Os Jovens Infratores: Fatores Que Os Arremetem A Violência E Criminalidade No Municipio De Senhor Do Bonfim

JOVENS INFRATORES: FATORES QUE OS ARREMETEM A VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE NO MUNICIPIO DE SENHOR DO BONFIM.

Senhor do Bonfim – BA 2022

JOVENS INFRATORES: FATORES QUE OS ARREMETEM A VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE NO MUNICIPIO DE SENHOR DO BONFIM.

Senhor do Bonfim – BA 2022

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO ..........................................

2. REFERENCIAL TEÓRICO – REVISÃO DE LITERATURA..............................

2.1 Violência Enraizada na História..................................................................

2.2 Violência x Criminalidade............................................................................

3. JUSTIFICATIVA...............................................................................................

4. OBJETIVOS.....................................................................................................

4.1 Geral .........................................................................................................

4.2 Específicos................................................................................................

5. METODOLOGIA DA PESQUISA.....................................................................

6. CRONOGRAMA ..............................................................................................

REFERÊNCIAS................................................................................................

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO

A proposta desse trabalho é desvendar os fatores que desencadeiam a criminalidade por parte de jovens infratores no contexto atual. Exercendo o papel de evidenciar os abusos que essa vida marginalizada traz, suas consequentes frustrações e perigos que afeta a sociedade de forma negativa, demostrando uma situação psicossocial compreendendo as diferentes dimensões psicológica e social do indivíduo, abordando leis, estatutos e projetos relacionados com tal flagelo social.

Delimitado ao público adolescente entre doze e dezoito anos de idade, uma vez que esse grupo se torna saída para frustrações e conflitos pessoais com causas diversas ,seja: família mal estruturada, más amizades e até a rebeldia proveniente da puberdade, os direcionando a serem usados por grupos criminosos ou facções, que se aproveitam da fragilidade desses jovens de estar fazendo parte de algo, trazendo patologias para seus sonhos, prometendo a vida perfeita que eles nunca conseguirão para si, concomitantemente, com a escolha do mundo criminoso dá-se passo a um caminho sem volta.

Perante situações que crianças e adolescentes estejam envolvidas, um estatuto com construção coletivo prevê normas de proteção da juventude determinando direitos e garantias fundamentais. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), deixa de lado a distinção de raça, classe sociais ou qualquer forma de descriminação, modificando a imagem de jovens como objetos e os transformando em seres sujeitos de direitos, a Lei n.º 12.594, de 18 de janeiro de 2012, é a lei que traz embasamento para ações de reabilitação de jovens que cometem infrações.

O Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), regulamenta medidas de penalização a atos praticados por adolescentes, chamadas de medidas socioeducativas, maneira de comprometer o jovem com sua atitude errônea, buscando assim, reabilitação, direcionamento adequado e integração dos jovens na sociedade; desta maneira, consequentemente, sua melhora como cidadão integrador.

Esses temas serão abordados por serem de extrema importância para entender a realidade da sociedade em atual formação, a partir dessas perspectivas vamos demonstrar a situação frágil social, em que essa parcela imatura por não estarem vinculados a instituições; família, igreja, escola, acabam por si culminando mais facilmente em comportamentos desviantes, fazendo uma reflexão se a falta ou ausência de grupos é um fator primário de conversão?

Diante disso, iremos citar também os pontos positivos e negativos de políticas integradoras, de sistemas que muitas vezes falham em cumprir seu papel em uma população que já é necessitada de atenção em todas as áreas. Buscar a integração de jovens infratores em sociedade, visualizar a equipe multidisciplinar que participa da reabilitação, cuidado e integração em sociedade, compreendendo a atuação do ECA nas diversas esferas de atendimento e escuta a comunidade mais nova.

Nossa problemática consiste em criar uma visão humanizada dos aspectos que levam esses adolescentes a vida criminosa, dando importância a sua característica social, psicológica e habitacional, desvendando os motivos e razões que movimentam a taxa de criminalidade muito presente no Brasil, que vem tendo um fortalecimento precoce entre jovens. Faremos uma conexão entre fatores atuais como desemprego, educação, habitação, baixo orçamento para políticas públicas e programas sociais, com o aumento da criminalidade juvenil.

1. REFERENCIAL TEÓRICO – REVISÃO DE LITERATURA

1. Crime e Violência no Brasil

A violência, é um caráter antigo mesmo entre diversas raças e diversidades, sempre se fazendo presente em épocas e locais variados desde o humano pré- histórico com hábitos de caça, pesca e principalmente com sua vida nômade, pouco depois o homem passou a se tornar sedentário, com o desenvolvimento de técnicas agrícolas, domesticação e criação de animais, culminando em disputas por alimentos e territórios. Em seu livro: História dos crimes e da violência no Brasil, Mary Del Priori e Angélica Müller, se indagam se a violência cresce ou se nossa sensibilidade a perceber é o que se modifica, criando uma projeção se a fúria antiga é diferente dá atual.

Lado escuro da alma brasileira: a prática da violência em nome da ordem, da moral, da religião (...) enfim, da própria segurança nacional. (...). Como nos tempos bárbaros da escravidão, o brasileiro pode matar, torturar, linchar. Quando não o faz diretamente, muitas vezes justifica e aprova.

(Benevides, 1983)

No Brasil, a violência que se manifesta no cotidiano dos brasileiros, atualmente, tem a sua origem nas relações sociais estabelecidas pelos colonizadores em estragos para os indígenas, africanos, judeus e brancos pobres, no período em que o Brasil era colônia dos europeus (1540-1822), nessa conjuntura a violência se destaca com extermínio indígena, racismo, escravidão e captura dos