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A Análise Nubank - Experiência do Cliente

Por:   •  25/4/2022  •  Ensaio  •  856 Palavras (4 Páginas)  •  186 Visualizações

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Durante os séculos XIX e XX, a Política Externa brasileira se desenvolveu baseada no status quo da época, sempre baseada nos nossos maiores parceiros econômicos. Passando pelo alinhamento europeu, no primeiro quarto do século XIX, até a Política Externa Independente no período de 1961 até 1964.

Após a proclamação da independência em 1822, o Brasil alinhou-se com os países europeus devido à nossa economia primária e todo o contexto colonial. A economia do Brasil colônia era baseada na produção agrícola de larga escala sempre exportando café e cana de açúcar, o que enfraquecia a pequena indústria brasileira. O Brasil exportava produtos primários e importava a grande maioria dos produtos industrializados, criando uma enorme dependência ao mercado europeu.

Durante o quarto final do século XIX, o Brasil transfere grande parte das suas exportações de café para os Estados Unidos mediante a crescente demanda americana. Este movimento garante aos americanos uma grande influência na economia e na sociedade brasileira já que o Brasil recebia muito capital americano. Esta influência é evidente na Proclamação da República em 1889, já que este modelo é inspirado na sociedade americana de Thomas Jefferson. A dependência brasileira em relação aos americanos é crescente e o que resulta em uma “relação especial” entre as duas nações durante a administração Rio Branco.

Esta “relação especial” não impede Getúlio Vargas de implementar a chamada “equidistância pragmática” dentro da temática da Segunda Guerra Mundial. A “equidistância pragmática” gerou benefícios ao Brasil junto aos americanos. Os americanos injetaram capital na economia brasileira em troca de um esforço de guerra por parte do Brasil. Neste contexto, a FEB, Força Expedicionária Brasileira, foi enviada para combater o Eixo na Itália, além do Brasil ceder bases aos americanos no nordeste do país que facilitavam o envio de suprimentos para os Aliados oriundos dos EUA.

Durante a Segunda República, tivemos um retorno do americanismo ideológico por parte do presidente Dutra (1946-51) no qual fora estabelecido o cenário anterior a Vargas. O modelo de política externa de Dutra é rompido com o retorno de Vargas, entretanto, com a sua morte, Café Filho (1955-56) restabelece o americanismo ideológico. Juscelino Kubitschek (1956-61), baseado em seu modelo de Tripé Econômico, busca capital estrangeiro para financiar o desenvolvimento da economia brasileira. Este projeto de desenvolvimento distancia o Brasil parcialmente do americanismo ideológico de Dutra.

Ao fim do mandato de Juscelino Kubitschek, João Goulart assume e estabelece uma política externa independente baseada em três fatores: manutenção da paz mundial, o desenvolvimento brasileiro através da instrumentação da política externa e o desenvolvimento socioeconômico global.

Neste período de 1961 a 1964 no qual a PEI é instaurada o mundo vive um dos momentos mais tensos da Guerra Fria. Tendo visto a demonstração do poder atômico americano e sabendo que os soviéticos também possuíam o mesmo poder, o mundo conhece um momento inédito. Qualquer guerra direta entre as duas superpotências poderia resultar na destruição global e por este motivo o Brasil se coloca como player global na manutenção da paz. As medidas tomadas pelo Brasil para que a paz fosse mantida foram através de mecanismos multilaterais como a ONU e outros. Estes mecanismos garantiam voz e relevância aos países subdesenvolvidos que em sua grande parte pertenciam ao bloco dos países não alinhados ao status quo de bilateralidade atrelado aos americanos e soviéticos.

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