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O Fichamento Bourdieu ( O poder Simbólico)

Por:   •  5/6/2019  •  Resenha  •  974 Palavras (4 Páginas)  •  363 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense

Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos

Departamento de Segurança Pública

Disciplina: Oficina de Texto em Segurança Pública                

Profa.: Duane Moreno

Aluno(a): NELTON CÉSAR DA SILVA OLIVEIRA

TRABALHO FINAL.

Entre 3 a 5 laudas (6,0 pontos) entrega 25/06/18 – O aluno deve escolher um grupo social especifico e confeccionar um texto dissertativo, sobre o tema Representações Sociais, utilizando como argumentos os conceitos de Pierre Bourdieu sobre “habitus” e descrever os símbolos pertencentes a esse grupo social para representa-lo.

Este trabalho tem como objetivo relacionar um grupo social com o conceito de habitus, que é descrito por Bourdieu. Desse modo, fica evidente a necessidade de ser esclarecer o conceito de habitus para esse autor. Pierre Bourdieu, nasceu na França em agosto de 1930 e morreu em 2002, vítima de um câncer. Filosofo de formação, sua teoria tem grande contribuições no campo sociológico. Sendo assim, vale lembrar que, apesar da teoria por ele apresentada ser recente, tem grande aceitação no campo acadêmico, onde é tratado como um clássico da sociologia, mas também tem esse parâmetro para outros campos multidisciplinares como a história e filosofia.

Bourdieu, demonstra na sua obra uma grande preocupação em, entender os mecanismos que reproduzem as desigualdades sociais. Desse modo, o mesmo se utiliza de conceitos para posicionar e explicar as várias formas que essa desigualdade se apresenta. Sendo os principais: “campos”, “habitus”, “violência simbólica” e “capital simbólico”. Contudo, para esse trabalho vamos nos concentrar no que o autor entender como, “habitus”. Então, vamos ao conceito de habitus, que para Bourdieu seria a incorporação das estruturas sociais adquiridas por um ser individual, mas também por um determinado grupo coletivo. Contudo, par sua aquisição leva-se em conta, a posição social e o campo que este se encontra inserido, já que estas características são essências no momento que esse indivíduo/grupo, se posicionar sobre diferentes temas e aspectos da sociedade. Em outras palavras seria o “gosto” de determinada pessoa, isso mesmo cada indivíduo cultiva um gosto particular, um livro, um pintor favorito ou até mesmo aquela música fora dos padrões, tudo isso está incorporado ao indivíduo e é, percebido por este com algo que lhe é particular. Contudo, Bourdieu explica que, a percepção que cada indivíduo tem sobre o que gosta ou não é a pura e clara manifestação do habitus, que na verdade foi adquirida pelo indivíduo que por pertencer a determinado campo sem este ao menos perceber. Então aqui se apropriando das palavras do autor: “o habitus é esse princípio gerador e unificador que retraduz as características intrínsecas e relacionais de uma posição em um estilo de vida unívoco, isto é, em conjunto unívoco de escolhas, de bens, de práticas.” (BOURDIEU, 1996: 21)

Sendo assim, o habitus é o que faz a ligação entre o indivíduo e o mundo a sua falta, é nele que se fundamenta tantos as condições objetivas, como as subjetivas, que nos acompanham desde muito cedo, por intermédio da família, passando por escola, igreja etc., percebendo assim, que o habitus, não é imutável, já que pode mudar dependendo apenas das experiências absorvidas pelo indivíduo.

Dessa forma, podemos então, escolher um campo social, afim de aplicar neste a teoria do autor. E, optando, pela bibliográfica exposta dentro da matéria surge como campo preferencial os midiáticos. Veremos então, a capacidade que esta estrutura mídia tem de estruturar a sociedade, quando não ao todo, uma grande parte. Quando analisamos com um olhar um pouco mais críticos o modus operandi, das grandes estruturas midiáticas, podemos perceber que esta tem um importante papel na construção de ideologias. Como exemplo, temos as novelas, que ao abordar o tema homossexualidade, tem em mente afastar o estigma que paira sobre o tema e como isso, busca gerar uma visibilidade para este grupo, já que trabalha maciçamente sobre o tema (usei o tema como exemplo por este ser uns dos mais discutidos, deixo claro que em nenhum momento estou desmerecendo ou desvalorizando a questão de gêneros). Contudo, o poder estruturante das mídias está em todos os campos de representações sociais.

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