Segurança Publica
Por: Mariana Costa • 12/10/2015 • Resenha • 1.129 Palavras (5 Páginas) • 256 Visualizações
Segurança Pública – Percepções – Luiz Eduardo Soares
O que é a segurança Pública?
1ªhip-vida social onde não há crimes, ou onde são raros. Sociedade segura onde não há crimes com total respeito da lei. – Em regimes totalitários há menos crimes, contudo não se pode afirmar que se vive com segurança, pois se vive com medo.
AUSÊNCIA DE MEDO Se há segurança não há medo. Ou seja, segurança tem menos a ver com crime e mais a ver com confiança e ausência de medo, até porque crime é o que o estado define como tal.
2ªhip- duradoura ausência de violência na vida de uma sociedade – Nem toda violência é negativa e se opõe à segurança. Violência negativa: imposição, por ação ou omissão de sofrimento evitável ao outro, provocando-lhe danos ou ferindo seus direitos. Enquanto o Estado detém o monopólio da violência legitima(emprego potencial dos meios de coerção a serviço de objetivos aprovados pela sociedade). Diferentes culturas têm diferentes percepções de violência (ex: violência contra mulher nos países islâmicos).
3ªhip-Certa média de atos geradores de insegurança seria aceitável, para sociedades de determinado porte, com certas características. Usar um patamar (ex. países nórdicos europeus, com grande desenvolvimento e baixas taxas de violência) e na medida que as taxas em outras sociedades se afastarem desse patmar as mesmas vão sendo consideradas mais inseguras, aproximando-se da referencia, mais segura – A única comparação que importa é com antigos índices de segurança da mesma sociedade uma vez que, mesmo longe de se aproximar dos níveis europeus, uma população pode se sentir segura com a redução, pela metade de sua própria taxa violência.
4ªhip- Segurança pública é a própria ordem social, desde que de acordo com determinações legais – a ordem não existe como um objeto, o que existe é expectativa da ordem na medida em que todos esperam que os demais repitam sua rotina, a tendência é que todos busquem faze-lo tornando real a expectativa generalizada. E se a expectativa é de desordem, as expectativas são instáveis ou já foram rompidas, e predomina a insegurança.
Segurança Publica engloba todas as esferas da vida cotidiana, porem para delimitações analíticas e executivas restringe-se às experiências relacionadas à paz ou ao uso da força, ao respeito as regras socialmente sancionadas ou à sua ruptura – principalmente quando estão em risco o corpo, os bens e a identidade moral de indivíduos, e a necessidade de intervenção legitima do Estado seja preventiva, repressiva ou reparadora.
Segurança Pública é a estabilização universalizada, no âmbito de uma sociedade em que vigora o Estado Democrático de Direito, de expectativas positivas a respeito das interações sociais, em todas as esferas da experiência individual. Expectativas positivas sinalizam a inexistem de medo e de violência e a presença de confiança, em ambiente de liberdade.
Segurança Pública corresponde à fruição dos direitos constitucionais e expectativa de sua continuidade no tempo, reduzindo-se a incerteza e a imprevisibilidade.
Portanto, entende-se que o papel das polícias e de todas as instituições de segurança pública é o de atuar, se preciso com uso comedido e potencial da força, para evitar o desrespeito aos direitos e as liberdades individuais, promovendo assim a estabilização generalizada de expectativas positivas.
Histórico da Segurança Pública – Leticia Godinho
• Sec XIX-Brasil pós independente – segurança passa a ser objeto de intervenção estatal – preocupação em produzir um serviço de segurança moderno – continuidade da historia colonial de opressão e controle das classes populares
• Ao longo da segunda metade do sec XIX – ampliação da repressão – questão social é questão de policia
• 1890 –1º Código Penal da república – de caráter iluminista. Constituição de 1891 – criação de forças militares estaduais
• 1940 – novo Código Penal – positivista – caráter preventivo da intervenção penal – Necessidade de se estabelecer mecanismos institucionais capazes de intervir e se possível recuperar os ‘moralmente anormais’ – Ação penal voltada para bairros operários (políticas higienistas). Grupos mais ‘policiáveis’ que outros
• 1964 – Doutrina de segurança nacional (livrar o país da corrupção, do comunismo e restaurar a democracia. Papel das forças armadas: derrotar o inimigo da guerra revolucionaria, garantindo a segurança e o desenvolvimento da nação) – inimigo interno. As atrocidades do regime não se concentram apenas em crimes políticos – estendendo-se para criminalidade comum. Serviço de Diligências
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