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A IMPORTÂNCIA DA VIDEOAULA NO ENSINO DE MATEMÁTICA

Por:   •  12/5/2017  •  Abstract  •  4.085 Palavras (17 Páginas)  •  263 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Orientador – Prof. DSc. Vicente Eudes Veras da Silva (Universidade Estácio de Sá)

A IMPORTÂNCIA DA VIDEOAULA NO ENSINO DE MATEMÁTICA Adriano Antunes Moraes dos Santos

Curso de Licenciatura em Matemática

RESUMO

O presente artigo é um trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Matemática. Os objetivos principais foram analisar a importância das novas tecnologias informáticas na educação e, mais especificamente, a aplicação de videoaulas no ensino de matemática básica. Foi realizada pesquisa bibliográfica em autores de referência no estudo das novas tecnologias e da educação matemática, um estudo de caso sobre produção e divulgação de videoaulas de matemática pela internet e a analise de outras pesquisas acadêmicas também na área da aplicação de recursos audiovisuais no processo de ensino-aprendizagem. Os resultados apontam para possíveis aplicações da informática em sala de aula além da possibilidade de autoavaliação docente através da análise de gravações em vídeo.

Palavras-chave: novas tecnologias, informática, videoaulas, educação matemática.

Rio de Janeiro

2016


1 INTRODUÇÃO

A tecnologia digital transformou de vez as relações entre as pessoas, as instituições, o conhecimento e a própria tecnologia. Os diversos recursos tecnológicos, mídias e formas de linguagem (textual, audiovisual, icônica) fazem com que se perca a noção da dimensão do conhecimento acumulado até aqui, e a velocidade em que tudo se transforma e é transmitido não  permite  acompanhar  passo-a-passo  esses  movimentos.  Levy  (1993)  afirma  que  a interfaces das redes de informação são constantemente reconfiguradas a cada nova técnica. A educação também já está totalmente transformada. Os sistemas de ensino reconhecem que o espaço de aprendizagem já não é mais apenas s sala de aula e o laboratório. O mundo interconectado é o novo ambiente dos processos de aquisição e produção de conhecimento.

Contudo, frente a tantos avanços tecnológicos e metodológicos na área do ensino, o Brasil  ainda  enfrenta  sérios  problemas  de  aprendizagem  desde  a  educação  básica  até  a superior.  Mas é no  nível  básico  que as  maiores  deficiências  no  ensino-aprendizagem  se manifestam. Mais especificamente no ensino de matemática, o cenário parece ainda mais desanimador. A disciplina de matemática já amarga uma fama generalizada de ser difícil e desinteressante. Muitos professores necessitam de aperfeiçoamento e os sistemas de ensino, sobretudo o público, carecem de mais investimentos. Diversas pesquisas, nacionais e internacionais, mostram que em geral a proficiência em matemática no Brasil é baixíssima, embora haja diversos casos de sucesso de alunos em avaliações e competições matemáticas, o que contribui  para a  visão  de que ela é para poucos  gênios.  Tem-se então um  desafio: compreender quais são os fatores que contribuem tão fortemente para o fracasso escolar e quais as ações ou transformações que se devem promover nas metodologias de ensino para combater essa situação.

É certo que a tecnologia digital é um possível recurso a ser utilizado. Há algumas aplicações importantes da informática ao cenário educacional: os softwares de simulação (como os de geometria dinâmica e as calculadoras científicas) e os diversos materiais publicados na internet e os cursos à distância. Mas como essa ferramenta pode ser inserida na rotina escolar? Os professores, não mais detentores do conhecimento frente aos alunos, têm lidado com essa nova realidade? Como estudantes podem utilizar a informática para estudar e aprender significativamente. E mais especificamente, quais podem ser as contribuições dessas novas tecnologias na educação matemática? Nesta pesquisa, analisaremos a possibilidade da utilização da videoaula como recurso didático complementar através de algumas experiências, sendo uma profissional e duas acadêmicas.


2 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO, O PENSAMENTO E O ENSINO-APRENDIZAGEM

2.1. A INFORMÁTICA E AS NOVAS FORMAS DE PENSAR

As novas tecnologias transformaram drasticamente não apenas os processos de armazenamento de dados e de comunicação, mas também a memória, as formas de aprendizagem e o pensamento de um modo geral. Levy (1993) faz uma análise detalhada dos impactos da informática no mundo atual, mostrando que a técnica não é apenas um instrumento,  mas  sim  mais  um  ator  dessa rede de  relações  entre homens,  tecnologias  e conhecimento. Utilizando o conceito de hipertexto, nos apresenta uma visão mais dinâmica dessas redes e suas configurações em constante transformação. Segue um breve resumo da relação entre as chamadas tecnologias da inteligência, o pensamento e a aprendizagem.

A oralidade primária, anterior à escrita, é a primeira grande tecnologia da inteligência criada pelo homem. Apoiava-se basicamente sobre a memória, sendo uma forma de estendê-la e preservá-la. O ensino oral dependia da capacidade de memória dos mais velhos para a transmissão de conhecimentos aos mais novos, e da capacidade auditiva destes.

Com o surgimento da escrita, a ciência e a tecnologia se desenvolveram largamente. O domínio dessa técnica, mesmo que de início restrito a poucos, transferiu a função de suporte do conhecimento para os documentos escritos, o que antes era desempenhada pela mente. A partir daí começam a História e a Ciência como sistematização do conhecimento. Com o desenvolvimento das técnicas de representação e leitura, a própria visão de mundo vai se transformando assim como mudam as relações entre homens, técnicas e o conhecimento. Transforma-se a percepção de tempo, pois emissão e recepção não precisam mais ser simultâneas, o que provoca também um distanciamento entre os interlocutores e sues contextos. O trabalho de interpretação da mensagem torna-se mais complexo. E a invenção da impressão acabou por levar essas transformações a níveis internacionais. Surgem depósitos de documentos, bibliotecas, escolas, universidades e centros culturais pelo mundo e o ensino é cada vez mais pautado em teorias e metodologias científicas.

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