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Canizares Esguerra, O Lapso do Rei Henrique VII

Por:   •  4/7/2019  •  Resenha  •  2.027 Palavras (9 Páginas)  •  242 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

FICHAMENTO DO CAPÍTULO II DO LIVRO "GERAÇÕES DO CATIVEIRO".
IRA BERLIN. EDITORA RECORD. 2006.

Disciplina: História da América I;
Docente: Luis Guilherme A. Kalil;

Discentes: Dalay Dagas Martins e Emerson Foligno




NOVA IGUAÇU

2019

Surpreendentemente o papel que os negros assumiram precede o papel de escravidão que assumimos enquanto características de senso comum, com poucas escolhas e atividades a não ser às ordenadas pelo seu Senhor, podendo então não só serem livres mas também adquirir certos privilégios ainda que poucos, mas sobretudo, os que trilhavam a carreira militar e/ou comerciária, no caso, dos primeiros escravizados.

Seus posteriores não tiveram tanta fortuna, ou acometidos de tanta sorte, à esses fadados ao trabalho pesado e mortalidade alta.

A falta de presença de um sobrenome demarcavam sua própria experiência de vida a eles mesmos, numa predisposição de que esquecessem suas raízes e passado, ou seja, se nessa sociedade estratificada, onde o sobrenome poderia providenciar algum certo privilégio, o não ter sobrenome, significa abdicar do alcance dos mesmos.

Sobretudo, o autor atribui o movimento econômico do Plantation a iminência do que posteriormente culminaria na segregação racial entre "brancos e negros"

"Os proprietários transformavam as sociedades com escravos em sociedades escravistas no continente norte-americano. Nesse processo, redefiniam o significado de raça, investindo a cor — branca e negra — com um peso muito maior que antes na definição do status. A condição negra e branca assumiram um novo significado."

(Pág 70)

Com a ebulição do sistema de Plantation, sobretudo na região sul dos Estados Unidos, inflamou inúmeras colônias escravistas, não de forma homogênea, pois existiam várias variáveis, entre aquilo que era objetivo de extração: algodão, tabaco, arroz e entre os costumes pertinentes a cultura local.

Sendo esses modelos sociais dos acima citados o que se revela como inspirador, ou padrão a ser seguido como na região de Chesapeake.

Chesapeake, uma das regiões que adotou o regime escravista, se dá por um período de embates (como vislumbra o autor no instante seguinte do texto na pág. 71)

"O novo regime chegou a Chesapeake com tiro e canhão"

Um momento retratado na qual pequenos detentores de terras, acompanhados por uma milícia local contratada, brancos e negros, foi alvejada e derrotada.

Sendo o instante seguinte a vitória, a implantação do Plantation como sistema vigente, passa a se preocupar muito pouco ou quase nada com a cor, nacionalidade dos trabalhadores que agora, seriam por sua vez escravizados ao invés de contratados por seus serviços, legitimando o trabalho no campo como uma nova lei, como vista pelo autor:

"Todos os índios pegos em guerra serão mantidos e considerados como escravos durante sua vida". (Pág 71)

Ou seja, agora os peles vermelhas estavam sendo inseridos nesse novo sistema, se não é branco é negro, e se for negro é escravizado.

Tornando alta a grande demanda por mão de obra no sistema de Plantation e a escassez indígena, os novos latifundiários começam a buscar novos horizontes, fomentando a mão de obra escrava a tal ponto que a população branca questionava se não seria ali, Chesapeake uma nova África.

"Num momento ou outro seria crismada com o nome de Nova Guiné". (Pág 71)

Com o avanço da demanda por mão de obra e a intensificação do comércio escravista, Chesapeake em pouco tempo se torna a maior potência de mercado de escravos em plena América Britânica.

No mais, sendo assim, tendo intensificado o avanço da mão de obra escrava na América Britânica, surge um primeiro entrave cultural, visto que assombrosamente a população negra, entre escravos nascidos na região e ainda o grande número de chegada de navios negreiros em seus portos, começam a surgir aspectos da difícil comunicação, o inglês se misturando a língua nativa africana, costumes negros sendo observados como: cachimbo, tambores e danças, de certo assustavam a pouca população branca.

Sobretudo, podendo ser notado quando o autor retratada um missionário anglicano, que agora, nesse instante sofria com a dificuldade entre a comunicacao com o negro a ser evangelizado:

"sentia dificuldades em conversar com a maioria dos pretos" (Pág. 72)

Ou seja, a África tinha chegado à Chesapeake. Nao so aspectos linguistiscos mas tambem comportamentais e culturais estavam cada vez mais vivos em territorios norte-americanos.

Seguindo a necessidade pela mão de obra e pela grande carga de trabalho, os escravos importados sofriam muito danos e que quase sempre seriam levados a morte, somado a isso estaria a baixa percepção do outro como igual, percepção essa que estava presente naquele tempo e que assolava os proprietários brancos de terras.

A medida da grande demanda e dada às condições de trabalho quase sempre hostis, renegavam a idéia de que a mulher negra escravizada quando grávida deveria estar aliviada de seu trabalho, pondo em risco assim, sua vida e a gravidez.

No mais, nas embarcações negreiras haviam disparidades na questão do sexo, sendo 2 homens para 1 mulher, que sem contar as condições inumanas dos navios poderiam ainda sim, levar os negros escravizados a morte antes mesmo de sua chegada na América do norte.

Sendo assim, a diminuição da potência familiar estava inerente ao modo de vida do negro escravizado, pois é possível notar que pelo baixo contato com mulheres, a fertilidade e a natalidade diminuiria.

Após uma análise crucial sobre a conjuntura do crescimento dos negros escravizados e suas dificuldades, o autor transpõe a ótica de analisar a cultura vigente que estava em processo de transição.

Que ao retomarmos o início da segregação entre brancos e negros, agora a análise se torna mais profunda ante as mudanças temporais, visto que, a sociedade não poderia se estruturar somente em dois grupos distintos, se dentro dos próprios grupos haviam classes também segmentadas que fomentaram ainda mais possíveis subdivisões e a essas abordadas de forma clara pelo autor, permitem sem exemplificadas de maneira clara e nítida:

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