A Ficha de Leitura
Por: gijustiniano10 • 2/4/2021 • Resenha • 782 Palavras (4 Páginas) • 100 Visualizações
Data: 05/03/2021
Nome da aluna ou aluno: Giovana Justiniano Soares
RA: 11201920351
Ficha de leitura
Título do texto: O Manifesto Comunista
Autor: Karl Marx e Friedrich Engels
Ano: 1848
Editora: Ridendo Castigat Mores
A primeira ideia apresentada é a visão da história como de luta de classes. Os homens têm vivido em constante tensões, em guerra ininterrupta que sempre finaliza em uma transformação revolucionária da sociedade, ou em destruição das duas classes. Como exemplos são citados os cavaleiros, plebeus e escravos na Roma antiga e senhores, vassalos, mestres, companheiros e servos na Idade Média.
A sociedade burguesa moderna, originada das ruinas da sociedade feudal, segue esse comportamento, trazendo novas classes, novas condições de opressão e novas formas de luta. Entretando, sustentam Marx e Engels que a característica desse momento histórico é ter simplificado o antagonismo, pela divisão em dois grupos, a burguesia e o proletariado.
A burguesia teve uma evolução histórica iniciada na Idade Média, cujos servos se transformaram nos burgueses livres das primeiras cidades, e teve sua ascensão acelerada em função do crescimento da navegação, do comercio e da indústria no mundo todo, incluindo as colônias da América. A divisão do trabalho também aumentou dentro das empresas. Esse crescimento econômico em função da ampliação dos mercados trouxe o surgimento de milionários da indústria, a multiplicação dos capitais e o crescimento da denominada burguesia moderna, em detrimento das classes legadas pela Idade Média.
Assim, a burguesia desempenhou na Historia um papel eminentemente revolucionário, segundo os autores, e ultrapassou várias etapas nas quais caminhavam avanços políticos, desde a opressão pelo despotismo feudal até a soberania política exclusiva no Estado representativo moderno. Infelizmente, segundo os autores, houve uma profunda modificação nas relações de produção e nas relações sociais, que foram reduzidas a relações monetárias.
Essas novas relações de produção levam à falência das industrias antigas, e ocorre o emprego cada vez maior de matérias primas oriundas da outros países, surgindo novas necessidades que sufocaram empreendimentos locais que se bastavam; somadas ao progresso dos meios de comunicação, o modo burguês é imposto a todas as nações do mundo, subordinando o campo à cidade, os povos camponeses aos povos burgueses, o Oriente ao Ocidente, os povos bárbaros aos povos civilizados.
A centralização política e dos meios de produção são características relevantes dessa ascensão burguesa, tendo sido criadas “forças produtivas mais numerosas e mais colossais que todas gerações passadas em conjunto”. Em um movimento repentino, surge a “epidemia da superprodução” e o sistema burguês se torna “demasiado estreito para conter as riquezas criadas em seu seio”. A saída desse impasse de ordem econômica, segundo os escritores, ocorre pela destruição violenta de grande parte das forças produtivas e pela conquista de novos mercados juntamente com a exploração mais intensa dos antigos. A consequência do incremento e centralização do capital, do aumento de mercados, da diminuição do valor dos insumos e outros meios de produção, incluída a mão de obra, do crescente emprego de máquinas e da divisão do trabalho, é a ampliação do proletariado e de seus problemas: oferta de trabalho somente quando aumenta o capital, sujeição a todas as circunstâncias contrárias da concorrência por serem considerados mercadorias, extinção da autonomia do trabalho e de qualquer atrativo, a diminuição dos salários e a escravidão ante os donos das fábricas. A classe proletária é reforçada pela incorporação das classes inferiores da classe média – pequenos industriais, pequenos comerciantes, pessoas com rendas, artesãos, camponeses, etc.
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