Desafios e Possibilidades de Igualdade de Gênero no Espaço Escolar
Por: william.juliao • 12/5/2020 • Projeto de pesquisa • 2.112 Palavras (9 Páginas) • 214 Visualizações
ANHANGUERA EDUCACIONAL PARTICIPAÇÕES S.A.
ENSINAR, CONSCIENTIZAR E RESPEITAR A DIVERSIDADE DE GÊNERO NA ESCOLA
Taboão da Serra - SP
2019
ENSINAR, CONSCIENTIZAR E RESPEITAR A DIVERSIDADE DE GÊNERO NAESCOLA
Produção Textual em Grupo apresentada á Anhanguera - Uniderp, do Curso dePedagogia.
Taboão da Serra – SP
2019
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO...................................................................................................1
- ENSINAR, CONSCIENTIZAR E RESPEITAR A DIVERSIDADE DE GÊNERO NA ESCOLA......................................................................................................2
- CONCLUSÃO....................................................................................................6
- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................7
INTRODUÇÃO
Nesse trabalho apresentaremos as possibilidades de conscientização de adolescente no espaço escolar, enfatizando a igualdade de gêneros.A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96) estabelece sobre: o “Artigo II- A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade em pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania sua qualificação do trabalho”.
Desde a era patriarcal o machismo predominava sobre a sociedade, com isso as mulheres eram vistas como inferiores aos homens, atualmente o feminismo vem se destacando e ganhando espaço com suas lutas, combatendo o preconceito e buscando o direito de igualdade.
O papel do professor além de ensinar,e junto com a equipe pedagógica buscar meios de orientar sobre a desconstrução de estereótipos impostos pela sociedade sobre a educação de gêneros, cabe também à família se apropriar do assunto e instruir seus filhos a respeitar as diferenças.
É na escola que o adolescente começa a descobrir sua sexualidade, dessa forma a escola precisa estar preparada para conscientizar com projetos que auxiliam no melhor entendimento sobre a diversidade de gêneros e também o consumo de drogas, o uso de preservativos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez precoce.
Abordar a igualdade de gêneros na escola é fundamental para que tenhamos um sistema educacional que seja inclusivo e que combata as desigualdades evitando sua reprodução e todas as suas formas de preconceito.
ENSINAR, CONSCIENTIZAR E RESPEITAR A DIVERSIDADE DE GÊNERO NA ESCOLA
Gênero é uma estrutura de dominação simbólica assim como classe e raça. Teóricas feministas e o sociólogo Pierre Bourdieu (1999) concordam que as distinções de gênero (masculino/feminino) estruturam todos os aspectos da vida social e fazem parte de um complexo sistema de dominação masculina, fortemente institucionalizado e internalizado.
O sociólogo Manuel Castells (1999, p. 170-171) considera o feminismo o mais importante movimento social do último quartil do século XX, porque “remete às raízes da sociedade e ao âmago do nosso ser” ao desconstruir a estrutura familiar, as normas sexuais patriarcais e as identidades de gênero, trazendo “consequências fundamentais para toda a experiência humana, desde o poderpolítico até a estrutura da personalidade”.
Até o século XIX, a mulher era vista como um ser inferior aos homens, as quais não possuíam os mesmo privilégios que eles, por exemplo, ler, escrever, estudar, guerrear, enfim, escolher. Diante disso, a figura feminina foi construída numa sociedade patriarcal, nas quais as atribuições da mulher estavam restritas aos afazeres domésticos e a educação dos filhos. Desse modo, relacionado a esse contexto temos o sexíssimo, que historicamente é a favor dos homens, uma forma parecida de preconceito está presente em comportamentos e práticas que descriminam um sexo ou define a superioridade de um sobre o outro. Geralmente acontece, quando as mulheres recebem salários menores mesmo tendo a mesma qualificação semelhante ou maior.
De acordo com a nossa Constituição deve-se “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, e quaisquer outras formas de discriminação” (BRASIL, 1988).A carta magna foi o primeiro documento estabelecido para conceder direitos aos cidadãos no século XIII, garantindo a punição de qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais, além de dispor que cabe ao Estado assegurar instrumentos adequados para a proteção de toda e qualquer forma de tratamento desumano ou degradante, contra quaisquer pessoas, seja praticado por órgãos públicos, seja por outras pessoas (CF/1988,art.5º. III e XLI).
Nesse contexto, a escola desempenha um papel importante na construção da identidade de gênero e das identidades sexuais, pois como parte sociedade que descrimina, ela produz e reproduz desigualdade de gênero, raça, etnia, bem como se constitui em um espaço generificado. (LOURO,1997)
É fundamental a construção da identidade dos nossos adolescentes para se reconhecer como homem, mulher, homossexual, lésbica e etc., é nessa fase que acontece a transição entre o mundo infantil e o mundo adulto. Dessa forma a escola deve envolver o corpo docente em discussões sobre o assunto e inserir no projeto político pedagógico propostas que mobilizem a comunidade escolar. É de responsabilidade da escola a inclusão de cada aluno em âmbito escolar conforme seus direitos dando possibilidade de conhecimento a todos sem discriminação.
Desde muito cedo percebemos essa divisão de Homem e Mulher no ambiente escolar, às vezes por ação espontânea mais já havendo a questão de gêneros, tomamos como exemplos, as filas, que as meninas ficam de um lado e os meninos do outro, as aulas de educação física, onde as meninas por serem mais “frágeis” jogam vôlei e os meninos futebol.
Os professores quando esperam meninas para sua sala as idealizam como meigas e frágeis, já no caso dos meninos, os bagunceiros e briguentos, essas características são generalizadas e aplicadas aos alunos desde a educação infantil (LINS, MACHADO e ESCOURA, 2016).
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