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DISCURSO HISTORIOGRÁFICO: ENTRE PUBLICO E O PRIVADO

Por:   •  22/4/2018  •  Artigo  •  1.910 Palavras (8 Páginas)  •  254 Visualizações

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DISCURSO HISTORIOGRÁFICO: ENTRE PUBLICO E O PRIVADO

Jordânia Pereira da Silva Gomes

RESUMO

Para compreender o processo da política brasileira, "Na fronteira entre o publico e o privado”  é preciso analisar as interdições do campo historiográfico e do discurso que caracteriza a passagem entre o “ moderno e o atrasado ” e os desencadeamento de uma desenvolvimento das industrias , a urbanização e o surgimento do Estado moderno - instituição com a função de controlar e  manter o controle  social e também o povo - as esferas do  público  e privado  passam a ser um processo de estudo explorando as transformações políticas publica  brasileira. As idéias da autora Ângela De Castro Gomes  traz uma abordagem sobre a transição da política brasileira na passagem da republica velha para a nova republica, momentos que relatam a crise da política, economia,  a vida social do povo brasileiro.

Palavras-chave: Discurso, republica, Publico e o privado.

INTRODUÇÃO

Para pensarmos a modernidade no Brasil e o processo entre o publico e o privado, elegemos textos de José Murilo de Carvalho (1997), FILGGUEIRAS (2010) , Ângela de Castro Gomes (1998) Rita Biason (2013). Através desses autores podemos compreender o surgimento da republica a formação da identidade brasileira e  entendemos o que foi processo de transição política no Brasil  as  modernizações   das cidades  diferentes contextos históricos no  caráter político, social, econômico e cultural, apesar de encontramos diferentes  desdobramento  ao longo do período da republica velha e o estado novo.

Estudar  os  desdobramentos  políticos no Brasil aponta e a decadência política brasileira fruto das antigas práticas desde da figura do imperador, e dos presidentes  que governou o Brasil. O comportamento da sociedade e a vida cotidianas dos cidadãos ,  mesmo que  não está presente diretamente participativo  na política, mas que agiram para que houvesse uma mudança no cenário do Brasil, sendo assim pensando nas grandes transformações na passagem da republica antiga para uma nova perspectiva de governo.

Pensar o discurso de outros autores vimos que   que desde a descoberta do Brasil há dados que apontam uma busca pelo poder, uma política frágil, e corrupta , ocorrendo sucessivamente desde a colonização pelos portugueses, a exploração das riquezas, no período escravista, com a chegada da coroa, a independência do Brasil.

        Biason (2013) traz uma visão de política desde da  “ colônia” até a “republica” , luta de poder e  corrupção entre oficiais eleitos ou nomeados, distantes um oceano do rei, não desocupava os escrivães encarregados de registrar essas e outras matérias”, deixando registrados as transgressões e comportamentos antiéticos por parte dos europeus que aqui viviam. Para a autora a distância entre Portugal e a colônia, e o fato do rei delegar a outros a função de organizar e dominar, contribuíram para a disseminação de atos corretivos visando a conquista de vantagens e sucessivamente riquezas.  

No período das repúblicas, Biason (2013) destaca o voto de cabresto, garantindo os interesses políticos dos mais favorecidos, entre eles os fazendeiros conhecidos por coronéis. A presença do clientelismo, mandonismo, coronelismo José Murilo de Carvalho (1997) explana ricamente sobra relações de poder e política estabelecidas no final do século XIX, entre elas o mandonismo: controle total dos coronéis sobre a população, coronelismo: “barganha entre governos e coronéis” (1997, p. 2), clientelismo: troca de favores políticos, concessão de benefícios por votos, podemos observar nestas relações formas de corrupção, já que tais trocas são baseadas nas demandas dos favorecidos economicamente.

A autora  Ângela faz uma crítica à própria sobre a república e o processo de modernização do pais após a independência do Brasil e as conjunturas até o período da década de 1920, sua reflexão sobre o cenário político da republica seria mostrar os aspectos do nacionalismo e a busca por uma  identidade para o  Brasil através de representantes políticos, simbolismo, heróis, e os  intelectuais  que mudaria o discurso de que o Brasil era atrasado, e arcaico... Neste contexto, o fortalecimento do Estado era visto como uma defesa dos interesses nacionais e modernização da política brasileira, o discurso modernista que  já estava presente na sociedade elitizada, com pouca participação do povo.

ENTRE PUBLICO E O PRIVADO

Fernando Filgueiras (2010) procura compreender como que o conceito de patrimonialismo se adéqua na história do Brasil, “a fim de compreender o modo como o publico e o privado vem sido construído no contexto das disputas intelectuais do pensamento social e político brasileiro” (2010, p. 388). Para o autor, não há como entender corrupção sem falar da sociedade patrimonialista:

Supõe-se que a tradição política brasileira não respeita a separação entre o público e o privado, não sendo, o caso brasileiro, um exemplo de Estado moderno legitimado por normas impessoais e racionais. O patrimonialismo é a mazela da construção da República, de maneira que ele não promoveria a separação entre os meios de administração e os funcionários e governantes, fazendo com que esses tenham acesso privilegiado para a exploração de suas posições e cargos. Dado o patrimonialismo inerente à construção da cena pública brasileira, a corrupção é um tipo de prática cotidiana, chegando mesmo a ser legitimada e explícita no âmbito de uma tradição estamental e tradicional herdada do mundo ibérico. (FILGGUEIRAS, 2010, p. 388)

Apesar de ter um caráter político expressivo, o publico e o privado  permeia toda sociedade, já que a mesma é uma pratica cotidiana de articulações  política , onde o Estado oprime a sociedade em prol da manutenção e reprodução de privilégios.

O autor enriquece seu debate, ao citar Sergio Buarque de Holanda, explicando que “o patrimonialismo é o resultado de uma cultura da personalidade, na qual não existem regras impessoais de relação no plano da sociedade e entre a sociedade e o Estado” (2010, p. 390), e que é devido ao fato de romper com o patrimonialismo através de ideais modernistas estatais que vinculamos corrupção a imagem política e não aos desvios de valores e condutas.

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