A Filosofia: Antropologia e Ética
Por: Luiz Campos • 14/11/2018 • Resenha • 826 Palavras (4 Páginas) • 217 Visualizações
Filosofia: Antropologia e Ética
Matrix – 1999
O filme se passa no ano de 2199, onde a Terra fica devastada devido a guerra entre os humanos e a sua invenção (as inteligências artificiais). A humanidade não consegue vencer, e então, como última medida, eles bombardeiam o céu, bloqueando a energia solar da qual as IA’s dependiam. As máquinas acabam descobrindo que o corpo humano pode substituir a função do sol e então escraviza os humanos derrotados, transformando-os em verdadeiras baterias vivas.
Matrix conta a história de Neo, um programador e hacker, que é contatado através de um sonho por Morpheus, que acredita que ele é o escolhido para libertar a humanidade. Trinity (que trabalha com Morpheus) leva Neo até ele, que então oferece à Neo duas escolhas: uma a pílula azul “A história acaba, e você acordará na sua cama acreditando no que quiser acreditar.” e a pílula vermelha “Você continuará no País das Maravilhas – uma menção ao diálogo anterior: “Você agora deve estar se sentindo como a Alice no buraco do coelho” – e te mostrarei até onde vai a toca do coelho” ou seja, você conhecerá o verdadeiro mundo exterior. Ele escolhe a pílula vermelha.
Agora Neo, que é um tipo de Messias, descobre estar vivendo numa mera simulação da realidade. Esse universo virtual é chamado de “Matrix”, que é a relação entre a realidade e ilusão - o principal foco do filme. Tudo que Neo conhecia como realidade é somente um sistema criado por uma inteligência artificial e com pouca semelhança a vida real. Podemos assimilar essa ideia ao “mito da caverna”, de Platão. Ele diz que existia um grupo de seres humanos vivendo numa caverna desde a infância, com as pernas e os pescoços presos por correntes, de forma que a única coisa que podem ver são as sombras do exterior, através da luz do Sol e das fogueiras. Como estavam presos, eles julgavam que aquilo era a realidade (o que na verdade é uma compreensão bastante limitada), até que uma das pessoas consegue se libertar e conhecer o verdadeiro mundo exterior.
Neo, Morpheus e Trinity viajam entre as dimensões – a real e virtual. Eles têm a habilidade de se transportarem para qualquer local ou instante da realidade virtual, apenas com o uso da tecnologia e o poder da mente. O corpo físico permanece no mundo real, mas a mente retorna a “prisão”. Em um primeiro momento dentro do universo virtual, Neo é convidado a conhecer a Oráculo, que tem a capacidade de prever os acontecimentos do dessa dimensão. Ela diz que ele não é o escolhido e também que ele tem o "dom", mas parece estar à espera de alguma coisa, talvez da "sua próxima vida". Dentro desse universo existem também os agentes, que são programas de computador superinteligentes destinados a proteger a Matrix, e, dentre eles está o antagonista principal – Agente Smith, que tenta de todas as formas matar Neo, evitando assim que ele e os outros seres humanos “acordados” cumpram objetivo, que é destruir a Matrix e desestabilizar o sistema, vencendo de vez as máquinas que dominam essa dimensão. A frase utilizada pela Oráculo (citada acima) serve apenas para que Neo acredite em seu próprio potencial e cumpra a profecia.
Podemos notar em cada personagem uma característica específica. Neo é o "Messias", o “escolhido”, pois ele, depois de longo processo de busca e aprendizagem, consegue encontrar a sua luz, ou seja, compreende o conhecimento e evolui a partir disso, desde o seu corpo e habilidades até os seus valores e a sua liberdade de escolha.
Morpheus é a figura de conhecimento, aquele que guia e aponta os caminhos a serem trilhados, que é um papel do filósofo, despertando a nossa curiosidade e a busca do conhecimento.
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