Resumo - Compreender platão de christophen rogue
Por: Igor Aciole • 10/7/2019 • Trabalho acadêmico • 787 Palavras (4 Páginas) • 251 Visualizações
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Universidade Federal De Campina Grande
Centro De Humanidades
Unidade Acadêmica De História
Curso De História
Disciplina: Teoria Da História
Discente: Igor Aciole Souza
Resumo
Campina Grande, 2 De Maio de 2019
Compreender Platão – Christophen Rogue
“Bem falar e falar bem” é um dos capítulos que compõe a obra “Compreender Platão”, escrita por Christophen Rogue e publicada no ano de 2002. O texto é composto por questões como: o discurso e a teoria das formas, a palavra, a democracia e os discursos ilusórios, e a política como técnica. Antes de mais nada para a compreensão do dito “bem falar e falar bem” que traz à tona uma cadeia de críticas aos sofistas, é preciso compreender a teoria das formas, que consiste no eixo principal do pensamento do filósofo. Para Platão, existem dois mundos, o mundo sensível (aquele que vemos e que acreditamos ser o mundo real) e o mundo das ideias (o mundo real de fato). Enquanto que no mundo sensível tudo muda e nada é fixo, no mundo das ideias temos as formulas perfeitas de todas as coisas que existem no mundo sensível. Para exemplificar o seu pensamento podemos recorrer ao clássico exemplo das cadeiras, ainda que no mundo sensível possa existir uma infinidade de cadeiras diversificadas em muitos aspectos, costumamos nomeá-las todas de “cadeiras”, para o filósofo, isso acontece pois, apesar da existências de diversas cadeiras distintas entre si, estas parecem compartilhar de uma essência, isto é, de uma ideia perfeita de cadeira. Desta forma, no mundo sensível não temos os objetos em si, em sua condição real, mas suas aparências, objetos esses que podem se aproximar mais ou se aproximar menos da sua forma perfeita.
Dito isso, passaremos para “a palavra” para Platão. Platão pontua que uma vez que a respeito de um determinado objeto podemos dizer algo e o contrário desse algo, logo então, as palavras não correspondem ao ser, há pois, uma barreira entre aquilo que se é dito e o objeto sobre o qual é falado. Essa conclusão leva o filósofo a concluir que na medida que o logos não está ligado ao ser, a linguagem pode ser utilizada como um instrumento de persuasão para se atingir determinados fins. Assim, abre espaço para que certos indivíduos utilizem-se dos discursos de aparências para obtenção de determinadas finalidades, resultando na produção de um falso saber. É nesse ponto que os sofistas recebem diversas críticas de Platão, que os acusam de produzir discursos das aparências, estes que apesar de agradarem aos ouvidos de muitos, não são capazes de dizer nada, uma vez que não atingem o ser. É a barreira entre a palavra e o ser que conduzirá a tarefa de Platão, em outras palavras, o filósofo procurará a aproximação do “bem falar”, isto é, o discurso sobre o ser, e denunciará o “falar bem”, que consiste nos discursos das aparências, tal como os produzidos pelos sofistas.
Na medida em que os sofistas consideram a distinção entre o verdadeiro e o falso infundada, eles acabam abrindo espaço para um relativismo exacerbado, onde todos os discursos são verdadeiros. Para Platão, o ser e o logos que o emite não podem ser se não um, é então daí que Platão vai confrontar arduamente a teoria do homem medida, a qual dar base para os sofistas. Neste cenário, é exposto o exemplo clássico do vinho: suponhamos que dois homens bebam o mesmo vinho, estando um doente, e outro saudável, o primeira considera o vinho amargo ao mesmo tempo que o segundo o considera doce. Quem estaria dizendo a verdade? É nesse ponto que Platão vai bater, visto que, para ele, se todos os discursos são verdadeiros, não há mais verdade. O que acaba colocando os relativistas numa posição delicada, uma vez que para se defenderem precisaram recorrer a determinadas assertivas.
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