O Sartre e o Ateísmo
Por: Victor Hugo • 18/9/2022 • Resenha • 704 Palavras (3 Páginas) • 92 Visualizações
Victor Hugo Rodrigues Machado RA: 2104660
Questão 4:
Como o autor descreve no texto a técnica moderna tem um impacto direto na ética, diferente do pensamento na Antiguidade de que o humano não tinha um grande impacto na natureza, a ética antiga pertencia ao domínio interno do convívio nas cidades e a moral tinha alcance espaço-temporal limitados no dia-a-dia do humano e suas relações diretas, enquanto a natureza era constante e o humano não conseguia impactar diretamente nela, pois era muito pequeno comparado ao tamanho do mundo que lhe cercava, as ações humanas a longo prazo caiam no acaso da natureza, esta que por sua vez tendia a uma constância de estado em equilibro. Porém quando as técnicas modernas trouxeram ao humano o poder capaz de influenciar todo a biosfera do planeta uma nova ética deve surgir, pois a ética antiga não englobava situações em tamanha escala como a industrialização moderna. Já que a biosfera do planeta está sob domínio humano e que o humano está inserido nela, logo a ética deve englobar essa preocupação com a natureza em si, pois a ação humana impacta na natureza como um todo e esse impacto volta para os indivíduos que habitam nela, humanos inclusos, e se a ética pretende englobar as relações humanas, então as relações do humano com a natureza devem estar inclusas também.
A evolução técnica produtiva do ser humano tornou-se um fim em si mesma na modernidade, ela se apresenta tanto como um meio para se atingir grandes feitos, como sua realização sendo um grande feito também, sendo essa evolução inserida no objetivo do ser humano moderno, tanto coletivamente, quanto individualmente. E sendo o objetivo e meio, é, portanto, o espaço no qual a ação humana é realizada, e estando inserida a produção técnica na ação humana, logo a moral também deve se importar com a técnica. O autor defende que para essa nova ética e moral serem aplicadas no ambiente técnico são necessárias políticas públicas que abordem essas novas questões, sendo assim determinado o papel da política dentro dessa situação.
Outra questão abordada pelo autor foi a da ideia de manter o mundo habitado para futuras gerações, sendo essa premissa amplamente aceita como uma premissa na visão dele, logo seria também um dever da ética abranger essa manutenção da natureza para os humanos do futuro. Essa preocupação se estende quando é abordado o tópico de como o ser humano se tornou também objeto da evolução técnica, pois com o desenvolvimento da biologia, o antigo princípio da mortalidade humana parece estar mais distante, porém com o advento de pessoas vivendo cada vez mais, como a humanidade lidaria com a superpopulação? Em um caso extremo o autor propõe a abolição da procriação, mas enfatiza que isso iria por acabar com novas possibilidades advindas, principalmente, com o maravilhamento de novos humanos com o mundo, sendo o ciclo de vida e morte um dos motores da humanidade. Outra possibilidade da biologia abordada pelo autor com um impacto ético é o controle do comportamental indivíduo, que, se implementado, reduziria a dignidade do indivíduo transformando-o em uma espécie de máquina. Como último questionamento em frente a biologia, o autor traz a manipulação genética e questiona as consequências na evolução humana das futuras gerações e o que seria o responsável por ditar os modelos genéticos alvos.
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