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Resumo do Texto Gorgias, de Platão

Por:   •  24/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.118 Palavras (5 Páginas)  •  325 Visualizações

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Resumo do Texto

O texto Górgias, de Platão, dá enfoque na conversação entre os filósofos Sócrates, Górgias, Querefonte, Cálicles e Polo. Nesta obra, Platão descreve um diálogo dos filósofos que inicialmente tem como tema a retórica, visto os questionamentos de Sócrates sobre qual arte Górgias domina. Sendo assim, a conversa tem como princípio o interrogatório criado por Sócrates á Górgias sobre a natureza da arte dos discursos.

 Ao considerar a si mesmo um excelente orador e disposto a responder a qualquer pergunta, Górgias é interrogado por Sócrates acerca de sua arte, que segundo ele, é a arte dos discursos e da persuasão, relacionada com os negócios humanos e ao justo e ao injusto.

Górgias afirma que sua arte se baseia fundamentalmente na persuasão e mesmo que não seja a única arte ligada a isso, como chega a concordar posteriormente com Sócrates, é esta utilizada em tribunais e demais assembleias. Górgias admite que a retórica é a arte que desperta crença e não o conhecimento, sendo assim, será de maior valor vista por ignorantes e não entendidos no assunto discutido do que por entendidos na matéria, no entanto, dá a enorme vantagem aos oradores em aconselhar acerca de qualquer temática, visto a propriedade com que falam sobre qualquer conteúdo diante de até multidões.

Como antes mencionado, Górgias relaciona sua arte com o justo e o injusto. Todavia, ao concordar que quem aprende algo fica sendo aquilo que o conhecimento o faz dele, assente que os oradores devem ser justos, e o justo nunca comete injustiças. Não obstante, Górgias também consente que um orador pode usar de forma injusta a retórica para benefício próprio, o que leva Sócrates a acusa-lo de contradição em suas palavras.

Polo insere-se novamente no diálogo a favor de Górgias e a arte que o mesmo defende. E por apelo de Sócrates, se dispõe a responder o que a ele for perguntado, no lugar de Górgias, como inicialmente oferecerá. Sendo assim, o diálogo passa a ser em torno de tais figuras.  

 

 

 

 

 

 

 

Polo toma o papel de Sócrates e o questiona acerca da retórica, perguntando o que acha desta técnica. Sócrates responde que não a considera arte, mas sim uma rotina cuja finalidade é produzir prazer e satisfação. Quando indagado em relação a sua beleza, afirma que a retórica está longe de ser bela, e que apenas necessita de um espírito sagaz e corajoso disposto naturalmente a lidar com os homens.

Por não se fazer entender, Sócrates é requisitado pelo próprio Górgias, para que explique sua opinião de forma mais clara. Desta forma, Sócrates utiliza-se da culinária como exemplo de uma prática que segundo ele, como a retórica, visa o prazer e não se preocupa com o bem, carecendo de razão e por isso tornando-se rotina e não arte.

Ao desenrolar da conversa, Sócrates com assentimento de Polo, também desenvolve seu pensamento a respeito do desejo do ser humano através das ações. Ele infere que um indivíduo não tem como vontade aquilo que faz, sua ação propriamente dita, mas o fim que tem em vista quando o fez. E acrescenta que todos os atos praticados pelas pessoas visam ter alguma utilidade e praticar o bem, mesmo que para benefício próprio.

Em seguida, o diálogo toma um novo rumo, agora sendo discutido as ideias de felicidade e infelicidade, justiça e a falta dela. A partir do momento que Sócrates apresenta sua visão em que o maior dos males é cometer injustiça, Polo se vê em desacordo, preferindo praticar injustiça a sofre-la, como Arquelau, governante da Macedônia, que comete diversas atrocidades porém segundo ele, se manteve feliz. No entanto, Polo admite acreditar que o justo é belo e injusto feio, e por esse viés cometer injustiça é mais feio e por conseguinte o pior dos atos. Ao fim Polo se vê obrigado a concordar com Sócrates que ninguém prefere cometer injustiça a ser vítima dela.

Com a mesma lógica que convence Polo, Sócrates também acrescenta que quem é punido com justiça, sofre o que é bom, tornando-se livre de seus males, mais prudentes e justos, desta forma, é necessário acusar a todos dignos de punição por cometerem quaisquer injustiças para que se libertem deste mal.

 

 

 

 

 

Cálicles então é introduzido ao diálogo e logo critica a postura de Sócrates em relação a sua discussão com os oradores anteriores, afirma que expõe seus argumentos de forma vulgar e indecorosa e alterna lei e natureza para conduzir suas discussões forçando os demais a acanharem-se e encontrarem-se em contradição. Também compara o filósofo e seus discursos com os feitos por oradores populares ao passo que Sócrates acusa Cálicles de ser volúvel no que diz respeito às suas opiniões.

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