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Resumo Ciências do Ambiente

Por:   •  20/8/2023  •  Artigo  •  1.809 Palavras (8 Páginas)  •  60 Visualizações

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Cerca de 10% da eletricidade nos Estados Unidos é gerada a partir de fontes eólicas, uma importante fonte de energia renovável. Essa alternativa energética tem vantagens significativas para o meio ambiente e a saúde pública. Diferentemente das usinas que queimam combustíveis fósseis, as turbinas eólicas não emitem gases de efeito estufa nem poluentes atmosféricos que contribuem para problemas de qualidade do ar e saúde.

Recentemente, um estudo abordou a possibilidade de ampliar ainda mais os benefícios da energia eólica para a saúde pública. Publicado na revista Science Advances, o estudo adotou uma abordagem abrangente para analisar os efeitos da energia eólica e das emissões de usinas de energia baseadas em combustíveis fósseis nos Estados Unidos, abrangendo o período de 2011 a 2017.

Os pesquisadores examinaram em detalhes a atividade das turbinas eólicas e as emissões provenientes das usinas de energia fóssil em todo o país. Eles estabeleceram conexões entre a geração de energia eólica e a produção de usinas fósseis, destacando a capacidade de ajuste dos mercados elétricos. Quando a energia eólica estava disponível, os mercados conseguiram reduzir a produção das usinas de gás natural e carvão, contribuindo assim para uma melhoria temporária na qualidade do ar.

Os resultados mostraram que em 2014, as políticas estaduais de energia eólica resultaram em benefícios de saúde estimados em cerca de US$2 bilhões em todo o país. No entanto, vale ressaltar que apenas cerca de 30% desses benefícios chegaram às comunidades com maiores desafios socioeconômicos.

Uma descoberta interessante foi que se as usinas de energia baseadas em combustíveis fósseis reduzissem sua produção durante os períodos de geração de energia eólica, os benefícios para a saúde poderiam chegar a até US$8,4 bilhões em todo o país. Isso poderia resultar em uma considerável redução das emissões nocivas e melhorar a qualidade do ar.

Embora o aumento dos benefícios para a saúde seja uma meta positiva, o estudo também destacou a persistência das disparidades em termos de distribuição dos benefícios. Comunidades desfavorecidas, como aquelas de baixa renda e minorias raciais, continuaram a experimentar benefícios de saúde menores em comparação com comunidades mais privilegiadas.

Nesse sentido, os resultados apontam para a complexidade do desafio de igualar os benefícios da energia eólica e da redução das emissões poluentes. A pesquisadora Noelle Selin observou que para abordar as disparidades na poluição do ar, é essencial olhar para além do setor de energia eólica e considerar outras fontes de poluição, bem como os fatores sistêmicos que influenciam a localização de usinas e comunidades.

Apesar das limitações, o estudo fornece diretrizes valiosas para operadores de redes elétricas e reguladores ambientais ao destacar quais usinas fósseis poderiam ser mais eficazmente reduzidas para otimizar os benefícios para a saúde. Isso reflete a crescente atenção para questões de justiça ambiental e equidade, ao mesmo tempo em que reforça a importância de abordagens abrangentes para melhorar a saúde pública em conjunto com a transição para fontes de energia mais limpas.

A comunidade de construção está cada vez mais focada na colaboração para acelerar projetos responsivos ao clima, em contraste com a mera competição por inovação no mercado. A organização Architecture 2030 faz parte de uma rede de iniciativas profissionais que coletam dados sobre emissões de carbono provenientes da construção. Seu objetivo é não apenas promover a conscientização, mas também criar programas de redução de emissões de carbono e sistemas de certificação profissional.

Essa tendência de colaboração está se expandindo em várias profissões dentro da comunidade de construção, destacando a importância de unir esforços. A abordagem simplificada e conjunta na coleta de dados de emissões de carbono, como preconizada pela Architecture 2030, visa acelerar a transição para práticas de construção mais sustentáveis e conscientes do clima.

Um exemplo tangível desse movimento é a Cúpula de Impacto organizada pela Holcim Foundation for Sustainable Construction. O evento reuniu líderes de diversos setores, desde investidores até agências governamentais e organizações sem fins lucrativos, para discutir a abordagem holística da redução de emissões de carbono em edifícios nos Estados Unidos. Essa colaboração abriu um espaço para ideias e ações que podem catalisar uma mudança mais rápida e eficaz.

O atual contexto político, principalmente nos Estados Unidos, reflete um interesse crescente em abordar as emissões de carbono no setor da construção. Isso é evidenciado pelo financiamento destinado à Agência de Proteção Ambiental (EPA) para programas de redução de emissões e carbono incorporado. Além disso, iniciativas semelhantes estão ocorrendo em outras partes do mundo, como o Banco de Dados de Carbono do Ambiente Construído (BECD) no Reino Unido, que busca se tornar uma referência para a descarbonização do setor de construção.

O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas ressalta a urgência de agir para desacelerar as mudanças climáticas. O movimento em direção à colaboração e sustentabilidade na comunidade de construção se torna ainda mais crucial diante das consequências previstas. Agora, mais do que nunca, as diferentes profissões envolvidas no ambiente construído precisam se unir para enfrentar os desafios das emissões de carbono e contribuir para um futuro mais sustentável.

O Green Building Council Brasil (GBC Brasil) celebrou recentemente conquistas notáveis relacionadas ao crescimento e à certificação de projetos sustentáveis. Em 2022, houve um notável aumento de 37% no registro de novos projetos, ultrapassando as projeções iniciais de 22%. Esse feito é ainda mais impressionante quando consideramos o contexto econômico desafiador, tanto no âmbito global quanto no cenário brasileiro.

Uma conquista destacada do GBC Brasil foi a obtenção do nível máximo de certificação, conhecido como Platina. Essa certificação é equivalente às Bodas de Platina, que homenageiam casais que completam 65 anos juntos. No contexto das construções sustentáveis, a certificação Platina é uma honraria prestigiosa, correspondendo ao padrão de excelência internacional conhecido como LEED.

Em um panorama global, o Brasil se destacou em 2022, alcançando a segunda posição entre os países com a maior porcentagem de projetos certificados como Platina. Impressionantes 22% dos projetos brasileiros atingiram esse nível de excelência. A Índia ocupou o primeiro lugar com 26%, enquanto a Itália

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