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Resenha Crítica introdução e conclusão do livro Cidadania no Brasil. O longo caminho.

Por:   •  17/5/2016  •  Resenha  •  673 Palavras (3 Páginas)  •  4.935 Visualizações

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Resenha Crítica introdução e conclusão do livro Cidadania no Brasil. O longo caminho.

Aluna: Patricia Gomes da Silva

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil. O longo Caminho. 3ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

        

         O autor da obra estudada é José Murilo de Carvalho,  cientista politico e pesquisador membro da academia Brasileira de letras. A obra cidadania no Brasil é datada de 2002, ano de eleições presidenciais no Brasil que teve como desfecho a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato opositor ao presidente da época Fernando Henrique Cardoso.

        Após 1985 com o fim da ditadura militar inicia-se a reconstrução da democracia no Brasil. A palavra cidadania ganha força e denomina-se a constituição de 1988 de Constituição Cidadã. A reconquista do direito ao voto faz com que a população acredite que a oportunidade de eleger seus representantes traria a liberdade, a segurança, o desenvolvimento, o emprego e a justiça social. A liberdade, a manifestação de pensamento, a ação política e sindical foram realmente conquistadas, mas, a sociedade ainda é penalizada pela dificuldade de implementação  de outros direitos fundamentais. Segundo Carvalho (2002) a falta de solução para os problemas relacionados “a violência urbana, desemprego, analfabetismo, má qualidade da educação, a oferta inadequada dos serviços de saúde e saneamento, e as grandes desigualdades sociais e econômicas”, gera um descontentamento da população para com a classe politica em especial com o legislativo.

        A cidadania se desdobra em diretos civis, políticos e sociais. Os direitos civis são relacionados à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei, para Carvalho (2002), “são eles que garantem a vida civilizada entre as pessoas e a própria existência da sociedade civil. Os direitos políticos são relacionados com a participação do cidadão no governo, podendo eleger e ser eleito, Carvalho (2002) afirma que os direitos políticos “conferem legitimidade à organização politica da sociedade”.  Os direitos sociais são relacionados a redução das desigualdades e garantia de bem estar para todos os cidadãos baseado em justiça social. Carvalho (2002), cita Marshall quando afirma que a educação é definida como um direito social, mas, na verdade é um pré-requisito para a expansão dos outros direitos. “A ausência de uma população educada tem sido sempre um dos principais obstáculos à construção da cidadania civil e política”(Carvalho, 2002). No Brasil se deus ênfase maior aos direitos sociais, que precedeu os outros.

        Talvez a dificuldade de implementação plena de todos os direitos no Brasil seja resultado da inversão e da forma de conquista dos direitos em relação a outros países que seguiram a ordem e cronologia definida por Marshall. Aqui os direitos sociais foram conquistados em um momento de supressão dos direitos políticos e redução dos direitos civis.  Os  direitos políticos,  foram conquistados a posteriori em um período ditatorial. Pode-se creditar também a ordem e a forma da conquista dos direitos no Brasil a valorização maior pela população do poder executivo em detrimento do poder legislativo, visto que os direitos foram conquistados em momentos  onde o  legislativo estava suprimido pelo executivo,  deixando no imaginário nacional a impressão de que o poder legislativo tenha menor relevância.

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