RESENHA CRITICA DO LIVRO “MORAES, Antonio Carlos Robert. Território e História no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2002”
Por: Marcos Santos • 21/11/2019 • Resenha • 1.750 Palavras (7 Páginas) • 863 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA – CEAD[pic 2][pic 3]
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA GEOGRAFIA
DISCIPLINA: Organização Espacial do Brasil [pic 4][pic 5]
Professor Formador: Prof. Wellington Vieira
RESENHA CRITICA DO LIVRO
“MORAES, Antonio Carlos Robert. Território e História no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2002”
FRANCISCO DANIEL ALBUQUERQUE E SILVA
FRANCISCO DA SILVA BEZERRA
FRANCIVALDO RAIMUNDO DE SOUSA
MARCOS ANTONIO COSTA DOS SANTOS
[pic 6]
NOVEMBRO- 2019
FRANCISCO DANIEL ALBUQUERQUE E SILVA
FRANCISCO DA SILVA BEZERRA
FRANCIVALDO RAIMUNDO DE SOUSA
MARCOS ANTONIO COSTA DOS SANTOS
RESENHA CRÍTICA
Resenha Crítica apresentada ao curso de Licenciatura em Geografia – Buriti dos Lopes - PI, como requisito parcial para a aprovação na disciplina Organização Espacial do Brasil, sob a orientação do
Professor Wellington Vieira
BURITI DOS LOPES
2019
TERRITÓRIO E HISTORIA NO BRASIL
RESENHA CRITICA
:
“MORAES, Antonio Carlos Robert. Território e História no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2002”
O livro do autor Antonio Carlos Robert Moraes “Território e História no Brasil”, ressalta a história do espaço territorial do Brasil, as ideologias geográficas, as políticas territoriais e o espaço brasileiro. Está dividida em nove capítulos: Geografia, História e História da Geografia; Geografia Humana como História Territorial; Estado e Território numa Perspectiva Histórica; Formação Colonial e Conquista de Espaço; O Estado Territorial no Contexto Periférico; Ideologias Geográficas e Projetos Nacionais no Brasil; Geografia Política e História da Geografia no Brasil; Formação territorial e Políticas Ambientais no Brasil e Território, Globalização e Periferia.
O sexto capítulo “Ideologias Geográficas e Projetos Nacionais no Brasil” de seu livro, Moraes explana que nos países de formação colonial a dimensão espacial era adquirida através da sua explicação de suas dinâmicas históricas, pois sua colonização era um processo de relação entre a sociedade e o espaço, onde a uma sociedade se espante assim implicando a apropriação da terra e a submissão das populações. Onde a colônia representa a consolidação desse domínio, resultando assim a conquista territorial.
Moraes ainda esclarece que muitas das determinações coloniais permanecem vigentes mesmo após o processo de emancipação política de tais países, No caso do Brasil a manutenção do escravismo como relação de produção básica atesta sua afirmação e que na formação brasileira todos os condicionantes da sua conquista espacial mantêm-se marcado pelo domínio de vastos fundos territorial. Assim sofrendo influência dessa característica no seu processo de independência.
Para o autor com a consolidação da emancipação política as elites brasileiras, iniciou a instalação do novo Estado, com um vasto território dotado de amplas reservas de espaço ainda não ocupados pela economia agora nacional e de população relativamente pequena e clivada pela escravidão. O autor relata que a ideia de construir um país atua em primeiro lugar como elemento de coesão entre as próprias elites, criado um projeto nacional comum, com a construção do país como obra coletiva de interesse geral, não só pesando em projetos locais e regionais. Em segundo lugar, Moraes cita a ideia de se construir o país legitima plenamente a ação do Estado, onde o Estado será o guardião da soberania e o construtor da nacionalidade (povoamento do país).
Moraes explica que logo após esse período, a visão do país como território tem agregado um novo componente dado pelo recorte regional, fazendo parte da pauta dos debates políticos das elites, adquirindo status de agentes coletivos de interesses ou mesmo de ator político, onde o processo de regionalização acaba por desempenhar funções ideológicas bastante eficazes. O autor finaliza o capitulo ressaltando que cabe constatar que a política brasileira em sua conjuntura recente, pela primeira vez pensada sem seu território acabou por gerar níveis de conflitos institucional interno de grande significado, que revelaram graves fissuras no pacto federativo vigente, entre elas a o uso de solo e a utilização dos recursos naturais.
Neste sétimo capítulo “Geografia Política e História da Geografia no Brasil” o autor afirma que a geografia humana está inserida dentro da geografia moderna e que esta, se originou no contexto de afirmação nacional dos Estados europeus, desenvolvendo exatamente nos países que viveram dificuldades nesse processo. Onde a plena superação da fragmentação feudal e da legitimidade dinástica implicava a construção simbólica de novos laços de coesão social da forma estatal de dominação social. Onde nesses países as representações espaciais fornecem um elemento de referência negado pela história, colocando assim a discussão geográfica no centro do debate ideológico e a partir daí as teorias e conceitos da geografia moderna se difundiram pelo mundo.
Moraes ressalta que no século XX, o trabalho geográfico não foi de criação, mas de apropriação e sistematização dos conceitos e teorias até então restritos ao uso interno dos próprios aparelhos. Assim dizendo que os geográficos “pedagogizaram” a ótica da identificação pela localização espacial e com essa visão da geografia, que terá o aparelho escolar como veículo básico de divulgação. O autor esclarece que nesse sentido, seria ilícito aventar que em tais países a geografia como comunidade acadêmica e como disciplina escolar deveria manifestar um desenvolvimento rápido e pleno, onde seria sustentável a hipótese de a centralização da dimensão espacial nesses países vir acompanhadas de uma valorização explicita da geografia, o que resultaria em forte institucionalização deste campo no contexto periférico.
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