O ciclo do contato: temas básicos na abordagem gestáltica
Por: valeriapp2019 • 14/10/2019 • Resenha • 706 Palavras (3 Páginas) • 275 Visualizações
RIBEIRO, Jorge Ponetano. O ciclo do contato: temas básicos na abordagem gestáltica. 2. ed. ver e ampl. – São Paulo: Summus, 1997.
Por Alaides Nunes Franco
O contato entre as pessoas vai além de uma conversação. Buscar conhecer o desenvolvimento da personalidade humana, vai muito além de simplesmente obter um convívio pessoal, cada ser humano tem sua personalidade, suas influencias, seus limites, seu fortalecimento, bem como a derrota de eu. O contato e o bloqueio que ocorrem entre as pessoas é fundamental na sociedade, desta forma, entender a diferença da aplicabilidade das técnicas psicológicas para lidar com cada situação é muito importante, pois saber relacionar e definir metas para quebra do bloqueio faz parte do desenvolvimento profissional do psicólogo.
Quando cita-se a questão do bloqueio de contato refere-se a questão da fixação, dessensibilização, da deflexão, introjeção, projeção, proflexão, retroflexão, egotismo, confluência. Desta forma, podemos definir que para cada bloqueio de contato é uma forma de cura. Porém para que os mesmos sejam trabalhados em cada tipo deve-se ter o mínimo de conhecimento da aplicabilidade do fator de cura. Novamente coloca-se a questão da aplicabilidade do fator de cura, quer dizer que é necessário ter o conhecimento do ciclo do desenvolvimento do problema, para que ter as atitudes corretas, da mesma forma de realizar a operacionalização as ações sobre tais bloqueios.
Muitos são os exemplos que podemos citar como a questão de um paciente com o problema de bloqueio de contato de introjeção, o qual tem como características a aceitação de tudo que o outro fala e faz, mesmo sendo contrario aos princípios que regem a pessoa, mesmo tendo o desejo de mudar determinada atitude, continua realizando a função de uma só forma, como se minimiza-se para o próximo. O fator cura deste bloqueio seria a mobilização, onde a pessoa passa a sentir a necessidade de exigir seus direitos, de ter sua opinião, suas escolhas, não ter medo de ser diferente.
Em relação ao exemplo citado acima, muitos são os casos diários que podemos observar a este respeito, interessante é que cada vez mais, por mais que o ser humano busque sua independência, tanto financeira, quanto profissional, sempre será submissa a algo, e o bloqueio sempre irá existir, podendo ser, de certa forma, controlado, mas existirá. Exemplificando novamente, um gerente de loja sempre será superior aos vendedores, por mais que tenha o melhor vendedor, ágil, comunicativo, criativo, este terá que submeter-se a exigências impostas, por mais que realize um trabalho surpreendente, irá ser submisso. Neste caso a psicologia entre como forma, não de aceitação do fato, mas de compreensão das funções, pois a partir do momento que uma pessoa é responsável pelo sucesso de varias pessoa deve haver o consentimento, a troca de informações e experiências, passando desta forma a curar o bloqueio de que o outro é melhor do que eu, pois eu posso ser igual ao outro, basta eu querer.
Desta forma o trabalho do psicólogo no conhecimento operacional de cada ciclo traz um grande diferencial para a compreensão e busca da solução do problema. É necessário que o profissional busque detalhadamente cada fato para que possa chegar ao diagnostico correto, e automaticamente ao devido fator de cura.
Todo processo psicoterápico deve ter um planejamento, seguir o passo a passo para se chegar ao diagnostico é fundamental, pois é a partir do conhecimento que pode-se determinar qual processo seguir, onde focar, se na retirada, ou fluidez, ou ainda na sensação ,consciência, mobilização, se na ação ou na interação, no contato final, na satisfação ou na retirada, ter o conhecimento de cada parte deste ciclo é fundamental, para obter-se a percepção da aplicação da ação para o processo da quebra do bloqueio de contato.
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