Teoria do poder marítimo

Resumo: A disputa dos mares entre Holanda e Inglaterra: a construção do poder naval segundo a perspectiva de Mahan

Referência: TELLECHEA, Rodolfo Carvalho. SILVA, Thaísa Bravo-valenzuela. ORMOND, Yesa Portela. Revista Geopolítica, Natal – RN, v. 3, n°2, p. 239 – 247, jul./dez. 2012.

                 O presente texto trata a respeito da constituição do poder naval na visão de Mahan, na qual os países analisados foram Inglaterra e Holanda. Onde, a partir do capitalismo mercantil um dos focos principais eram as rotas comerciais, dessa forma, quem mantivesse o controle das rotas de comércio possuiria a capacidade de estabelecer certa hegemonia, tanto regional como mundial.

Alfred Thayer Mahan é considerado um dos grandes teóricos da Geopolítica que se dedicou a analise do poder naval. Este concluiu que o mar é um fator decisivo para o desenvolvimento como também para a ruína dos impérios. Baseando-se em Jomini o mesmo utiliza do “princípio da concentração” no qual deve ser aplicado nas frotas e no poder de fogo para que o poder naval possa atingir êxito e poder se afirmar como tal.

O conflito entre Inglaterra e Holanda se deu por conta do avanço inglês perante o comércio europeu, o que fez com que a Holanda intensificasse a proteção do seu comércio.  Espanha e Portugal deram início à expansão marítima europeia, contudo, sucumbiram e cederam lugar a França, Holanda e Inglaterra, que apesar do avanço tardio, utilizaram fatores geográficos, econômicos e políticos a seu próprio favor.

A partir da criação da Companhia das Índias Orientais foi possível notar o alto crescimento da Holanda, já que a mesma não alcançou muito sucesso no Ocidente. No entanto, os lucros arrecadados através da Companhia fizeram com que a Holanda se tornasse um grande centro financeiro, porém,  os posteriores maus investimentos fizeram com que a mesma fracassasse. Enquanto que a Inglaterra uniu monarcas e burgueses com a intenção de aumentar seu crescimento perante as explorações.

As razões pelas quais a Inglaterra se destacou perante a Holanda foi pelo fato dos ingleses estabelecerem suas colônias de forma articulada e alcançaram um desenvolvimento frenético, além da Inglaterra ter sido uma das primeiras a passar pelo processo de industrialização. A Revolução Industrial foi um marco para a expansão econômica inglesa que fez com que a mesma fortalecesse seu poderio naval. Vale ressaltar que não houve conflitos diretos entre Holanda e Inglaterra. E apesar do incremento naval inglês não houve abandono da produção interna ao contrário da Holanda.

Ao final do texto é enfatizado que apesar da importância do poder naval este não deve ser o único modo a ser aplicado. Portanto, o que caracteriza o sucesso de um Estado são as formas com que este repassa valores, hábitos, crenças, idioma, conforme fez a Inglaterra, além da forma coerente de utilizar o poder brando.

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   Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Pará- IFPA

   Curso: Licenciatura em Geografia

   Disciplina: Geopolítica

   Docente: Tiago Veloso Dos Santos

   Discente: Alana Glenda Amador        Matrícula: 20180834154

                                                                Belém 2018

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