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Cidadania no brasil

Por:   •  27/6/2015  •  Resenha  •  10.179 Palavras (41 Páginas)  •  395 Visualizações

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ESCOLA DO RECIFE – FCAP/UPE

2oANO - ENSINO MÉDIO

TRABALHO DE SOCIOLOGIA/FILOSOFIA

RECIFE

JUL/2013

ANDRÉ LUIZ BELÉM NEGROMONTE DOS SANTOS

ANNELISE REBECA TOMAIS DE OLIVEIRA

GABRIEL DE SOUZA SILVA

JULIANA DA SILVA NASCIMENTO

LUISA VERAS PEIXOTO VASCONCELOS

MARIA RARYANNE FREITAS OLIVIERA

Resenha do livro Cidadania no Brasil:

O longo caminho, de José Murilo de

Carvalho, solicitado pelo professor

Raphael Bezerra como requisito

para a avaliação final no semestre.

RECIFE

JUL/2013

SUMÁRIO

Introdução....................................................................................................3

Resenha do livro..........................................................................................3

Capítulo 1..........................................................................................3

Capítulo 2..........................................................................................7

Capítulo 3..........................................................................................12

Capítulo 4..........................................................................................16

Análise Crítica..............................................................................................20

INTRODUÇÃO

Resenha solicitada em Maio deste ano, para um grupo de seis integrantes, com finalidade de compreender melhor o assunto central do livro: a cidadania e seu contexto na história de nosso país. A construção da cidadania, segundo T. A. Marshall, devia se dar por uma ordem lógica. Primeiro seriam conquistados os direitos civis, depois, os sociais, e por fim após algum tempo, os políticos. Uma das repostas para entender o porquê do Brasil ainda não ter conseguido garantir completamente a cidadania de seu povo é a inversão da ordem de conquista desses direitos e o momento político em que ocorreram (alguns até durante períodos ditatoriais). Quando a Constituição de 1988 foi instituída, pensava-se ingenuamente, que com o direito de eleger representantes garantido, seria também garantida a liberdade, a segurança, a justiça social e tantos outros fatores que, até hoje, se encontra dificuldade para serem estabelecidos plenamente nas amplas camadas da sociedade.

CIDADANIA NO BRASIL: UM LONGO CAMINHO

CAPITULO 1

  1. PRIMEIROS PASSOS

Para que se entendam os problemas que são percebidos hoje no Brasil como: corrupção exagerada, grande desigualdade social e índice alto de analfabetismo, é necessário que analisemos a fonte, ou seja, suas raízes. Nesse sentido, percebe-se que com a Independência em 1822, não houve grande mudanças, nesse período de império (1822 – 1889), exceto pela a abolição dos escravos (1888), que tinha como objetivo tornar os ex-escravos, homens livres com direitos civis, porém, não foi bem isso que ocorreu.

  1. O PESO DO PASSADO

Nos três séculos de Brasil colônia, a metrópole portuguesa deixou marcas profundas em nosso país. Principalmente no que se refere à formação de uma sociedade analfabeta, escravista e de base econômica agrícola. Antes de tudo, deve-se considerar que a conquista de nossas terras não se deu da forma mais agradável, já que além de dominar as terras, acabaram por dizimar milhares de indígenas, através da escravização (no início da colonização), guerras e dispersão de doenças.

        Além disso, nota-se que essa conquista também teve um intuito comercial, de fins lucrativos. Nessa perspectiva, percebe-se a atividade mais lucrativa foi a produção de açúcar. A produção desse produto exigia grande investimento nos engenhos por parte dos senhores (já que Portugal não queria investir seu próprio capital, dessa forma, muitos senhores recorriam a empréstimos com outros países, principalmente a Holanda), e muita mão-de-obra. A necessidade de muito capital provocou uma desigualdade entre os senhores de engenho e os outros habitantes, enquanto que a necessidade de mão-de-obra desencadeou a escravização de africanos.

        Vale-ressaltar que no período açucareiro não havia a ideia de várias classes sociais, já que a mobilidade social era bem difícil, pois a população resumia-se à senhores de engenhos, trabalhadores assalariados e escravos. Consolidando, assim, uma sociedade de latifúndio monocultor para exportação de base escravista. Enquanto que no século XVII, com a atividade mineira, o processo de urbanização acelerou muito. A mineração, principalmente a de aluvião, exigia um menor número de capital e de mão de obra. Dessa forma, percebe-se que nesse período, Havaí uma maior mobilidade social, maior classes sociais, e muitos negros conseguiram comprar suas alforrias. Porém, a exploração do ouro e do diamante passou a sofrer uma forte fiscalização e controle do governo. Esse fator mais a mobilidade social tornaram a região mineradora mais propícia à revoltas e rebeliões políticas.

        A escravidão constituiu o fator mais negativo para a cidadania.  Sua força era tão grande, que muitos escravos quando libertos, eles próprios adquiriam escravos. Era uma espécie de status ter escravos. Isso era algo que estava se enraizando na sociedade, e acabou se tornando algo comum aos olhos das pessoas, e até dos próprios escravos. Outra característica que acabou se tornando “comum”, no sentido de ocorrer frequentemente, foi a miscigenação, começando pelos índios, ou melhor, índias, que deram a luz a muitos filhos de portugueses. Vale ressaltar que isso também ocorria com as escravas negras. Nessa perspectiva, escravidão e grandes propriedades não era o ambiente mais apropriado à formação de futuros cidadãos.

       Nesse sentido, vale analisar que as mulheres e os escravos estavam sob o julgamento próprio dos senhores, não tinha acesso à justiça. Nesse sentido, aos escravos só restava a fuga e formação de quilombos. Outro fator da má administração portuguesa, era a despreocupação e o descaso que tinham pela educação primária. Até porque não havia motivação religiosa para se educar. O mesmo ocorria com a educação superior. Antes de o Brasil se tornar sede do reino português em 1808, Portugal nunca havia permitido a implantação de universidades na colônia. Ao contrário da Espanha que fundou cerca de 23 universidades em suas colônias.  Nessa perspectiva, percebe-se que sempre na história do Brasil, ocorreram insatisfações como governo que levaram à rebeliões e revoltas políticas, como: Inconfidência Mineira (1789) e a Revolta dos Alfaiates (1798). Porém, o período colonial chegou ao fim com boa parte da população excluída dos direitos civis e políticos e sem a existência do sentido de nacionalidade.

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