia de Jesus iniciou a catequese dos povos indígenas, impondo valores morais e religiosos, demonizando e inferiorizando a cultura desses povos, que chamamos de etnocídio, um processo tão violento quanto o genocídio. A exploração para se legitimizada deturpou a imagem dos índios aos argumentar que era preguiçoso, um atraso para a sociedade.
- Paradigma Integracionista
O paradigma integracionista caracteriza se pela ideia que os povos indígenas, e suas culturas, crenças, organização social, seu modo de viver estavam destinadas ao desaparecimento e que eram inferiores. Devido a isso era necessário tutela-los, foi então criada uma lei que buscava “proteger” os índios, ensina-los uma atividade e integra-los a sociedade brasileira. O suporte teórico desse paradigma foi o pensamento positivista que basicamente defendia, que existia uma passagem natural do estado “primitivo” para o “civilizado”.
Já no período republicano foi adotada uma nova política indigenista, baseada nessa noção de tutela, foi criado o SPI, Serviço de proteção ao Índio, que visava gerir as relações entre os diversos povos indígenas, entre esses mesmo povos e os demais grupos sociais e com os representantes do Estado. O SPI fracassou na sua intenção por falta de recursos financeiros, a falta de qualificação de pessoas para trabalhar no órgão, o enfraquecimento político que impediu o órgão de se impor perante os outros poderes e o golpe de 64 que colocou um fim ao SPI.
- Fundação Nacional do Índio
A FUNAI inicialmente teve melhores condições para fazer um trabalho com os povos indígenas, teve renovação de recursos, a saída de funcionários corruptos e novas pessoas mais qualificadas para a criação de uma proteção mais eficiente dos povos indígenas. Porém a FUNAI fracassou, adotou uma política paternalista e assistencialista que não se sustentou com novo corte nos recursos orçamentários, e a visão que a política indigenista tinha menor importância, logo foi deixada de lado pelo poder político, que consequentemente diminuiu a qualidade dos serviços de saúde a população indígena e o aumento da mortalidade infantil dentro das comunidades.
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