Opinião Publica
Por: Angeliana Louveira Itapirema • 12/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.578 Palavras (7 Páginas) • 246 Visualizações
Universidade Federal de Roraima
Centro de Comunicação, Letras e Artes
Curso de comunicação Social
Disciplina de Opinião Pública
Acadêmicos: Angeliana Louveira Itapirema; Beatriz Prill Nascimento; Dannielle Campos Aires do Nascimento; João Vítor Alencar Costa;
DEFESA
Walter Lippmann foi um pensador que trouxe em discussão a existência da verdade sobre os fatos e sobre o ambiente da sociedade como um todo. Pensou como um cidadão político e se colocou no lugar daquele que nada entende sobre política.
Ainda hoje, é real o que Walter Lippmann descreveu em seu livro Opinião Pública há mais de 90 anos atrás, estamos na terceira geração de políticos, de jornalistas, de leitores e os mesmos continuam a se comportar da mesma maneira.
O ser humano como cidadão pertence a um estado ou país, mas não se sabe disso até que alguém o diga. E que o conhecimento sobre os fatos o faz tomar decisões e opiniões, o que no mais tardar junto com sua comunidade pode a vir se denominar opinião pública. De fato, não conhecemos o ambiente em que vivemos, mas nele estamos inseridos temos uma breve parcela dele a nossa percepção, e acreditamos na imagem dele, na imagem que nos é repassada, a mesma imagem que é construída pela imprensa. No entanto não compreendemos perfeitamente a imagem, desta forma tratamos e interpretamos a imagem como próprio ambiente, em sua real forma. Assim passamos a viver, num paralelo mundo onde à atores construídos, pessoas influenciadas e uma massa de jornalistas interessados em si mesmos e não com a verdade.
E de fato o ser humano sendo humano, e vivendo numa sociedade capitalista como vivemos é sem discussão um ser egoísta, que pensa nos seus próprios interesses, há quem seja menos e há quem seja mais, mas todos carregam consigo o individualismo e o interesse pelo que lhe favorece. Sendo assim, como relata Lippmann tem total razão quando afirma que não há imparcialidade nas notícias, pois o jornalista carregado com suas perspectivas
e valores, apropria-se disso e passa tal fato da maneira que consegue entender e interpretá-lo, e isso não quer dizer esta imagem, seja uma verdade sobre o ocorrido. Principalmente poque dentro das redações é preciso produzir, produzir e produzir. Desta forma, o jornalista não consegue cobrir todos os fatos, e nem toda a redação um país. Mas mesmo assim precisam produzir, pelo seu interesse de sustento e pelo seu reconhecimento na sociedade.
Outro ponto que Lippmann aborda é que o sociedade em geral não tem capacidade de construir as leis de um país. Pois nem todos então preparados para pensar sobre interesses do povo. Por isso, de tempo em tempo é preciso que escolham alguém com capacidade e preparação para assumir a responsabilidade de liderar o povo.
Portanto tendo a notícia como uma verdade, a opinião pública construída pela população se torna uma ilusão.
ACUSAÇÃO
É possível concordar quando se é dito que o ser humano como cidadão pertence a um estado ou país, mas não se sabe disso até que alguém o diga. E que o conhecimento sobre os fatos o faz tomar decisões e opiniões, o que no mais tardar junto com sua comunidade pode a vir se denominar opinião pública. Exatamente por esse motivo que não é cabível dizer que os cidadãos fazem parte de uma grande atuação.
A mídia apresenta a informação para que as pessoas tomem conhecimento do fato e a partir disso tomem suas próprias conclusões de poder concordar ou não, tomar aquela verdade pra si ou não. Quando o autor fala sobre o mundo com pessoas egoístas se formos partir do ponto de vista dele provavelmente ele estará inserido neste contexto. Desde os primórdios dos tempos as pessoas fazem de tudo para se manterem, e manterem aqueles que estão a sua volta, e isso não se trata de ser egoísta, mas sim de uma questão de sobrevivência.
Os jornalistas fazem o papel que muitos não querem fazer, eles muitas vezes deixam o conforto de seu lar para cobrir uma noticia e levar ao público, para jornalista não existe uma hora de emprego, os fatos não possuem hora marcada para virem a tona, e o jornalista que desempenha esse papel de levar a sociedade. Então é muito errado julgar o trabalho desses profissionais dessa forma, afirmando que eles trabalham apenas por interesses próprios.
Não se pode caracterizar a noticia como algo totalmente imparcial, muitas vezes o jornalista se depara com situações que não vão de encontro com seus valores e modo de pensar, e ainda assim levam a noticia ao público informando aquilo que a sociedade precisa saber. Os profissionais que tentam mostrar seu juiz de valores na noticia muitas vezes não passam de sensacionalistas, mesmo muitas vezes estando errados eles agem dessa forma pois acreditam que a notícia deve ser repassada.
Walter está equivocado quando diz que a população precisa simplismente votar. É necessário que a população participe dos debates políticos, se envolvam nas questões sociais, para não permitir abusos de poder, fraudes, e principalmente a corrupçaõ. Pois todos, mesmo com conhecimento limitado, tem sim a capacidade de definir o que é melhor para sua comunidade, ou estado.
Veredito
Lippmann deixa bem claro em seu livro "Opinião Públia" sobre o interesse comercial da imprensa em vender notícia a qualquer custo sem apurar direito os fatos. Se a notícia for " Uma criança é atropela por um cantor famoso que dirigia embriagado", a imprensa entra em uma competição para dar o furo sem investigar como de fato ocorreu o acidente, o que importa para o mass media é conquistar o leitor com uma manchete sem precisão, para depois informar e apurar o que de fato aconteceu no acidente. Desta forma, a interferência da imprensa na opinião pública é visível, até porque em muitos casos a imprensa não conta com a verdade. Como no caso da "New york Times" que forjou um documentário sobre a Somália que vive em guerra Civil, a imprensa pagou um morador de um país vizinho "Nigéria" para se passar por um dos líderes dos grupos radicais que causam o caos e mortes de muitos moradores da Somália. Isto mostra que o texto de Lippmann estava certo quando afirmou que existe distinção entre a "notícia" e a "verdade", desde sempre a briga pela melhor notícia existe.
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