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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Por:   •  14/4/2019  •  Resenha  •  529 Palavras (3 Páginas)  •  168 Visualizações

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UNIVERIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

TÓPICO ESPECIAL DE SOCIOLOGIA

Profª: Dra. Maria Dione Carvalho de Morais

Discentes: Pandora Gramsci Soares Vasconcelos e Poliana Pimentel dos Santos

ED1: Problematizando o colonialismo

Questão 1:

Os textos “Discurso sobre o colonialismo” de Aimé Césaire e “Retrato do colonizado precedido” de Albert Memmi conversam com os textos apresentados na disciplina, trazendo também à tona outras reflexões. Destaca-se nesse grupo de discussão que um ponto importante para a decolonização é o reconhecimento do colonizador de sua condição privilegiada, pois muito embora o colonizador não esteja sempre nas mesmas condições, está sempre em privilégio. Assim como o colonizado deve assimilar sua condição, para parti-la disso, produzir o conhecimento e a resistência necessária, pois sua revolta é sua maior defesa. É necessário descolonizar nossas mentes, de forma que compreendamos que teorias produzidas na Europa (e em outros lugares e contextos), não são aplicáveis em todo mundo. É preciso fazer um recorte de raça, gênero e trabalho nas teorias, para que haja uma compreensão real da sociedade. Uma questão abordada nestes textos, que conversa com os textos da disciplina, é a respeito de colonialismo como sinônimo de civilização e a importância de descontruir esta ideia. É necessário descentralizar a Europa como detentora e fonte principal, ou até mesmo única, de conhecimento. Devemos sempre questionar a superioridade pedante que nos é imposta de uma cultura em detrimento da outra, e, sobretudo a desumanização do “outro”.

Questão 2:

O modelo imposto pelos europeus baseava-se em ações político-econômicas, cuja essência era a dominação total, justificada pela ideologia difundida na revolução industrial. A justificativa estaria no fato de que, apesar de conquista a independência política, muitos países africanos obtiveram apenas uma independência formal, pois “essa independência” não trouxe a paz e o desenvolvimento esperados pelos povos africanos. As agressões imperialistas continuaram a acontecer principalmente contra os países que optavam pela via não capitalista de desenvolvimento. Aimé Césaire vai além e ressuscita citações surpreendentes de líderes políticos e militares, de missionários cristãos e de cientistas e escritores ocidentais, que tentaram justificar a colonização pela suposta existência de raças superiores e inferiores e por uma imaginária missão civilizadora atribuída pela história à raça branca superior. Oferece, inclusive, uma perspectiva iluminadora para a compreensão de tragédias recentes, como as invasões do Iraque e do Afeganistão, a nova cruzada contra as nações árabes e islâmicas os “tumultos” na Síria, Egito e na Líbia. Diante dessa situação colonial denominado fenômeno social global, em que nações estruturadas e com recursos naturais, invadem, se ocupam utilizando força militar como forma de domínio e exploração. O autor Memmi ressalta que, os colonizadores trazem superioridade científica, tecnológica, econômica e cultural o que leva à condição de domínio, passando a explorar recursos naturais e a mão-de-obra nativa do país colonizado. Segundo o autor, “o colonizado jamais é caracterizado de maneira diferencial: só tem direito ao afogamento no coletivo anônimo”. (MEMMI, 2007) Diante desse contexto, assim como a burguesia propõe uma imagem do proletário, a existência do colonizador reclama e impõe uma imagem do colonizado. Adiante esse aspecto, o colonialismo destrói a memória de um povo, os seus recursos, a sua história, enfim, o colonialismo age como uma força social destruidora e desumanizada.

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