A Observação Como Prática Pedagógica No Ensino De Geografia

Análise de Artigo 3: A Observação como Prática Pedagógica no Ensino de Geografia

          O contexto abordado no artigo é de fundamental importância para reflexão constante sobra a prática pedagógica no ensino da Geografia. Sobre o exercício permanente da observação, entende-se ser essencial para relacionar a teoria com a prática. O ato de observar é fundamental para analisar e compreender as relações dos sujeitos entre si e com o meio em que vivem.

          Os PCN’s da disciplina de geografia demonstram que esses, enfatizam conteúdos essenciais, preocupados com a conduta da escola em relação a abordagem desses conteúdos. Essa abordagem ressalta, o grande valor da observação, por meio de investigações e análises de espaços físicos, das ações pedagógicas e as metodologias de ensino adotadas pelo professor de geografia, bem como a concepção dos alunos.

          Contextualizar o conteúdo da geografia, com a realidade e tornar a aula interessante para os alunos ainda é um desafio para muitos professores, porém com base no diálogo entre fundamentação teórica e as experiências vivenciadas, tendo como base a prática da observação pedagógica, abre-se um vasto caminho para trabalhar as diversas relações sociais e um enorme leque de problemas e possibilidades que precisam ser trabalhadas e superadas pelo professor.

          Esclarece-se que “observar tem o mesmo sentido de conservar-se diante do observado, considerar atentamente uma coisa a fim de conhecê-la melhor”. Foulquié (apud Aragão e Silva, 2012.).  Dessa forma, a observação não se torna um ato vago, algo que não possua finalidade e sentido pedagógico e sim um instrumento de análise crítica sobre determinada realidade.

          Pode-se dizer que a prática de observação nos leva a uma percepção mais profunda acerca das complexidades existentes no cotidiano escolar e na própria prática docente, abrindo um espaço de reflexão em torno dos principais temas que norteiam a educação, sendo essa prática, uma construção de autonomia intelectual para o aluno, possibilitando o conhecimento desse cotidiano, das metodologias utilizadas, da organização pedagógica e, especialmente, dos principais desafios que norteiam a disciplina de geografia na escola.

          Principalmente no que se refere aos anos iniciais, a geografia precisa ser apresentada, enquanto uma ciência capaz de desenvolver nos alunos o senso crítico de quem se propõe a executar uma leitura reflexiva do espaço geográfico e seus fenômenos (ARAGÃO e SILVA, 2012). Neste sentido, a geografia se caracteriza como uma disciplina essencial no currículo da educação básica, deve-se utilizar diferentes metodologias de ensino para a formação deste indivíduo, para que o mesmo compreenda sua totalidade e em cima disso dar início a construção de sua própria prática.

          É necessário, antes de tudo, reformular as ideias para aprender a observar, as ideias são frutos da percepção da realidade e esta é resultado da observação, pois ainda existem práticas denominadas  ensino/aprendizagem que na verdade são aprendizagens memorísticas, onde em determinados momentos observa-se a utilização de metodologias que relacionam aprendizagens com as experiências, com os fatos e com os objetos do real, ou seja, relacionam os conhecimentos novos com as aprendizagens anteriores, e em outros momentos as metodologias geram nos alunos uma orientação passiva tornando os esforços posteriores mais difíceis de orientá-los para a compreensão. Devido a isso defende-se que a observação é um poderoso instrumento metodológico para ensinar/aprender Geografia, validando a ideia de que o ato de olhar também revela o que está além do visível.